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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

"A sociedade quis me matar e hoje eu sou doutor"

Não Matar: Vale a pena ler esse texto, em tempo de Campanha da Fraternidade pela "Vida"...
Boa leitura.
Ecclesiae Dei


Um dos momentos que marcaram a tarde desta quinta-feira, 07, no I Congresso Internacional em Defesa da Vida, foi o testemunho do doutor Mauro Figueiroa. Confira a transcrição, na íntegra:


“Fala-se hoje sobre a defesa da vida. Falo sobre isso há mais de 50 anos. Nasci em maio de 1940 em Machu Pichu. Cheguei ao mundo com 20 centímetros e com 900 gramas. Não conheci as minhas mãos. Não conheci meus pés. Meus pais a princípio ficaram muito emocionados e choraram muito, preocupados com o que seria do meu futuro, um dia. Mas, mesmo assim, eles me deram calor humano paterno e materno.


Tenho sete irmãos, todos perfeitos e normais. Deus iluminou o coração dos meus pais para que me amassem e não me desprezassem. A imprensa peruana falou muito mal do meu nascimento, dando notícias exageradas, como “Nasce criança de três cabeças”.15 dias após meu nascimento, meus pais receberam quase 100 pessoas que foram em minha casa para me visitar.


Pessoas vestidas de cordeiro, mas que na verdade eram lobos. Eram preconceituosos. Aqueles que se julgavam poderosos e importantes na sociedade, que julgavam a pessoa pelo tamanho e pelo físico e não pelo espírito foram pedir a minha mãe que me mostrasse a elas. Minha mãe questionava o porquê de tanta gente. E os preconceituosos diziam que, simplesmente, queriam me conhecer, dizendo: “Trouxemos presentes para esta criança”.


Ela com muito cuidado me levantou do berço e me conduziu para a sala onde estavam as pessoas. Enquanto olhavam para mim, uma mulher que estava ao meu lado cuspiu no meu rosto. Nessa hora minha mãe me levou de volta para o quarto e voltou para a sala de visita para pedir uma explicação. Dirigiu-se à pessoa que fez isto e, chorando, perguntou: “Por que a senhora fez isto com a criança? Por que você cuspiu no rosto do meu filho?”.


Já estavam todos combinados e uma só voz falava: “Nós viemos aqui, em nome da sociedade peruana para pedir que você mate seu filho. Ele é um deficiente inútil para a sociedade. Quem vai tomar conta desta criança?”. Mamãe chorava. Mãe é mãe quando é verdadeira mãe. Mamãe nunca me desprezou, nunca negou seu amor. E, implorando, falou: “Não me importa a sociedade, Deus deu vida a esta criança e eu vou tomar conta dele, por favor, não me peçam para matar meu filho”. E a multidão então falou: “Deixe-nos entrar no quarto dele, dê licença, saia da porta”. E minha mãe disse: “Não sairei da porta do quarto do meu filho. Se vocês querem matá-lo, terão que passar por cima do meu cadáver”.


Os preconceituosos desistiram e minha mãe fugiu comigo para outra cidade, onde me criei.


Eu digo nesta tarde, não era a sociedade peruana que queria minha morte, mas um grupo de egoístas. Passaram-se 67 anos e quem sou agora? Será que sou um parasita? Será que sou um mendigo, um inútil ou um mercenário? Hoje sou um doutor, advogado criminalista. Sou professor da Universidade de Lima, sou escritor literário e defensor de Direitos Humanos.


Todos temos o direito de viver. Todos temos o direito de nascer. A mãe não deve abortar, não deve ser tão egoísta. A mãe deve amar seu filho como Nossa Senhora amou Jesus. Para encerrar, pergunto à humanidade: “Se a mãe de Bento XVI tivesse cometido a prática do aborto existiria Bento XVI para o mundo? E quantos “Bentos XVI” as mães matam, jogam pela janela, no lixo e no rio? Quantos seres importantes deixaram de vir ao mundo?”


Danusa Rego Canção Nova Notícias, Aparecida (SP) Robson Siqueira

Fonte: http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=251551
Figura: http://img.cancaonova.com/noticias/noticia/251551.jpg