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sexta-feira, 22 de maio de 2009

Dogma

Vamos aproveitar que estamos próximos do fim de semana para enviar um texto mais longo, e aprender um pouco mais sobre Dogma.

Um abraço e um Santo Fim de Semana para você!


João Batista

Ecclesiae Dei Blog


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O QUE É DOGMA?

Por Christiane Forcinito Ashlay Silva de Oliveira
Fonte: http://www.sociedadecatolica.com.br/




Este artigo foi escrito com extremo cuidado e por isso demorei muito em sua execução, pois não desejo contradições e nem má interpretações a respeito de assunto tão importante e ao mesmo tempo tão visceral nas discussões a que tenho participado ultimamente.




Irei primeiramente expor o conceito de dogma, depois explicar em que consiste, para emitir uma reflexão bem atual na questão, pois muitos enchem a boca para falar contra, sem saber realmente sobre o que e do que se trata!Segundo o Catecismo da Igreja Católica, pág. 35, parágrafos 88, 89 e 90:



"O Magistério da Igreja empenha plenamente a autoridade que recebeu de Cristo quando define dogmas, isto é, quando, utilizando uma forma que obriga o povo cristão a uma adesão irrevogável de fé, propõe verdades contidas na Revelação divina ou verdades que com estas têm uma conexão necessária.Há uma conexão orgânica entre a nossa vida espiritual e os dogmas. Os dogmas são luzes no caminho de nossa fé que o iluminam e tornam seguro. Na verdade, se nossa vida for reta, nossa inteligência e nosso coração estarão abertos para acolher a luz dos dogmas da fé.Os laços mútuos e a coerência dos dogmas podem ser encontrados no conjunto da Revelação do Mistério de Cristo. 'Existe uma ordem ou hierarquia das verdades da doutrina católica, já que o nexo delas com o fundamento da fé cristã é diferente'".



Dogma consiste em Verdade revelada por Deus e proposta pela Igreja à nossa crença. Para ser constituído um dogma são necessárias duas condições fundamentais: Primeiro é que a verdade deve ser revelada por Deus, isto é garantida pela autoridade divina. E segundo, que esta verdade deve ser proposta pela Igreja à nossa crença, isto é, quer por proclamação solene quer por ensino comum e universal. Estas verdades serão chamadas de Verdades de Fé Católica. Os Dogmas da Igreja Católica são 43 subdivididos em oito categorias diferentes.



A Igreja não cria dogmas, apenas confirma a existência dessas Verdades, com a autoridade a ela confiada pelo Cristo, sob a assistência infalível do Espírito Santo que impede a Igreja de errar no exercício do seu magistério solene. Considerando a natureza da verdade definida pela Igreja, o Dogma apresenta objeto tríplice, ou seja, apresenta primeiro as verdades inacessíveis à razão, como por exemplo, os mistérios em que a razão não consegue explicar. Segundo, as verdades acessíveis à razão como, por exemplo, a existência de Deus, a vida futura em que a razão humana por si só alcança, porém Deus as revelou ou para que tivéssemos idéias mais nítidas a respeito, ou porque, sem a revelação, poucos teriam chegado a este conhecimento. E por último os fatos históricos, ou seja, a maior parte dos acontecimentos que os profetas anunciaram acerca do Messias, e a qual tiveram sua realização com a vinda de Cristo.



Há também verdades que não são dogmas porque lhes falta alguma das condições requeridas. Uma delas é a verdade cuja revelação parece bem averiguada, mas que não foram definidas pela Igreja. Outra seriam as verdades não reveladas, ensinadas pela Igreja que as julga úteis à explicação ou defesa das verdades reveladas como, por exemplo, as conclusões teológicas (é proposição que se deduz de duas outras, sendo a primeira verdade revelada e segunda conhecida pela razão) e os fatos dogmáticos (qualquer fato não revelado, unido, porém, tão estreitamente com o dogma que nega-lo seria abalar o fundamento do próprio dogma). Muitos podem estar se perguntando quais as fontes do Dogma, isto é, Deus desce do céu e fala conosco? Será isso que acontece? Nos dias de hoje muitos excluem a metafísica, mas quando vão estudar ciências exatas, se forem a fundo mesmo, vão acabar esbarrando na metafísica, assim também é o Dogma.A fonte de revelação é dupla, isto é, ela vem pela Escritura Sagrada e pela Tradição. São Artigos de fé definidos pelos concílios de Trento em diante, até o do Vaticano II.



A Sagrada Escritura é o conjunto de livros que foram escritos por inspiração do Espírito Santo; tem como autor o próprio Deus e chegaram à Igreja com este caráter. A inspiração é o impulso sobrenatural provindo do Espírito Santo e que excitou e levou autores sagrados a escreverem e os assistiu durante a redação, de tal forma que exatamente concebiam e se propunham fielmente referir e exprimiam, com veracidade infalível, tudo quanto Deus lhes ordenava escreverem. O Cânone ou regra é a reunião de livros que a Igreja reconhece como inspirados, isto é, este consiste no Antigo e Novo Testamento.



Aqui é de extrema importância salientar! Há Vários sentidos da Bíblia!O texto da Escritura, muitas vezes, oferece múltiplas interpretações. Há o sentido literal ou histórico, isto é, o que aparece escrito. Há também o sentido alegórico, místico ou figurativo, ou seja, o sentido que se desprende deter havido pessoas, coisas ou fatos escolhidos por Deus para significarem o porvir como no exemplo de Abraão e Issac. E há o sentido acomodatício, isto é, significação suposta, artificial, mítica no sentido absurdo do termo.



A Tradição possui duas acepções, isto é, Verdades reveladas por Deus, e estas podem ser transmitidas por nós através da palavra escrita ou oral. E também Verdades ensinadas por Cristo e pelos Apóstolos e transmitidas, de século a século, por outro caminho que não seja as Sagradas Escrituras (nisto nos diferenciamos dos protestantes). A Tradição é anterior à Sagrada Escritura. É mais extensa e uma fonte também distinta da outra. Os canais da Tradição podem ser vários. Entre eles estão as profissões de fé, os símbolos, definições de concílios, atos dos Papas (bulas, cartas, encíclicas etc.); nos escritos de algum Padre da Igreja, na prática constante e geral da Igreja, na liturgia, ritos e administração dos sacramentos e nas Atas dos mártires, monumentos da arte cristã, inscrições, pinturas das catacumbas.



Para se entender bem a doutrina da Igreja deve-se considerar e escrever aqui as duas acepções da palavra Dogma lembradas no vocabulário. Se considerarmos o dogma como Artigo de fé, ele pode sofrer alterações em sua fórmula no sentido de melhorar sua exposição nos termos, mas será sempre imutável no seu sentido, na sua substância.



Se considerarmos o dogma como Conjunto de Verdades de fé, não se poderia fazer nenhum acréscimo por nova revelação, pois na Bíblia está escrito uma declaração de Cristo: "tudo o que ouvi de meu Pai, eu vo-lo dei a conhecer" (Jo 15,15), e "Depois virá o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade" (Jo 16,13), ou seja, os Apóstolos receberam TODA a revelação COMPLETA. Houve sim revelações particulares que não se tornaram dogmas, mas que não ferem em nada a doutrina católica.



Ainda aqui podemos complementar que mesmo imutável, considerando o dogma como Conjunto de Verdades de fé, o conhecimento que podemos ter dele pode progredir! Cristo confiou à sua Igreja a missão de ensinar os fiéis de todos os tempos às Verdades reveladas e defendê-las dos erros, e para isso é necessário o desenvolvimento do pensamento: para que se explique e se exponha a doutrina revelada. Dogmas novos são, portanto, Verdades recentemente definidas, senão, recentemente propostas pela Igreja à nossa crença, ou seja, no decorrer dos séculos vieram novos dogmas (por exemplo, da Imaculada Conceição) e a Igreja tirou da dupla fonte, isto é, Escritura Sagrada e Tradição, onde já se encontravam quer explicitamente, quer implicitamente.



Agora para que se compreenda um pouco o que vou chamar "a prática do dogma", terei de explicar um pouco outros conceitos dentro da prática católica.O que é um símbolo de fé? Alguém alguma vez já pensou sobre isso? Sabe o que realmente carrega no peito quando dependura um símbolo como pingente em um colar?Um símbolo de fé é um formulário breve que encerra as principais Verdades de fé que a Igreja apresenta aos fiéis como meio de professarem o que acreditam, isto é, suas crenças. Para quem ensina o símbolo os lembra e garante sua conservação e inalteração da mesma regra. Para os que aprendem é um meio de não esquecer os principais dogmas, e para os fiéis é um meio de reconhecimento entre si.E os mistérios perante a razão? Os dogmas vão contra a razão? Os símbolos vão contra a razão?



Primeiramente temos três tipos de mistérios: Os de ordem Natural, que por mais que a ciência avance ainda não temos resposta como, por exemplo, como se realiza a união entre o corpo e a alma. Os mistérios de ordem Teológica, a qual nossa inteligência entende, quando revelados, que não teriam alcançado e nem conhecido com nossas próprias forças como, por exemplo, a queda original, a necessidade da Redenção e, por último, os mistérios Teológicos Propriamente Ditos, isto é, mistérios que transcendem a inteligência humana, tornando-a incapaz de descobrir, entender a natureza e a razão intrínseca até mesmo depois desta verdade ter sido REVELADA, como o mistério da Santíssima Trindade, o da Encarnação e a Transubstanciação. E agora?



Respondendo os questionamentos acima, os dogmas não repugnam nem a razão de Deus e nem a humana. Quanto a Deus, sabemos que é infinita a ciência do Criador e quem lhe tolherá comunicar-lhe algumas parcelas, tal qual o professor faz com seus alunos. E por parte dos homens concluímos que na esfera intelectual os mistérios deram elementos para estudos fantásticos e sublimes, enriquecendo o espólio do conhecimento do espírito humano, e na ordem moral o dogma facilita o exercício de várias virtudes fundamentais como a fé e a humildade, fazendo-nos lembrar de que não conseguimos saber de tudo e que há algo acima de nós. Além disso, há também a esperança e a caridade que alimentam o nosso coração para Deus.



Diante tudo isso e toda pesquisa que fiz para escrever este artigo, reforço a tese de que o Dogma em nada limita o agir humano e que este é mais um dos muitos dons que Deus Pai se utiliza para transmitir Seu Amor a seus filhos.



Ele nos indica um caminho seguro, nos dá uma bússola e ainda há pessoas que dizem que não necessitam dela e que preferem seguir sua própria cabeça... Estas mesmas pessoas não conseguem conceituar a palavra "caminho", quanto mais seguirem suas próprias cabeças! Eu vejo, inclusive, que nem umas bússolas estas conseguem decifrar, vão necessitar de um guia, mesmo assim estes insistem em tirar suas próprias conclusões... Conseguem imaginar onde um sujeito deste vai chegar?



Olho o mundo e vejo centenas, milhares de pessoas assim... Tudo porque não conseguem compreender a fundo uma questão... Tudo porque não abrem seus corações e o pior: não abrem o INTELECTO! Tudo porque já petrificaram suas opiniões nas opiniões dos outros, ou melhor, na opinião do inconsciente coletivo, na opinião do inconsciente coletivo da história da opinião popular...O que é o Dogma hoje na sociedade? Se você for católico é taxado de dogmático, se emitir uma opinião contra algum aspecto do homossexualismo é taxado de homofóbico, se você for contra a opinião de um professor mesmo argumentando está marcado a tirar um zero! Ir contra os ditames da moda, da moral, da regra geral hoje em dia é ser vítima do dogmatismo social, ou seja, quem é quem hoje em dia? E se disser que não segue nenhum, este em si já é outro "dogma", aquele do que vai com o que lhe interessar, isto é, o dos sem cérebro... Ou seja, que dogma prefere seguir ou nunca pensou ou percebeu o quão preso caminha na sociedade?



Pense... Se for dogma mesmo e se for católico... És livre! E para finalizar me utilizarei das palavras de um filósofo, pensador de quem admiro muito. G.K. Chesterton, em seu livro "Ortodoxia", na página 166, 167 e 262 assim escreveu:




"Lembre-se de que a Igreja abraçou especificamente idéias perigosas; ela foi uma domadora de leões. A idéia do nascimento por meio do Espírito Santo, da morte de um ser divino, do perdão dos pecados ou do cumprimento das profecias – qualquer um pode ver que são idéias que precisam apenas de um toque para transformar-se em algo blasfemo e feroz. (...) Aqui basta observar que se algum pequeno erro fosse cometido na doutrina, enormes erros e disparates poderiam ser cometidos na felicidade humana. (...)



Essa é a emocionante aventura da Ortodoxia. As pessoas adquirem o tolo costume de falar como algo pesado, enfadonho e seguro. Nunca houve nada tão perigoso ou tão estimulante como a Ortodoxia. Ela foi a sensatez, e ser sensato é mais dramático que ser louco. Ela foi o equilíbrio de um homem por trás de cavalos em louca disparada, parecendo abaixar-se para este lado, depois para aquele, mas em cada atitude mantendo a graça de uma escultura e a precisão da aritmética. (...)Para o homem moderno, os céus estão realmente embaixo da terra.



A explicação é simples: ele está de ponta cabeça, o que o constitui um pedestal pouco resistente para apoiar-se. Mas quando houver novamente descoberto os próprios pés, saberá disso. O cristianismo satisfaz de repente e à perfeição o instinto ancestral do homem de estar virado para cima; e o satisfaz plenamente neste sentido: com seu credo a alegria se torna algo gigantesco e a tristeza algo especial e pequeno".



(...)



Referências Bibliográficas:


Bíblia Sagrada. São Paulo: Paulinas, 1989.


BOEHNER,P;GILSON, É. História da filosofia cristã. 10 ed. São Paulo: Vozes, 2007.



BOULENGER, Doutrina católica - Tomo I, Dogmas. São Paulo: Brasil S/A, 1963.


Catecismo da Igreja católica. São Paulo: Loyola, 2000.


CHESTERTON,G.K. Ortodoxia. 4ª reimpressão. São Paulo: Mundo Cristão, 2008.


Compêndio da doutrina cristã prescrito por São Pio X. 12 ed. Lisboa: União gráfica. 1963.


JOÃO PAULO PP. II, Carta Encíclica. "Veritatis Splendor". 4 ed. São Paulo: Paulinas, 1999


MÉNDEZ, Gonzalo Lobo. Deus Uno e Trino – Manual de iniciação. Lisboa: Diel, 2006.


MONDIN, Battista. Quem é Deus? Elementos de teologia filosófica. São Paulo: Paulus, 1997.


SADA,Ricardo; MONROY,Alfonso. Curso de teologia moral. 2 ed. Lisboa: Rei dos livros, 1989.


______________________________. Curso de teologia dogmática. 2 ed. Lisboa: Rei dos livros, 1989.


TRESE, Leo. A fé explicada. 7 ed. São Paulo: Quadrante, 1999.




Para citar este artigo:
OLIVEIRA, Christiane Forcinito Ashlay Silva de. Apostolado Veritatis Splendor: O QUE É DOGMA?. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/5700. Desde 20/05/2009.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Evangelizar pela Internet

Para nós que gostamos de usar essa ferramenta que é a Internet para evangelização, segue o recado do Papa!!!





VATICANO, 20 Mai. 09 (ACI) .- Ao término da Audiência Geral das quartas-feiras, o Papa Bento XVI fez um chamado especial aos jovens que empreguem as novas tecnologias da comunicação, para converter o "mundo digital" em um espaço de evangelização.



Com motivo da Jornada Mundial das Comunicações Sociais, que se celebrará no domingo 24 de maio, o Santo Padre recordou que na mensagem deste ano se "convida a todos os que empregam as novas tecnologias da comunicação, especialmente aos jovens, a usá-las em modo positivo e a perceber o grande potencial desses meios para construir laços de amizade e solidariedade que podem contribuir a um mundo melhor".



"As novas tecnologias produziram mudanças fundamentais no modo de difundir as notícias e a informação e de comunicar-se e relacionar-se. Desejo animar a todos os que acessam a rede a tratar de manter e promover uma cultura de respeito, diálogo e amizade autêntica, para que floresçam valores como a verdade, a harmonia e a compreensão", indicou.



Dirigindo-se especialmente aos jovens, Bento XVI insistiu a "dar testemunho da fé através do mundo digital. Empreguem essas novas tecnologias para dar a conhecer o Evangelho, de modo que a Boa Nova do amor infinito de Deus por todos ressoe com modos diferentes em nosso mundo cada vez mais tecnológico".


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Fonte: ACI



quarta-feira, 20 de maio de 2009

São Bernardino de Sena



Como sabemos, os Santos, além de intercederem por nós no céu, também são exemplo de vida a ser seguidos por nós. Segue um pouco da história do Santo comemorado no dia de hoje.


Abraços




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SÃO BERNARDINO DE SENA




Na Itália, Bernardino nasceu na nobre família senense dos Albizzeschi, em 8 de setembro de 1380, na pequena Massa Marítima, em Carrara. Ficou órfão da mãe quando tinha três anos e do pai aos sete, sendo criado na cidade de Sena por duas tias extremamente religiosas, que o levaram a descobrir a devoção a Nossa Senhora e a Jesus Cristo.
Depois de estudar na Universidade de Sena, formando-se aos vinte e dois anos, abandonou a vida mundana e ingressou na Ordem de São Francisco, cujas regras abraçou de forma entusiasmada e fiel. Apoiando o movimento chamado "observância", que se firmava entre os franciscanos, no rigor da prática da pobreza vivida por são Francisco de Assis, acabou sendo eleito vigário-geral de todos os conventos dos franciscanos da observância.
Aos trinta e cinco anos de idade, começou o apostolado da pregação, exercido até a morte. E foi o mais brilhante de sua época. Viajou por toda a Itália ensinando o Evangelho, com seus discursos sendo taquigrafados por um discípulo com um método inventado por ele. O seu legado nos chegou integralmente e seu estilo rápido, bem acessível, leve e contundente, se manteve atual até os nossos dias.
Os temas freqüentes sobre a caridade, humildade, concórdia e justiça, traziam palavras duríssimas para os que "renegam a Deus por uma cabeça de alho" e pelas "feras de garras compridas que roem os ossos dos pobres".
Naquela época, a Europa vivia grandes calamidades, como a peste e as divisões das facções políticas e religiosas, que provocavam morte e destruição. Por onde passava, Bernardino restituía a paz, com sua pregação insuperável, ardente, empolgante, até mesmo usando de recursos dramáticos, como as fogueiras onde queimava livros impróprios, em praça pública.
Além disso, como era grande devoto de Jesus, ele trazia as iniciais JHS - Jesus Salvador dos Homens - entalhadas num quadro de madeira, que oferecia para ser beijado pelos fiéis após discursar. As pregações e penitências constantes, a fraca alimentação e pouco repouso enfraqueciam cada vez mais o seu físico já envelhecido, mas ele nunca parava. Aos sessenta e quatro anos de idade, Bernardino morreu no convento de Áquila, no dia 20 de maio de 1444. Só assim ele parou de pregar.
Tamanha foi a impressão causada por essa vida fiel a Deus que, apenas seis anos depois, em 1450, foi canonizado.
São Bernardino de Sena é o patrono dos publicitários italianos e de todo o mundo.
Fonte: Paulinas On-line
Recebido pelo grupo Mensagem Cristã

terça-feira, 19 de maio de 2009

A Comunhão dos Santos



A Comunhão dos santos





Comunhão quer dizer "comum união" , e Comunhão dos Santos quer dizer união comum com Jesus Cristo de todos os santos do céu, das almas do purgatório e dos fiéis que ainda peregrinam na terra.





É a união de todos os santos entre si. Os do céu intercedem pelos demais; os da terra honram aos do céu e encomendam a sua intercessão, também oram e oferecem sufrágios pelos defuntos do purgatório, e estes também intercedem a nosso favor.





O que é a comunhão dos santos?





A comunhão dos santos é a união comum que há entre Jesus Cristo, Cabeça da Igreja, e seus membros, e destes entre si.





Quem são os membros da Igreja?





Os membros da Igreja são os santos do céu, as almas do purgatório e os fiéis da terra.




Os que não estão em graça de Deus participam da Comunhão dos santos somente enquanto podem alcançar alguns benefícios do Senhor e principalmente a graça da conversão.





Fonte: ACI

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Os Católicos Adoram Santos?



OS CATÓLICOS ADORAM OS SANTOS?
Por Alessandro Lima





"Pela tarde chegaram os dois anjos a Sodoma. Lot, que estava assentado à porta da cidade, ao vê-los, levantou-se e foi-lhes ao encontro e prostrou-se com o rosto por terra" (Gn 19,1).





Todo católico já deve ter sido interpelado por um protestante a respeito do uso das imagens na Igreja Católica. Suas perguntas nesta matéria sempre vêm com a acusação de que nós católicos somos idólatras porque fazemos uso das imagens. O mais interessante e também triste é que normalmente essas pessoas se dizem ex-católicas. E não me surpreendo em sempre verificar que foram "católicos" muito mal formados ou totalmente ignorantes da doutrina que dizem ter professado.





Será que esses ex-"católicos" já leram no Catecismo da Igreja Católica o ensino da Igreja sobre o uso das imagens? Lá encontramos:





2131. Com base no mistério do Verbo encarnado, o sétimo Concílio ecuménico, de Niceia (ano de 787) justificou, contra os iconoclastas, o culto dos ícones: dos de Cristo, e também dos da Mãe de Deus, dos anjos e de todos os santos. Encarnando, o Filho de Deus inaugurou uma nova «economia» das imagens.





2132. O culto cristão das imagens não é contrário ao primeiro mandamento, que proíbe os ídolos. Com efeito, «a honra prestada a uma imagem remonta (63) ao modelo original» e «quem venera uma imagem venera nela a pessoa representada» (64). A honra prestada às santas imagens é uma «veneração respeitosa», e não uma adoração, que só a Deus se deve:





«O culto da religião não se dirige às imagens em si mesmas como realidades, mas olha-as sob o seu aspecto próprio de imagens que nos conduzem ao Deus encarnado. Ora, o movimento que se dirige à imagem enquanto tal não se detém nela, mas orienta-se para a realidade de que ela é imagem» (65)." (Catecismo da Igreja Católica, 2131-2132.)





Será mesmo que católicos conhecedores da doutrina da Igreja tornam-se protestantes? Muito difícil que isso aconteça. A regra deste tipo de conversão se dá com católicos ignorantes e mal-formados.





Na Sagrada Escritura há outras passagens que condenam a confecção de imagens como, por exemplo: Lv 26,1; Dt 7,25; Sl 97,7 e etc. Mas também há outras passagens que defendem sua confecção como: Ex 25,17-22; 37,7-9; 41,18; Nm 21,8-9; 1Rs 6,23-29.32; 7,26-29.36; 8,7; 1Cr 28,18-19; 2Cr 3,7,10-14; 5,8; 1Sm 4,4 e etc.





Pode Deus infinitamente perfeito entrar em contradição consigo mesmo? É claro que não. E como podemos explicar esta aparente contradição na Bíblia? Isto é muito simples de ser explicado. Deus condena a idolatria e não a confecção de imagens. Quando o objetivo da imagem é representar um ídolo que vai roubar a adoração devida somente a Deus, ela é abominável. Porém quando é utilizada ao serviço de Deus, no auxílio à adoração a Deus, ela é uma benção.





Estes são alguns dos exemplos em que Deus mandou fazer imagens para o reto uso religioso:
"Farás também dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório. Farás um querubin na extremidade de uma parte, e outro querubin na extremidade de outra parte; de uma só peça com o propiciatório fareis os querubins nas duas extremidades dele." (Ex 25,18-19)





"E disse o Senhor a Moisés: Faze uma serpente ardente e põe-na sobre uma haste; e será que viverá todo mordido que olhar para ela. E Moisés fez uma serpente de metal e pô-la sobre uma haste; e era que, mordendo alguma serpente a alguém, olhava para a serpente de metal e ficava vivo." (Nm 21,8-9)





"Este [Ezequias] tirou os altos, e quebrou as estátuas, e deitou abaixo os bosques e fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera, porquanto até aquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso e lhe chamavam Neustã."(2Rs 18,4).





Embora a Bíblia mostre claramente em quais casos a confecção das imagens é permitida, os "leitores da bíblia" proíbem o uso das imagens em qualquer caso, desta forma extrapolando indevidamente o mandamento de Deus.






Ajoelhar-se e prostar-se é sempre adoração ou idolatria?



Dizem ainda que nós católicos somos idólatras porque nos ajoelhamos diante das imagens dos santos e lhe fazemos pedidos. Esta acusação demonstra uma tremenda ignorância por parte dos protestantes entre o culto de adoração (latria) e o culto de veneração (dulia). A própria Escritura que eles dizem conhecer e seguir dá testemunho da distinção entre as duas coisas.





Ajoelhar-se também é um sinal de reverência e veneração. Os súbitos devem prestar veneração pelos Reis, ou por uma autoridade suprema. O filho pelos pais, os alunos pelos professores e os discípulos pelo mestre. Tudo isso está em conformidade com a ordem estabelecida por Deus. Vejamos alguns exemplos na Sagrada Escritura:





"Pela terceira vez, mandou o rei [Ocozias da Samaria] um chefe com os seus cinqüenta homens, o qual, chegando aonde estava Elias, pôs-se de joelhos e suplicou-lhe, dizendo: Peço-te, ó homem de Deus, que a minha vida tenha algum valor aos teus olhos e a destes cinqüenta homens teus servos " (2Rs 1,13).





Na passagem acima um mensageiro do Rei Ocozias da Samaria põe-se de joelhos diante do Profeta Elias. Por que faz isso? Para suplicar-lhe que permita viver com seus cinqüenta companheiros de viagem, pois antes Elias mandou vir fogo do céu sobre duas equipes anteriores. O ato de súplica não é um ato de adoração, mas de humildade, de rebaixamento, onde se reconhece no outro sua superioridade ou seu poder de atender-lhe um pedido.





Nós católicos quando nos ajoelhamos diante das imagens dos santos e lhe fazemos pedidos, não estamos adorando ídolos, mas dirigindo nossa súplica aos nossos irmãos na fé que representados por suas imagens já se encontram na presença de Deus. O ajoelhar-se do católico aí é um ato de súplica e não de adoração.




Com efeito, ensina o Catecismo da Igreja Católica





956. A intercessão do santos. Pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de interceder por nós ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por conseguinte, pela fraterna solicitude deles, nossa fraqueza recebe o mais valioso auxílio" (Lumen Gentium 49)





Será que os ex-"católicos" alguma vez leram este parágrafo do Catecismo? Sinceramente, eu duvido... Vejamos outro interessante testemunho da Escritura Sagrada:





"Abraão levantou os olhos e viu três homens de pé diante dele. Levantou-se no mesmo instante da entrada de sua tenda, veio-lhes ao encontro e prostrou-se por terra" (Gn 18,2).





O texto sagrado testemunha que Abraão prostra-se ao ver os três anjos do Senhor. Devemos acusar o Patriarca de idolatria? Obviamente que Abraão não estava adorando os anjos, pois se fosse este o caso eles o teriam repreendido, como fez o anjo que revelava o apocalipse a S. João (cf. Ap 22,8-9). Entretanto, Abraão estava prestando-lhes culto de reverência, reconhecendo a condição superior dos anjos de Deus.





Alguém poderia objetar dizendo: "mas, os santos não são anjos são homens como nós". Com efeito, são humanos como nós, mas além de estarem no céu podendo levar nossos pedidos a Deus, eles estão em condição superior à nossa, pois já gozam da Glória de Deus, já venceram as batalhas que ainda teremos que vencer. Nesta matéria lembremos de um importante ensinamento de Cristo:





"Aquele que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar assim aos homens, será declarado o menor no Reino dos céus. Mas aquele que os guardar e os ensinar será declarado grande no Reino dos céus" (Mt 5,19).





Ora, por acaso não são os santos exatamente aquelas pessoas que venceram na fé e que agora podem ser consideradas grandes no Reino dos Céus como ensinou Nosso Senhor? Cabe ainda lembrar que para o Senhor o menor no Reino do Céu é maior do que qualquer um que esteja vivendo na terra (cf. Mt 11,11).





Embora os atos de veneração e súplica sejam externamente iguais à reverência que se deve somente a Deus, internamente são coisas bem distintas e a própria Escritura Sagrada distingue bem as duas coisas. Mais alguns exemplos interessantes:





"Moisés saiu ao encontro de seu sogro, prostrou-se e beijou-o. Informaram-se mutuamente sobre a sua saúde e entraram na tenda" (Ex 18,7).





"Quando Abigail avistou Davi, desceu prontamente do jumento e prostrou-se com o rosto por terra diante dele" (1Sm 25,23).





Porém, alguém poderia levantar a seguinte objeção: "mas, os exemplos dados são de pessoas vivas venerando pessoas vivas e não mortas". Primeiramente, isso não é totalmente verdade já que os anjos do Senhor não podem ser considerados "pessoas vivas", mas seres espirituais. Em segundo lugar, os santos que estão no céu também são seres espirituais. Em terceiro, a Escritura dá testemunho da veneração do rei Saul ao profeta Samuel já falecido:





"Qual é o seu aspecto? É um ancião, envolto num manto. Saul compreendeu que era Samuel, e prostrou-se com o rosto por terra" (1Sm 28,14).





Mais sobre atos de veneração podem ser encontrados em Gn 23,12; Gn 33,3; Ex 18,7; 1Sm 25,41; 2Sm 9,6; 14,4.






Adorar é reconhecer a divindade e oferecer sacrifício





Deus condena a confecção de ídolos, pois o ídolo leva as pessoas a prestarem a ele o culto que só se deve a Deus: o culto de adoração. Adorar um ato de reconhecimento da divindade e oferecimento de sacrifício.





Os pagãos realmente adoravam seus ídolos, pois lhes reconheciam a divindade e lhes ofereciam sacrifício:





"Habitando os israelitas em Setim, entregaram-se à libertinagem com as filhas de Moab. Estas convidaram o povo aos sacrifícios de seus deuses, e o povo comeu e prostrou-se diante dos seus deuses" (Nm 25,1-2).



"Em vão Acaz tinha despojado o templo do Senhor, o palácio real e os príncipes para fazer presentes ao rei da Assíria. Tudo isso de nada lhe valeu. Embora estivesse angustiado, o rei Acaz continuou seus crimes contra o Senhor. Oferecia sacrifícios aos deuses de Damasco, que o tinham derrotado: São, dizia ele, os deuses dos reis da Síria que lhes vêm em auxílio; oferecer-lhes-ei, portanto, sacrifícios para que me ajudem igualmente. Mas foram a causa de sua queda e de todo o Israel" (2Cr 28,21-23).





No segundo livro dos Reis encontramos o conceito completo de idolatria por meio de sua condenação:





"O Senhor tinha feito com eles uma aliança e lhes tinha dado a seguinte ordem: Não adorareis outros deuses, nem vos prostrareis diante deles; não lhes prestareis culto, e não lhes oferecereis sacrifícios" (2Rs 17,35).





Os pagãos prostravam-se diante de seus ídolos não para reconhecerem neles instrumentos e servos de Deus de condição superior a nossa e que são capazes de interceder por nós junto a Deus, mas crendo que eram deuses verdadeiros e portanto capazes de eles mesmos realizarem milagres.





Em 2Rs 17,35 Deus apresenta a doutrina em sentido negativo. No versículo seguinte encontramos o conceito da verdadeira adoração:





"Mas temei ao Senhor que vos tirou do Egito com o poder de seu braço. A ele temereis, diante dele vos prostrareis e a ele oferecereis os vossos sacrifícios" (2Rs 17,36).





Somente a Deus devemos nos prostrar reconhecendo-lhe a divindade e oferecendo-lhe o sacrifício devido.





Os verdadeiros idólatras de nosso tempo são aqueles que oferecem sacrifício de animais (geralmente galinhas e carneiros) aos seus falsos deuses. Os protestantes não adoram a Deus, apenas o louvam. Seu culto é apenas um culto de louvor e não de adoração. Só no catolicismo se adora a Deus, pois na Santa Missa é oferecido a Deus o cordeiro imaculado que é Nosso Senhor Jesus Cristo, conforme sua própria prescrição (cf. Mt 14,22-25; Lc 22,17-20; 1Cor 11,23-29).


Para citar este artigo:
LIMA, Alessandro. Apostolado Veritatis Splendor: OS CATÓLICOS ADORAM OS SANTOS?. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/5474. Desde 8/25/2008.




quinta-feira, 14 de maio de 2009

Mentiras que solapam a fé dos fracos



O Ocidente vai se descristianizando a olhos vistos. Mais ainda: há hoje um desejo doentio de desmoralizar a memória de Jesus Cristo. É o modo de desenraizar a cultura ocidental de tudo que recorde Jesus Cristo… Atacar a Igreja já não basta: agora ataca-se o cristianismo e o próprio Jesus. É o que se viu no famigerado Código da Vinci, num descartável Evangelho de Judas e por aí vai… Agora inventaram ter descoberto os restos mortais de Jesus: dele, de sua esposa Maria Madalena e de pelo menos um filho seu: Judas!



Em breve irá ao ar pelo canal Discovery - que gosta de atacar o cristianismo e a Igreja – um documentário “A Tumba perdida de Cristo”. É do mesmo autor do filme Titanic, James Cameron.


Eis os fatos por trás do tal documentário: Em 1980 foi encontrada uma tumba em Talpiot, ao norte de Jerusalém. Nela foram encontrados dez ossários em seis dos quais estavam inscritos nomes muito comuns na Terra Santa de dois mil anos atrás: Yeshua Bar Yosef (Jesus filho de José), Marya e Martha, Mati (Mateus), Yofe e Yehuda Bar Yeshua (Judas filho de Jesus). Bastou isso para afirmar-se, de modo totalmente fantasioso e irresponsável que se tratavam dos restos mortais de Jesus e sua família. Seria um tiro certeiro, mortal, sem apelação no coração do cristianismo: “Se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa pregação, vazia também é a vossa fé!” (1Cor 15,14).



Ora, arqueólogos sérios e respeitados de todo o mundo e, de modo particular, de Israel, mostraram-se indignados com essa história toda. O Dr. Amós Kloner, cientista judeu e primeiro arqueólogo a ter examinado a tumba afirmou categoricamente: “Estão somente querendo ganhar dinheiro!” O professor Kloner repetiu em diversas declarações à imprensa que não acredita na hipótese defendida pelo documentário televisivo. “Não é provável que Jesus e seus familiares tivessem uma tumba de família. Jesus era de uma família de Galiléia, sem ligações com Jerusalém, enquanto a tumba de Talpiot pertencia a uma família da classe média do século primeiro depois de Cristo”, disse ele recentemente ao jornal Jerusalém Post. Além do mais os nomes escritos nas urnas eram muito comuns há dois mil anos atrás. Para o arqueólogo israelense “não há prova alguma” de que a tumba de Talpiot possa ser ligada a Jesus, e a tese desenvolvida é “um absurdo”.



Também Stephen Pfann, estudioso da Bíblia na Universidade da Terra Santa, em Jerusalém, e entrevistado no documentário, prefere não dá muito valor à descoberta. Diz ele: “Não creio que os cristãos acreditarão nisso”, acrescentando que ele mesmo não estava seguro nem sequer que o nome de Jesus tenha sido lido corretamente no ossuário: “Mais provavelmente se trata do nome Hanun”. É de se perguntar: Se Jesus realmente tivesse sido sepultado em Jerusalém com sua família num mausoléu familiar, como é que os cristãos conseguiram espalhar entre os judeus e pelo mundo inteiro a “mentira” da sua ressurreição? Por que, então, os judeus não contradisseram os cristãos, passando no nariz deles os restos mortais do defunto que eles diziam estar ressuscitado? Basta 1g de inteligência para rir das tolices que o Discovery divulga para ganhar dinheiro!



Basta que recordemos um pouco: Há alguns anos atrás uma outra urna fúnebre, de propriedade de um controvertido israelense, foi apresentada como aquela de “Yaakov Bar Yosef Ahi Yeshu” (Tiago filho de José, irmão de Jesus). Pronto! Ao que tudo indicava, a Virgem Maria tivera outros filhos e, quem sabe, Jesus seria filho carnal de José! Diante do clamor internacional, a urna foi estudada por especialistas israelenses, os quais concluíram, em 2003, que o ossário parecia ser realmente do século I aC, mas a escrita suscitava fortes dúvidas, seja pelo tipo de caligrafia seja pelo conteúdo seja pela poeira que a cobria. Um relatório apresentado então ao Kenesset, o Parlamento Israelense, estabeleceu que a inscrição era falsa; simplesmente não se sabia nada sobre quem fora colocado naquela urna…



Eis, portanto, toda a questão da tumba de Jesus, que a Globo apresentou na semana passada com muita solenidade! Somente bobagem, somente pseudo-ciência, somente mentiras… Mas, que pensar de tudo isto? Certamente, no próximo mês ninguém falará mais dessa bobagem, como já não se fala mais do Código Da Vinci. Mas, o problema não é este; é outro.



Todas estas notícias, repetidas, inventadas, requentadas, divulgadas com estardalhaço, vão minando pouco a pouco na grande opinião pública a credibilidade do cristianismo. Ora, num mundo que bombardeia a Igreja e os cristãos por causa de tantas questões éticas como aborto, divórcio, casamento gay, eutanásia, manipulação genética, utilização de embriões para aquisição de células-tronco, etc, todos este sensacionalismo e toda esta difamação em torno de Jesus somente fazem enfraquecer ainda mais a já pálida consciência cristã da cultura ocidental.



Não falo tanto dos cristãos que vivem sua fé; falo daqueles “cristãos culturais”, aqueles que são cristãos simplesmente porque nasceram numa cultura cristã. É aqui que reside o maior problema dessas reportagens falsas: o restinho de marca cristã que ainda permanece no Ocidente vai sendo totalmente destruído… Ficará o nada, o vazio moral, um nihilismo triste e destruidor. É que o homem não pode arrancar Cristo do seu coração, do coração de sua cultura sem sofrer graves conseqüências… Só nele está a vida, só nele a luz e o caminho da humanidade!


Côn. Henrique Soares da Costa




Retirado do blog Apelos do Ceu

terça-feira, 12 de maio de 2009

As crianças pagam as conseqüências quando seus pais não se casam


As crianças pagam as conseqüências quando seus pais não se casam



O grupo ministerial do governo inglês especializado em temas de família foi suprimido. David Blunkett, presidente do sub-comitê que o substitui, reconheceu que não será reaberto o debate sobre o matrimônio e a estrutura familiar. Estes temas tornaram-se "zona proibida" para os políticos.



E entretanto, existem provas de peso que mostram que esta matéria deve ser discutida: as crianças que crescem em famílias em que falta um dos pais estão em constante desvantagem e, por outro lado, os casais casados permanecem unidos por mais tempo.



Parece que o governo britânico deseja evitar a discussão deste temas, pois isso exigiria uma declaração explícita sobre a importância do matrimônio, algo que causaria divisões no gabinete. Mas o problema não tem previsão de desaparecer. O número de crianças nascidas fora do matrimônio cresce continuamente, e corresponde agora a 40% dos nascimentos em Grã Bretanha. E quem alega que a vida familiar simplesmente está mudando, e não declinando, ou que a coabitação é "o novo casamento", está ignorando os fatos.



A coabitação é uma condição transitória. Nos cinco anos posteriores ao nascimento de um bebê, 52% destes casais se separou, comparado com 8% dos casais casados. Estima-se que uma em cada quatro crianças britânicas está vivendo em família monoparental, o dobro em relação a países como França ou Alemanha. É, portanto, cada vez mais urgente que se discuta o futuro destas crianças.



Por outro lado, a mortalidade infantil é substancialmente maior em crianças de famílias monoparentais ou de casais de fato que entre os nascidos dentro do matrimônio. Também têm mais possibilidades de nascer abaixo do peso, sofrer problemas psicológicos e acidentes infantis, e inclusive maior risco de abuso infantil.



Uma série de estudos realizados durante muito tempo, tem demonstrado uma conexão estável entre famílias desmanchadas e delinqüência, assim como uma maior propensão ao crime juvenil entre crianças nascidas de mães adolescentes e casais separados.



Segundo um informe de 1998 da Fundação Joseph Rowntree, as crianças de famílias separadas demonstram um menor rendimento acadêmico, têm maior propensão a comportamentos problemáticos e depressão, começam sua vida sexual a uma idade mais precoce e caem com maior facilidade no consumo de tabaco, drogas e álcool.



O estudo também concluiu que a morte de um dos pais, a longo prazo, chega a causar menos dano em uma criança do que divórcio ou a separação de seus pais.



A Sociedade da Infância revelou no ano passado que as crianças que vivem em famílias "reconstruídas" fogem de casa três vezes mais do que as crianças que vivem com seus pais naturais; por sua vez, os filhos de famílias monoparentais o fazem o dobro de vezes. Muitas destas crianças terminam na rua. E como cada vez são mais as crianças que não podem crescer junto com seus pais, carecem de um modelo sobre o qual construir suas próprias vidas. Deste modo, as meninas de família desmanchadas têm o dobro de possibilidades de tornarem-se mães adolescentes, e em geral, os filhos que viveram a separação de seus pais são muito mais propensos a que suas próprias relações de adulto terminem rompendo-se.



Os custos emocionais e de comportamento que causa nas crianças a ruptura familiar, deveriam ser razão suficiente para uma nova política familiar, e também, por que não, as enormes implicações econômicas.



Ao mesmo tempo em que a família baseada no matrimônio continua declinando, o orçamento destinado a serviços sociais continua aumentando. Os últimos dados mostram que 73% das famílias monoparentais se sustenta publicamente, frente a 11% de casais com filhos. Assim, pois, na medida em que as famílias monoparentais aumentam, o desejo do governo de terminar com a pobreza infantil continuará sendo um sonho. Além disso, enquanto o Estado continua apoiando economicamente as alternativas ao matrimônio, aumentam as rupturas familiares e, portanto, as demandas de benefícios estatais.


Em conclusão, é urgentemente necessário um programa de reformas que restaure a estabilidade familiar. Poderia começar educando as crianças sobre o valor do matrimônio e revalorizando a paternidade. Necessitamos mudar a estrutura de segurança social que desestimula o matrimônio e a paternidade responsável. O sistema fiscal deve reconhecer o valor do matrimônio, seguindo o exemplo de França ou Alemanha, que combina um sistema de ajudas familiares com a redução de impostos para declarações conjuntas.



Na América, perante a evidente relação entre famílias rompidas, ausência da figura paterna e índices de criminalidade, produziu-se uma mudança de atitude que inspirou um apoio de todos os partidos às iniciativas em favor do matrimônio. As estatísticas recentes mostram que estas medidas começaram a evitar o declive da família. E entretanto, na Grã Bretanha, parece existir um consenso de todos os partidos para silenciar a "palavra M".



Jill Kirby, Center for Policy Studies, autora do livro "Broken Hearts: Family Decline and the Consequences for Society"



Fonte: ACI

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Sobre as Almas do Inferno


Bom dia!
Segue uma pergunta respondida no site Veritatis que pode tirar as dúvidas de muitos de nós.
Abraços
*****


LEITOR PERGUNTA SOBRE AS ALMAS DO INFERNO

Por Taiguara Fernandes de Sousa

As almas condenadas no inferno estão, da mesma forma que os anjos decaídos, impossibilitadas de se arrependerem? Essas almas não querem a salvação? Elas preferem a condenação eterna ao invés do amor e a misericórdia de Deus?Agradeço a todos da Veritatis o carinho em responder-me. Deus lhes abençoe.

Caríssimo Daniel,

A Paz de Nosso Senhor Jesus Cristo e as bênçãos de Maria!

Da mesma forma que os anjos caídos, as almas do inferno escolheram por livre e própria vontade o seu destino. E uma vez no inferno, não mais podem se arrepender.

Uma pessoa pode arrepender-se de seus pecados e pedir o perdão de Deus até o fim de sua vida, até seu último segundo. Mas após sua morte, o seu destino está traçado: se não estiver em pecado, o Céu; se em pecado, mas arrependido, poderá purificar-se no Purgatório; mas se em pecado, sem nenhum arrependimento, e regozijando-se do mal praticado, o Inferno.

A alma lançada ao inferno não tem possibilidade de arrepender-se porque já não ama a Deus. Está lá justamente por não tê-Lo amado. E o arrependimento é fruto do amor a Deus, ainda que ínfimo, ainda que pequeníssimo.

O Catecismo da Igreja Católica parece indicar-nos a resposta a esta sua pergunta no seguinte trecho: "Morrer em pecado mortal sem arrependimento e sem dar acolhimento ao amor misericordioso de Deus, significa permanecer separado d'Ele para sempre, por nossa própria livre escolha. E é este estado de auto-exclusão definitiva da comunhão com Deus e com os bem-aventurados que se designa pela palavra `Inferno'" (n.1033). Veja que ao definir o estado de morte que conduz ao Inferno, o Catecismo utiliza os termos "sem arrependimento e sem dar acolhimento ao amor misericordioso de Deus", e ainda "por nossa própria livre escolha", e com isto parece indicar justamente que alguém que, por livre exercício de sua vontade, não se arrepende em vida nem acolhe a Misericórdia Divina, preferindo o pecado, não mais terá chances, após a morte de arrepender-se. E nem quer fazê-lo.

Em suma, creio que isto responde a sua pergunta.

Reze pelo nosso Apostolado, para que os inimigos carniceiros que estendem suas garras contra nós não prevaleçam.

Meu cordial abraço.
Atenciosamente,

Taiguara Fernandes de Sousa.
"Omnes cum Petro, ad Iesum per Mariam!"
(Todos com Pedro, a Jesus por Maria!)

Todos os artigos disponíveis neste sítio são de livre cópia e difusão deste que sempre sejam citados a fonte e o(s) autor(es).
Para citar este artigo:

SOUSA, Taiguara Fernandes de. Apostolado Veritatis Splendor: LEITOR PERGUNTA SOBRE AS ALMAS DO INFERNO. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/5378. Desde 9/17/2008.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Que o "mundo" não polua à Igreja





VATICANO, 04 Mai. 09 (ACI).- Ao presidir a Eucaristia de Ordenação Sacerdotal de 19 diáconos da diocese de Roma, o Papa Bento XVI explicou que "o 'mundo' é uma mentalidade, uma maneira de pensar e de viver que pode poluir inclusive à Igreja, e de fato a polui, e, portanto exige constante vigilância e purificação. Estamos 'no' mundo, e corremos também o risco de ser 'do' mundo. E, de fato, às vezes o somos".


O mundo, no sentido evangélico, disse logo o Santo Padre "assedia também a Igreja, contagiando a seus membros e aos mesmos ministros ordenados". Fazendo referência à primeira carta de São João "Por isso o mundo não nos conhece, porque não o conheceu", o Santo Padre afirmou que "o "mundo"', na acepção de João, "não compreende ao cristão, não compreende aos ministros do Evangelho.


Em parte, porque de fato não conhece Deus; e em parte, porque não quer conhecê-lo. O "mundo não quer conhecer a Deus nem escutar seus ministros, pois isto o colocaria em crise".


Fonte: Cleofas

quarta-feira, 6 de maio de 2009

IGREJA E AIDS - A IMPORTÂNCIA DA VERDADE

IGREJA E SIDA - A IMPORTÂNCIA DA VERDADE



Por LUCETTA SCARAFFIA


Fonte: L'Osservatore Romano, Ano XL, Número 13 (2009)



OBS: SIDA significa Síndrome de Imunodeficiência Adquirida; (em inglês AIDS, que significa Acquired Immune Deficiency Syndrome).


Certamente a característica da missão de Bento XVI é a verda­de. É-o para tudo, inclusive para o problema da SIDA e dos preser­vativos, um tema preocupante que — poder-se-ia imaginar facilmente — foi abordado durante a sua viagem à África. No meio das polêmicas suscita­das pelas suas palavras, um dos mais prestigiosos jornais europeus, o britâ­nico «Daily Telegraph», teve a cora­gem de escrever que, sobre o tema dos preservativos, o Papa tem razão. «Certamente a SIDA — lê-se no artigo — apresenta o tema da fragilidade hu­mana e sob este ponto de vista todos devemos interrogar-nos sobre o modo de aliviar os sofrimentos. Mas o Papa é chamado a falar sobre a verdade do homem. É a sua função: ai dele se não o fizesse».



O problema da SIDA apresentou-se imediatamente, desde quando a doen­ça se manifestou nos Estados Unidos nos primeiros anos 80, não só sob o ponto de vista médico, mas também cultural: a explosão da epidemia sur­preendeu uma sociedade que acredita­va ter derrotado todas as doenças in­fecciosas, e desde o início tocou um âmbito, o das relações sexuais, que há pouco tinha sido «libertado» pela re­volução sexual. Com uma doença que punha em discussão o «progresso» al­cançado e que se difundia rapidamen­te graças também à onda de cosmopo­litismo que se estava a realizar com os novos e velozes meios de transportes.


Ficou imediatamente claro que tal patologia era fruto de uma moderni­dade avançada e de uma profunda transformação dos costumes, e que tal­vez a luta para a prevenir tivesse que considerar também estes aspectos. Ao contrário, no mundo ocidental, as campanhas de prevenção foram basea­das exclusivamente no uso dos preser­vativos, dando por certa a obrigação de não exercer alguma interferência nos comportamentos das pessoas. O «progresso» não deveria ser colocado em discussão; nem na África, onde era evidente — e onde até agora é eviden­te, se os dados da Organização Mundial da Saúde sobre a difusão da SIDA fossem lidos com honestidade — que apenas a distribuição de preservativos não pode conter a epidemia.



Na África, o preservativo não é usa­do de maneira «perfeita» — o único que garante 96% de defesa contra a infecção — mas de modo «típico», isto é, com uma utilização não continuada nem apropriada, que oferece 87% de defesa, e além disso dá uma segurança que pode ser perigosa no relaciona­mento com os outros: como se sabe, a SIDA não é transmitida só através da relação sexual, mas também por via hemática, portanto basta um arranhão, um pouco de sangue, para abrir a pos­sibilidade de contágio.


Também é pre­ciso lembrar, como está escrito nas cai­xas dos preservativos nas instruções pormenorizadas sobre o seu uso, que se podem danificar facilmente com o ca­lor — são de látex! — e se forem tocados com mãos ásperas, como as de quem faz trabalhos pesados. Mas as indús­trias farmacêuticas, tão exatas ao assi­nalar estes perigos, depois são as mes­mas que apoiam a lenda segundo a qual a difusão dos preservativos pode salvar a população africana da epide­mia: e pode-se facilmente imaginar que cada idéia para difundir o seu uso é recebida com verdadeiro júbilo pelos seus departamentos comerciais.



O único país da África que obteve bons resultados na luta contra a epide­mia foi Uganda, com o método ABC, no qual A significa abstinência (absti­nence), B fidelidade (being faithful) e C preservativo (condom), um método decerto não totalmente em conformidade com as indicações da Igreja. Até a re­vista «Science» reconheceu em 2004 que a parte de bom êxito do programa foi a mudança de comportamento se­xual, com uma redução de 60% das pessoas que declaravam ter tido várias relações sexuais, e o aumento da per­centagem dos jovens de 15 a 18 anos que se abstiveram do sexo, e escreveu: «Estes dados sugerem que a redução do número de parceiros sexuais e a abs­tinência entre os jovens não casados, ao contrário do uso do preservativo, foram fatores relevantes na redução da incidência do HIV».



Muitos países ocidentais não querem reconhecer a verdade das palavras pro­nunciadas por Bento XVI, quer por motivos econômicos — os preservativos custam, enquanto a abstinência e a fi­delidade são obviamente gratuitos — quer porque temem que dar razão à Igreja sobre um ponto central do com­portamento sexual possa significar um passo atrás na fruição do sexo pura­mente hedonista e recreativo, que é considerada uma importante conquista da nossa época.



O preservativo é exal­tado além das suas efetivas capacida­des de deter a SIDA porque permite à modernidade continuar a crer em si mesma e nos seus princípios, e porque parece restabelecer o controle da situa­ção sem nada mudar. É precisamente porque tocam este ponto nevrálgico, esta mentira ideológica, que as pala­vras do Papa foram tão criticadas. Mas Bento XVI, que o sabia muito bem, permaneceu fiel à sua missão, a de dizer a verdade.





Fonte: L'Osservatore Romano, Edição Semanal em Português, Ano XL, Número 13 (2.049), Sábado 28 de Março de 2009.


Para citar este artigo:

SCARAFFIA, LUCETTA. Apostolado Veritatis Splendor: IGREJA E SIDA - A IMPORTÂNCIA DA VERDADE. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/5681. Desde 24/04/2009.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Diploma Magna Cum Laude



Com muita alegria, partilho com vocês um magnífico Selo que recebi do Portal XtoPalavra:




Caro Ecclesiae Dei
Graça e Paz de Jesus Cristo!

O nosso portal XtoPalavra, depois de reunido e pronunciado, analisou o vosso espaço na Internet, e houve por bem:

- A qualidade dos vossos textos;
- A promoção da fé católica e Apostólica;
- A fraternidade apostólica entre espaços católicos/ de conteúdo importante para a formação humana-espiritual;
- O exemplo e a reverência ao Sumo Pontífice;

ATRIBUI A ECCLESIAE DEI O SELO MAGNA CUM LAUDE, PARA QUE SE CONHEÇA E RECONHEÇA O VOSSO TRABALHO EVANGELIZADOR!

Em anexo segue o vosso Selo, e o vosso Diploma de Qualidade.
Pode ver as condições de atribuição em http://www.fomedapalavra.blogs.sapo.pt/


Receba este mimo de Deus, com espírito fraterno e de serviço.

Em Cristo,
André Resendes
(Director XtoPalavra)




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Agradeço o carinho e presente do André Resendes, Blog Fome da Palavra e Homiliadiaria.org com muita alegria!



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O Blog Ecclesiae Dei inciou suas atividades pensando em partilhar um pouco sobre nossa religião Católica.
Um dia, numa reunião entre pastorais, verifiquei que muitos católicos praticantes como eu, não tinham informações sobre visões católicas, e por isso não tinham opinião formada sobre questões como Aborto, Células Tronco Embrionária, Palavras do Sumo Pontífice entre tantos outros assuntos... e decidi começar esse trabalho de divulgação de verdades de nossa Igreja, especialmente temas polêmicos, para todos os que quiserem conhecer um pouco mais.




Nossa primeira publicação ocorreu dia 11 de junho de 2007 e de lá para cá, já são mais de 56 mil visitas no blog. Além disso, fizemos um grupo que recebe as publicações por e-mail, o que torna mais fácil a vida de quem quer ler todo dia, e até divulgar, encaminhando os e-mails, foi uma idéia que deu certo, hoje são mais de 300 pessoas que recebem diariamente as publicações, muitos amigos queridos conquistados na blogsfera, e muita conhecimento que adquiri pesquisando novos assuntos.



Sou muito feliz com esse trabalho e agradeço a cada um que contribui com seus comentários, suas visitas ou simplesmente com seu nome na lista, recebendo aos e-mails e encaminhando aos amigos, divulgando assim as verdades de nossa fé.

Grande abraço a todos!


João Batista

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Aborto e morte de crianças

E SE TIVESSE SIDO UM ABORTO?





No começo deste mês de abril de 2008 estava navegando na Internet, assistindo o vídeo "Silent Scream", apresentado pelo Dr. Bernard Nathanson, médico e ex-abortista que passou a lutar a favor da vida. Esse vídeo mostra um ultra-som ao vivo de um bebê sendo abortado, e revela que ele se move, tenta fugir do instrumento utilizado para quebrar e sugar as partes de seu corpo, e abre a boca como num grito de desespero. Fiquei um bom tempo refletindo sobre o sofrimento daquele pequeno ser humano.



Algum tempo depois decidi dar uma olhada nas notícias do dia, e me deparei com um caso horrendo: uma menina tinha caído de um prédio, supostamente atirada pelo pai ou pela madrasta. Imediatamente imaginei o sofrimento daquela pobre criança, e não pude deixar de lembrar-me do sofrimento daquele bebê abortado no vídeo do Dr. Nathanson. Uma pergunta começou a me incomodar: "Meu Deus, qual a diferença entre os dois casos?"



Isabella sofreu; o bebê abortado também sofreu. Isabella supostamente foi morta pelos seus responsáveis legais (na hipótese de se confirmarem as acusações); o bebê abortado também foi morto por aqueles que deveriam ser os primeiros responsáveis pelo seu bem estar. Isabella teve sua vida interrompida numa fase de desenvolvimento; o aborto é a interrupção deliberada do processo de desenvolvimento de um ser humano. Ou seja, de certo modo, caso se confirmem as denúncias, poderemos dizer que a menina teve sua vida "abortada". Isto é terrivelmente trágico, e merece toda comoção e atenção que está recebendo da sociedade. Mas por que cada um dos casos de aborto no Brasil não merece a mesma atenção?



De fato, o que causou indignação e espanto na sociedade no terrível caso do padecimento desta menina não foi o fato da morte de uma criança em si. Várias crianças morrem cotidianamente no Brasil, e isso não chama a atenção da grande imprensa. Nesse caso, creio, o que causou um verdadeiro clamor nacional foi a forte suspeita de que os assassinos foram o próprio pai ou a madrasta da criança.



Sabemos que o grande desejo de todos nós é que o autor da lamentável fatalidade seja punido, mas deixemos que a justiça faça seu trabalho e desvende a verdade. Não cabe a mim nem a ninguém especular sobre o que realmente aconteceu. Por outro lado, se as acusações contra os responsáveis legais da menina se confirmarem, ficaria me perguntando: "Em que isto diferiria de um aborto"?



Sabe-se que a maioria dos abortos é realizada quando o cérebro do feto já está em atividade (ele sente emoções!), e quando seu coração já está batendo. E se Isabella estivesse ainda na barriga de sua mãe, fosse abortada, e logo em seguida atirada pela janela? Será que causaria a mesma comoção nacional? Lembremo-nos que a menina que foi morta é a mesma Isabella que um dia esteve no ventre de sua mãe...



A verdade é que os valores da nossa sociedade estão invertidos de tal modo que os chamados "direitos reprodutivos" – que muitas vezes não passam de justificativa para a manutenção de comportamentos sexuais desenfreados, até mesmo imorais, e hoje em dia disseminados na sociedade – se tornaram mais importantes que a própria vida humana.



De fato, o ser humano tem impulsos sexuais, que são parte constituinte de sua psique. Porém eles não podem ser priorizados como bem maior a buscar, em detrimento de tudo o mais, inclusive da vida dos outros. Eles devem ser subordinados ao bem comum, podendo até mesmo serem tranqüilamente relegados a um plano secundário, em prol de um ideal de vida, como no caso do celibato dos religiosos.



Mas, para a mentalidade de hoje, negar a supostamente intangível e premente necessidade humana de ter relações sexuais parece ser algo tão execrável que não é sequer cogitado. E muitas vezes, o fruto destas relações (o filho), acaba sendo abortado, após um período difícil de escolha, que deixa marcas para o resto da vida nas mulheres que por ele passam. Um processo em que muitas vezes se decide, infelizmente, pelo mal maior: o fim da vida de um novo ser humano. E assim vai-se passando por cima da vida humana, não sem conseqüências deletérias.



Enquanto a sociedade continuar teimando em não enxergar a realidade do que é um aborto, crianças continuarão sendo vitimadas de maneira similar à pequena Isabella sem merecer sequer uma pequena notinha no jornalzinho do bairro...


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Para citar este artigo:
PINHEIRO, Daniel. Apostolado Veritatis Splendor: E SE TIVESSE SIDO UM ABORTO?. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/5063. Desde 8/18/2008.