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terça-feira, 16 de junho de 2009

Jesus teve Irmãos?


JESUS TEVE IRMÃOS ?


Por Jaime Francisco de Moura


Para entrar nesse assunto é bom sempre lembrar que Jesus foi o primogênito e o unigênito da família de Nazaré. Quanto aos "supostos irmãos de Jesus" a Bíblia não os mencionam como "filhos de Maria". Somente o Mestre é chamado "filho de Maria", com o artigo no original (Marcos 6,3).


Antes de aprofundar este tema, é bom lembrar 05 pontos fundamentais:


Primeiro: se Jesus teve irmãos, porque Maria é chamada "Mãe de Jesus"? e nunca mãe dos "irmãos de Jesus"?


Segundo: A família de Nazaré aparece apenas com 03 pessoas. Jesus, Maria e José.


Terceiro: porque seus pais iam todos os anos a Jerusalém para a festa da páscoa e Jesus nunca aparece ao lado dos "supostos irmãos"?


Quarto: Porque Jesus entrega sua mãe aos cuidados de João o Evangelista, e não aos "supostos irmãos"?


Quinto: porque esses "supostos irmãos" não aparecem na crucificação de Jesus?


A Bíblia deixa bem claro, quando se trata de um filho, e quem são os pais. Para entender melhor citemos alguns textos:


No Antigo Testamento
"Adão conheceu outra vez sua mulher, e esta deu à luz um filho, ao qual pôs o nome de Set, dizendo, Deus deu-me uma posteridade para substituir Abel, que Caim matou". (Gênese 4, 25)


"Então falou Deus a Noé, sai da arca, com tua mulher, teus filhos e as mulheres de teus filhos" (Gênese 8, 15-16) Confira mais em: (Gênese 5,1-32) (Gênese 10, 1-32) (Gênese 11, 10-32) onde se fala de filhos e filhas.


No Novo Testamento.

"Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados" (Mateus 1, 21).


"Senhor, tem piedade de meu filho, porque é lunático e sofre muito: ora cai no fogo, ora cai na água..." (Mateus 17,15).


"Respondeu um homem dentre a multidão: Mestre, eu te trouxe meu filho, que tem um espírito mudo" (Marcos 9,17).


"Ao chegar perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto a ser sepultado, filho único de uma viúva; acompanhava-a muita gente da cidade" (Lucas 7,12).


"Porque tinha uma filha única, de uns doze anos, que estava para morrer. Jesus dirigiu-se para lá, comprimido pelo povo" (Lucas 8,42).


Em centenas e centenas de textos Bíblicos, fica muito claro, onde se fala de filhos e de pais, e os protestantes afirmam por paus e pedras que, Jesus teve irmãos. Para isso se baseiam em (Marcos 6,3) "Por acaso não é ele o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão?".

Explicação:

A palavra irmão, aqui tem o significado de "primo ou parente próximo, pois a língua hebraica não possui a palavra primo".


- Quem eram Tiago, José, Judas e Simão?
Explicação: A mãe de Jesus tinha uma parente que se chamava também Maria, casada com Cleófas.


- De fato lemos na Bíblia: "Perto da cruz de Jesus, permanecia de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas." (João 19,25)


- Tiago e José eram filhos de Cléofas com a parente de Nossa Senhora, que se chamava Maria.


- logicamente Judas era irmão de Tiago. De fato lemos: "Judas, irmão de Tiago" (Judas 1 e Lucas 6,16) todos eles eram primos de Jesus, ou parentes próximos, como Simão pelo mesmo motivo.



Há muitos exemplos na Bíblia em que os parentes próximos são chamados de irmãos: "Disse Abraão a Lot: Peço-te que não haja rixas, pois somos irmãos." (Gênesis 13,8) - Abraão não era irmão de Lot, mas tio.


- "Eleazar morreu e não teve filhos, mas filhas e estas se casaram com os filhos de Cis, seus irmãos." (1 Crônicas 23,22) - As filhas de Eleazar eram primas dos filhos de Cis.


- Ver também: (Êxodo 2,11) (Mateus 23,8) (Gênesis 9,6) (Mateus 5,21-22) (1 Coríntios 15,6).


Respondendo objeções
1ª Objeção: os "Irmãos de Jesus". É assim que a Bíblia se refere nominalmente a quatro pessoas: Tiago, José, Judas e Simão (Marcos 6,3). Eles seriam, irmãos carnais de Jesus, concluem os protestantes.


No entanto, nada mais falso, pois três desses "Irmãos de Jesus", têm seus pais nomeados na Bíblia. Vejamos:


o 1º é Tiago. É ele, segundo (Gálatas 1,19), Tiago Apóstolo, o Menor (Marcos 15,40), cujo pai é Alfeu (Mateus 10,3);


o 2º, José, é irmão carnal de Tiago, pois ambos são filhos de uma das três Marias que estiveram ao pé da Cruz (Mateus 27,56), e cujo irmão pai é também Alfeu;


o 3º é Judas, o Tadeu, que também é irmão de Tiago (Judas 1,1). Seu pai é também Alfeu. São Lucas o chama "Judas de Tiago" ou seu irmão (Lucas 6,16).


O último da lista é Simão, cujos pais não têm os nomes expresso na Bíblia. Mas o historiador Hegezipo (sec. II), informa que ele é filho de Cléofas, esposo de "Maria, irmã da Mãe de Jesus" (João 19,25). Ele é, pois, primo de Jesus. E se Cléofas e Alfeu são nomes em hebraico e aramaico da mesma pessoa, como pensam muitos, os quatro chamados "irmãos de Jesus" são entre si, irmãos carnais. Em qualquer hipótese eles são primos ou parentes de Jesus.



De fato, é muito comum na Bíblia, parentes próximos serem chamados de irmãos. É só conferir (Gênesis 13,8) comparado com (Gênesis 12,5 e 11,28-31) (Gênesis 29,13 e 15) (Levítico 10,4) (1 Crônicas 23,22) etc.


2ª Objeção: ela é tirada do título de "primogênito" atribuído a Jesus em Lucas 2,7. Daí concluem os protestantes que Maria teve outros filhos além de Jesus.


Isso revela grande ignorância, pois "primogênito" é termo jurídico da Bíblia que tem significado bem determinado: é o primeiro filho, quer venha outro, quer não. Não se esperava por outro filho para que o 1º fosse tido e tratado como primogênito a vida toda.


Confirma isto o túmulo, recém-descoberto, de uma judia do 1º século, com a inscrição: "Aqui jaz Arsinoé, morta ao dar à luz o seu primogênito".



3ª Objeção: é tirada de (Mateus 1,25), onde se lê: "E José não a conheceu até que ela deu à luz. . ." os protestantes concluem que a conheceu depois.


Mais uma vez outra falsa conclusão. Parece desconhecerem que a expressão "até que" é, na Bíblia, um hebrismo que significa "Sem que", invertendo-se os termos da frase. Significa, então, que Maria "deu á luz sem que José A tivesse conhecido", e nada mais.


São incontáveis os exemplos disso na Bíblia. Eis apenas um: "O coração do justo está firme e não temerá "até que" veja confundidos os seus inimigos" (Salmos 111,8). Ora, se não temeu antes, não temerá depois. O sentido é: "os inimigos serão confundidos sem que o coração do justo tema". Assim Mateus quis apenas afirmar que "Maria concebeu sem participação de José".

Conferir na Bíblia outros casos desse modo de falar: (Deuteronômio 7,24) (Sabedoria 10,14) (Salmos 56,2 71,7; 93,12-13; 109,1) (Isaias 22,14) (Mateus 5,18 22,44) (Hebreus 1,13; 10,12-13; etc.)


4ª e última objeção: é tirada de (Mt 1,18) onde se lê que Maria concebeu do Espírito Santo "antes que coabitassem". Os protestantes concluem erradamente que conheceu depois.


Isso porque eles não se importam com o contexto literário e histórico da Bíblia. E tomam, no caso, "coabitar" no sentido de relação carnal, quando, pelo contexto, e pelo modo como os judeus se casavam, só cabe o sentido de "morar juntos".


De fato, o casamento dos judeus era feito em duas etapas: a 1ª se realizava na casa dos pais da moça em cerimônia simples. Marcavam-se então as núpcias festivas - era a segunda etapa - na qual a esposa era levada para a casa do esposo. Era esta a coabitação (morar juntos), de que fala o evangelista no citado texto. Foi entre essas duas cerimônias que se deu o mistério da Encarnação.


Conclusão
Segundo a Bíblia, a Tradição e o Magistério da Igreja, Maria teve um único filho, e disso, nós temos certeza



Todos os artigos disponíveis neste sítio são de livre cópia e difusão deste que sempre sejam citados a fonte e o(s) autor(es).


Para citar este artigo:
MOURA, Jaime Francisco de. Apostolado Veritatis Splendor: JESUS TEVE IRMÃOS ?. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/2996. Desde 13/09/2004.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Dogma

Vamos aproveitar que estamos próximos do fim de semana para enviar um texto mais longo, e aprender um pouco mais sobre Dogma.

Um abraço e um Santo Fim de Semana para você!


João Batista

Ecclesiae Dei Blog


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O QUE É DOGMA?

Por Christiane Forcinito Ashlay Silva de Oliveira
Fonte: http://www.sociedadecatolica.com.br/




Este artigo foi escrito com extremo cuidado e por isso demorei muito em sua execução, pois não desejo contradições e nem má interpretações a respeito de assunto tão importante e ao mesmo tempo tão visceral nas discussões a que tenho participado ultimamente.




Irei primeiramente expor o conceito de dogma, depois explicar em que consiste, para emitir uma reflexão bem atual na questão, pois muitos enchem a boca para falar contra, sem saber realmente sobre o que e do que se trata!Segundo o Catecismo da Igreja Católica, pág. 35, parágrafos 88, 89 e 90:



"O Magistério da Igreja empenha plenamente a autoridade que recebeu de Cristo quando define dogmas, isto é, quando, utilizando uma forma que obriga o povo cristão a uma adesão irrevogável de fé, propõe verdades contidas na Revelação divina ou verdades que com estas têm uma conexão necessária.Há uma conexão orgânica entre a nossa vida espiritual e os dogmas. Os dogmas são luzes no caminho de nossa fé que o iluminam e tornam seguro. Na verdade, se nossa vida for reta, nossa inteligência e nosso coração estarão abertos para acolher a luz dos dogmas da fé.Os laços mútuos e a coerência dos dogmas podem ser encontrados no conjunto da Revelação do Mistério de Cristo. 'Existe uma ordem ou hierarquia das verdades da doutrina católica, já que o nexo delas com o fundamento da fé cristã é diferente'".



Dogma consiste em Verdade revelada por Deus e proposta pela Igreja à nossa crença. Para ser constituído um dogma são necessárias duas condições fundamentais: Primeiro é que a verdade deve ser revelada por Deus, isto é garantida pela autoridade divina. E segundo, que esta verdade deve ser proposta pela Igreja à nossa crença, isto é, quer por proclamação solene quer por ensino comum e universal. Estas verdades serão chamadas de Verdades de Fé Católica. Os Dogmas da Igreja Católica são 43 subdivididos em oito categorias diferentes.



A Igreja não cria dogmas, apenas confirma a existência dessas Verdades, com a autoridade a ela confiada pelo Cristo, sob a assistência infalível do Espírito Santo que impede a Igreja de errar no exercício do seu magistério solene. Considerando a natureza da verdade definida pela Igreja, o Dogma apresenta objeto tríplice, ou seja, apresenta primeiro as verdades inacessíveis à razão, como por exemplo, os mistérios em que a razão não consegue explicar. Segundo, as verdades acessíveis à razão como, por exemplo, a existência de Deus, a vida futura em que a razão humana por si só alcança, porém Deus as revelou ou para que tivéssemos idéias mais nítidas a respeito, ou porque, sem a revelação, poucos teriam chegado a este conhecimento. E por último os fatos históricos, ou seja, a maior parte dos acontecimentos que os profetas anunciaram acerca do Messias, e a qual tiveram sua realização com a vinda de Cristo.



Há também verdades que não são dogmas porque lhes falta alguma das condições requeridas. Uma delas é a verdade cuja revelação parece bem averiguada, mas que não foram definidas pela Igreja. Outra seriam as verdades não reveladas, ensinadas pela Igreja que as julga úteis à explicação ou defesa das verdades reveladas como, por exemplo, as conclusões teológicas (é proposição que se deduz de duas outras, sendo a primeira verdade revelada e segunda conhecida pela razão) e os fatos dogmáticos (qualquer fato não revelado, unido, porém, tão estreitamente com o dogma que nega-lo seria abalar o fundamento do próprio dogma). Muitos podem estar se perguntando quais as fontes do Dogma, isto é, Deus desce do céu e fala conosco? Será isso que acontece? Nos dias de hoje muitos excluem a metafísica, mas quando vão estudar ciências exatas, se forem a fundo mesmo, vão acabar esbarrando na metafísica, assim também é o Dogma.A fonte de revelação é dupla, isto é, ela vem pela Escritura Sagrada e pela Tradição. São Artigos de fé definidos pelos concílios de Trento em diante, até o do Vaticano II.



A Sagrada Escritura é o conjunto de livros que foram escritos por inspiração do Espírito Santo; tem como autor o próprio Deus e chegaram à Igreja com este caráter. A inspiração é o impulso sobrenatural provindo do Espírito Santo e que excitou e levou autores sagrados a escreverem e os assistiu durante a redação, de tal forma que exatamente concebiam e se propunham fielmente referir e exprimiam, com veracidade infalível, tudo quanto Deus lhes ordenava escreverem. O Cânone ou regra é a reunião de livros que a Igreja reconhece como inspirados, isto é, este consiste no Antigo e Novo Testamento.



Aqui é de extrema importância salientar! Há Vários sentidos da Bíblia!O texto da Escritura, muitas vezes, oferece múltiplas interpretações. Há o sentido literal ou histórico, isto é, o que aparece escrito. Há também o sentido alegórico, místico ou figurativo, ou seja, o sentido que se desprende deter havido pessoas, coisas ou fatos escolhidos por Deus para significarem o porvir como no exemplo de Abraão e Issac. E há o sentido acomodatício, isto é, significação suposta, artificial, mítica no sentido absurdo do termo.



A Tradição possui duas acepções, isto é, Verdades reveladas por Deus, e estas podem ser transmitidas por nós através da palavra escrita ou oral. E também Verdades ensinadas por Cristo e pelos Apóstolos e transmitidas, de século a século, por outro caminho que não seja as Sagradas Escrituras (nisto nos diferenciamos dos protestantes). A Tradição é anterior à Sagrada Escritura. É mais extensa e uma fonte também distinta da outra. Os canais da Tradição podem ser vários. Entre eles estão as profissões de fé, os símbolos, definições de concílios, atos dos Papas (bulas, cartas, encíclicas etc.); nos escritos de algum Padre da Igreja, na prática constante e geral da Igreja, na liturgia, ritos e administração dos sacramentos e nas Atas dos mártires, monumentos da arte cristã, inscrições, pinturas das catacumbas.



Para se entender bem a doutrina da Igreja deve-se considerar e escrever aqui as duas acepções da palavra Dogma lembradas no vocabulário. Se considerarmos o dogma como Artigo de fé, ele pode sofrer alterações em sua fórmula no sentido de melhorar sua exposição nos termos, mas será sempre imutável no seu sentido, na sua substância.



Se considerarmos o dogma como Conjunto de Verdades de fé, não se poderia fazer nenhum acréscimo por nova revelação, pois na Bíblia está escrito uma declaração de Cristo: "tudo o que ouvi de meu Pai, eu vo-lo dei a conhecer" (Jo 15,15), e "Depois virá o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade" (Jo 16,13), ou seja, os Apóstolos receberam TODA a revelação COMPLETA. Houve sim revelações particulares que não se tornaram dogmas, mas que não ferem em nada a doutrina católica.



Ainda aqui podemos complementar que mesmo imutável, considerando o dogma como Conjunto de Verdades de fé, o conhecimento que podemos ter dele pode progredir! Cristo confiou à sua Igreja a missão de ensinar os fiéis de todos os tempos às Verdades reveladas e defendê-las dos erros, e para isso é necessário o desenvolvimento do pensamento: para que se explique e se exponha a doutrina revelada. Dogmas novos são, portanto, Verdades recentemente definidas, senão, recentemente propostas pela Igreja à nossa crença, ou seja, no decorrer dos séculos vieram novos dogmas (por exemplo, da Imaculada Conceição) e a Igreja tirou da dupla fonte, isto é, Escritura Sagrada e Tradição, onde já se encontravam quer explicitamente, quer implicitamente.



Agora para que se compreenda um pouco o que vou chamar "a prática do dogma", terei de explicar um pouco outros conceitos dentro da prática católica.O que é um símbolo de fé? Alguém alguma vez já pensou sobre isso? Sabe o que realmente carrega no peito quando dependura um símbolo como pingente em um colar?Um símbolo de fé é um formulário breve que encerra as principais Verdades de fé que a Igreja apresenta aos fiéis como meio de professarem o que acreditam, isto é, suas crenças. Para quem ensina o símbolo os lembra e garante sua conservação e inalteração da mesma regra. Para os que aprendem é um meio de não esquecer os principais dogmas, e para os fiéis é um meio de reconhecimento entre si.E os mistérios perante a razão? Os dogmas vão contra a razão? Os símbolos vão contra a razão?



Primeiramente temos três tipos de mistérios: Os de ordem Natural, que por mais que a ciência avance ainda não temos resposta como, por exemplo, como se realiza a união entre o corpo e a alma. Os mistérios de ordem Teológica, a qual nossa inteligência entende, quando revelados, que não teriam alcançado e nem conhecido com nossas próprias forças como, por exemplo, a queda original, a necessidade da Redenção e, por último, os mistérios Teológicos Propriamente Ditos, isto é, mistérios que transcendem a inteligência humana, tornando-a incapaz de descobrir, entender a natureza e a razão intrínseca até mesmo depois desta verdade ter sido REVELADA, como o mistério da Santíssima Trindade, o da Encarnação e a Transubstanciação. E agora?



Respondendo os questionamentos acima, os dogmas não repugnam nem a razão de Deus e nem a humana. Quanto a Deus, sabemos que é infinita a ciência do Criador e quem lhe tolherá comunicar-lhe algumas parcelas, tal qual o professor faz com seus alunos. E por parte dos homens concluímos que na esfera intelectual os mistérios deram elementos para estudos fantásticos e sublimes, enriquecendo o espólio do conhecimento do espírito humano, e na ordem moral o dogma facilita o exercício de várias virtudes fundamentais como a fé e a humildade, fazendo-nos lembrar de que não conseguimos saber de tudo e que há algo acima de nós. Além disso, há também a esperança e a caridade que alimentam o nosso coração para Deus.



Diante tudo isso e toda pesquisa que fiz para escrever este artigo, reforço a tese de que o Dogma em nada limita o agir humano e que este é mais um dos muitos dons que Deus Pai se utiliza para transmitir Seu Amor a seus filhos.



Ele nos indica um caminho seguro, nos dá uma bússola e ainda há pessoas que dizem que não necessitam dela e que preferem seguir sua própria cabeça... Estas mesmas pessoas não conseguem conceituar a palavra "caminho", quanto mais seguirem suas próprias cabeças! Eu vejo, inclusive, que nem umas bússolas estas conseguem decifrar, vão necessitar de um guia, mesmo assim estes insistem em tirar suas próprias conclusões... Conseguem imaginar onde um sujeito deste vai chegar?



Olho o mundo e vejo centenas, milhares de pessoas assim... Tudo porque não conseguem compreender a fundo uma questão... Tudo porque não abrem seus corações e o pior: não abrem o INTELECTO! Tudo porque já petrificaram suas opiniões nas opiniões dos outros, ou melhor, na opinião do inconsciente coletivo, na opinião do inconsciente coletivo da história da opinião popular...O que é o Dogma hoje na sociedade? Se você for católico é taxado de dogmático, se emitir uma opinião contra algum aspecto do homossexualismo é taxado de homofóbico, se você for contra a opinião de um professor mesmo argumentando está marcado a tirar um zero! Ir contra os ditames da moda, da moral, da regra geral hoje em dia é ser vítima do dogmatismo social, ou seja, quem é quem hoje em dia? E se disser que não segue nenhum, este em si já é outro "dogma", aquele do que vai com o que lhe interessar, isto é, o dos sem cérebro... Ou seja, que dogma prefere seguir ou nunca pensou ou percebeu o quão preso caminha na sociedade?



Pense... Se for dogma mesmo e se for católico... És livre! E para finalizar me utilizarei das palavras de um filósofo, pensador de quem admiro muito. G.K. Chesterton, em seu livro "Ortodoxia", na página 166, 167 e 262 assim escreveu:




"Lembre-se de que a Igreja abraçou especificamente idéias perigosas; ela foi uma domadora de leões. A idéia do nascimento por meio do Espírito Santo, da morte de um ser divino, do perdão dos pecados ou do cumprimento das profecias – qualquer um pode ver que são idéias que precisam apenas de um toque para transformar-se em algo blasfemo e feroz. (...) Aqui basta observar que se algum pequeno erro fosse cometido na doutrina, enormes erros e disparates poderiam ser cometidos na felicidade humana. (...)



Essa é a emocionante aventura da Ortodoxia. As pessoas adquirem o tolo costume de falar como algo pesado, enfadonho e seguro. Nunca houve nada tão perigoso ou tão estimulante como a Ortodoxia. Ela foi a sensatez, e ser sensato é mais dramático que ser louco. Ela foi o equilíbrio de um homem por trás de cavalos em louca disparada, parecendo abaixar-se para este lado, depois para aquele, mas em cada atitude mantendo a graça de uma escultura e a precisão da aritmética. (...)Para o homem moderno, os céus estão realmente embaixo da terra.



A explicação é simples: ele está de ponta cabeça, o que o constitui um pedestal pouco resistente para apoiar-se. Mas quando houver novamente descoberto os próprios pés, saberá disso. O cristianismo satisfaz de repente e à perfeição o instinto ancestral do homem de estar virado para cima; e o satisfaz plenamente neste sentido: com seu credo a alegria se torna algo gigantesco e a tristeza algo especial e pequeno".



(...)



Referências Bibliográficas:


Bíblia Sagrada. São Paulo: Paulinas, 1989.


BOEHNER,P;GILSON, É. História da filosofia cristã. 10 ed. São Paulo: Vozes, 2007.



BOULENGER, Doutrina católica - Tomo I, Dogmas. São Paulo: Brasil S/A, 1963.


Catecismo da Igreja católica. São Paulo: Loyola, 2000.


CHESTERTON,G.K. Ortodoxia. 4ª reimpressão. São Paulo: Mundo Cristão, 2008.


Compêndio da doutrina cristã prescrito por São Pio X. 12 ed. Lisboa: União gráfica. 1963.


JOÃO PAULO PP. II, Carta Encíclica. "Veritatis Splendor". 4 ed. São Paulo: Paulinas, 1999


MÉNDEZ, Gonzalo Lobo. Deus Uno e Trino – Manual de iniciação. Lisboa: Diel, 2006.


MONDIN, Battista. Quem é Deus? Elementos de teologia filosófica. São Paulo: Paulus, 1997.


SADA,Ricardo; MONROY,Alfonso. Curso de teologia moral. 2 ed. Lisboa: Rei dos livros, 1989.


______________________________. Curso de teologia dogmática. 2 ed. Lisboa: Rei dos livros, 1989.


TRESE, Leo. A fé explicada. 7 ed. São Paulo: Quadrante, 1999.




Para citar este artigo:
OLIVEIRA, Christiane Forcinito Ashlay Silva de. Apostolado Veritatis Splendor: O QUE É DOGMA?. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/5700. Desde 20/05/2009.

sábado, 13 de dezembro de 2008

A Imaculada Conceição

Não seria justo com nossa Mãe Santíssima, passar essa semana sem falar um pouco sobre o dogma da Imaculada Conceição, que comemoramos.
Segue um texto que explica esse lindo nome que a Mãe de Jesus e nossa recebeu.

Abraços e um fim de semana com as bênçãos de Maria.

A Imaculada Conceição




O Dogma da Imaculada Conceição afirma que Maria foi concebida sem mancha de pecado original. Ele foi proclamado pelo Papa Pio IX, no dia 8 de dezembro de 1854, na Bula Ineffabilis Deus.




“Declaramos, pronunciamos e definimos que a doutrina que sustenta que a Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua concepção, foi por singular graça e privilégio de Deus onipotente em previsão dos méritos de Cristo Jesus, Salvador do gênero humano, preservada imune de toda mancha de culpa original, foi revelada por Deus, portanto, deve ser firme e constantemente crida por todos os fiéis.” (Papa Pio IX)




Esse Dogma abrange dois aspectos importantes:
1º aspecto - A Santíssima Virgem foi preservada da mancha original desde o princípio de sua conceição. Maria foi cumulada, desde a sua geração (concepção), com os dons da graça santificante.
2º aspecto - Esse privilégio foi concedido em virtude dos merecimentos de Jesus Cristo.



O dogma abrange dois pontos importantes:


a) O primeiro é ter sido a Santíssima Virgem preservada da mancha original desde o princípio de sua conceição. Deus abrogou para ela a lei de propagação do pecado original na raça de Adão; ou por outra, Maria foi cumulada, ainda no começo da vida, com os dons da graça santificante.



b) No segundo, vê-se que tal privilégio não era devido por direito. Foi concedido na previsão dos merecimentos de Jesus Cristo. O que valeu a Maria este favor peculiar foram os benefícios da Redenção, na previsão dos méritos de Jesus Cristo, que já existiam nos eternos desígnios de Deus.

Provas na Sagrada Escritura:
Depois da queda do pecado original, Deus falou ao demônio, oculto sob a forma de serpente: "Ei de por inimizade entre ti e a mulher, entre sua raça (semente) e a tua; ela te esmagará a cabeça" (Gen 3, 15). Basta um pouco de boa-vontade para compreender de que "mulher" o texto fala.

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A única mulher "cheia de graça", "bendita entre todas", na qual a "semente" ou (raça) foi Nosso Senhor Jesus Cristo (e os cristãos), é a Santíssima Virgem, a nova Eva, mãe do Novo Adão.

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Conforme esse texto, há uma luta entre dois antagonistas: de um lado, está uma mulher com o filho; do outro, o demônio. Quem há de ganhar a vitória são aqueles e não estes. Ora, se Nossa Senhora não fosse imaculada, essa inimizade não seria inteira e a vitória não seria total, pois Maria Santíssima teria sido, pelo menos em parte, sujeita ao poder do demônio através do Pecado Original. Em outras palavras, a inimizade entre a mulher (e sua posteridade) e a serpente, implica, necessariamente, que Nosso Senhor e Nossa Senhora não poderiam ter sido manchados pelo pecado original.

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Na saudação angélica, quando S. Gabriel diz: "Ave, cheia de graça. O Senhor é convosco". Ora, não se exprimiria desta maneira o anjo e nem haveria plenitude de graça, se Nossa Senhora tivesse o pecado original, visto o homem ter perdido a graça após o pecado.

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A maneira da saudação angélica transparece a grandeza de Nossa Senhora, pois o Anjo a saúda com a "Ave, Cheia de Graça". Ele troca o nome "Maria" pela qualidade "Cheia de Graça", como Deus desejou chamá-la.

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Ao mesmo tempo, a afirmação "o Senhor é convosco" abrange uma verdade luminosa. Se Nosso Senhor é (está) com Nossa Senhora antes da encarnação ("é convosco"). Sendo palavras anteriores à encarnação do verbo no seio da Virgem Maria, forçoso é reconhecer que onde está Deus não está o pecado. Ou seja, Nossa Senhora não tinha o "pecado original".

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Prossegue o arcanjo: Não temas, Maria, pois "achaste graça diante de Deus". Aqui termina a revelação da Imaculada Conceição para começar a da maternidade divina: "Eis que conceberás no teu ventre e darás à luz um filho, e por-lhe-ás o nome de Jesus". (Lc 1, 28).

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Pela simples leitura percebe-se a conexão estreita entre duas verdades: "Maria será a mãe de Jesus, porque achou graça diante de Deus".

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Mas, que graça Nossa Senhora achou diante de Deus para poder ser escolhida como a Mãe Dele? Ora, a única graça que não existia - ou que estava "perdida" - era a "graça original". Falar, pois, que: "Maria achou graça" é dizer que achou a "graça original". Ora, a "graça original" é a "Imaculada Conceição"!

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Os evangelhos sinóticos deixam claro que a palavra "Cheia de Graça", em grego: "Kecharitoménê", particípio passado de "charitóô", de "Cháris", é empregado na Sagrada Escritura para designar a graça em seu sentido pleno, e não no sentido corrente. A tradução literal seria: "omnino Plena Caelesti gratia" ou "Ominino gratiosa reddita": "Cheia de graça".

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Ou seja, a tradução do latim: "gratia plena" é mais perfeita do que a palavra portuguesa: "cheia de graça". Nossa Senhora não apenas "encontrou graça", mas estava "plena" de Graça. Corroborando o que disse o Arcanjo logo em seguida: "O Senhor é contigo".

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Falando à Santíssima Virgem que Ela "achara graça", o Arcanjo diz: Maria, sois imaculada, e, por isto, sereis a Mãe de Jesus Cristo.

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Também é pela própria razão que se pode concluir a Imaculada Conceição. É claro que o argumento racional não é definitivo, mas corroborou com muita conveniência - e completa harmonia - para com ele. Se Maria Santíssima fosse manchada do pecado original, essa mancha redundaria em menor glória para seu filho, que ficou nove meses no ventre de uma mulher que teria sido concebida na vergonha daquele pecado. Se qualquer mácula houvesse na formação de Maria Santíssima, teria havido igualmente na formação de Jesus, pois o filho é formado do sangue materno.

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S. Paulo assim se expressa sobre o ventre de onde nasceu o menino-Deus: "Cristo, porém, apareceu como um pontífice dos bens futuros. Entrou no tabernáculo mais excelente e perfeito, não construído por mãos humanas, nem mesmo deste mundo" (Hebr 9, 12).

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Que tabernáculo é esse, "não construído por mãos humanas", por onde "entrou" Nosso Senhor Jesus Cristo? Fica claro o milagre operado em Nossa Senhora na previsão dos méritos de seu divino Filho. Negar que Deus pudesse realizar tal milagre (Imaculada Conceição) seria duvidar de sua onipotência. Negar que Ele desejaria fazer tal milagre seria menosprezar seu amor filial, pois, como afirma S. Paulo: Deus construiu o seu "tabernáculo" que não foi "construído por mãos humanas".

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Ora, este tabernáculo, feito imediatamente por Deus e para Deus, devia revestir-se de toda a beleza e pureza que o próprio Deus teria podido outorgar a uma criatura.

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E esta pureza perfeita e ideal se denomina: a Imaculada Conceição.
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Agora examinemos a Tradição, desde os primeiros séculos:

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S. Tiago Menor, o qual realizou o esquema da liturgia da Santa Missa, prescreve a seguinte leitura, após ler uns passos do antigo e do novo testamento, e de umas orações: "Fazemos memória de nossa Santíssima, Imaculada, e gloriosíssima Senhora Maria, Mãe de Deus e sempre Virgem".

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O santo Apóstolo não se limita a isso, mas torna a sua fé mais expressiva ainda. Após a consagração e umas preces, ele faz dizer ao Celebrante:


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"Prestemos homenagem, principalmente, a Nossa Senhora, a Santíssima, Imaculada, abençoada acima de todas as criaturas, a gloriosíssima Mãe de Deus, sempre Virgem Maria. E os cantores respondem: É verdadeiramente digno que nós vos proclamemos bem-aventurada e em toda linha irrepreensível, Mãe de Nosso Deus, mais digna que os querubins, mais digna de glória que os serafins; a vós que destes à luz o Verbo divino, sem perder a vossa integridade perfeita, nós glorificamos como Mãe de Deus" (S. jacob in Liturgia sua).

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O evangelista S. Marcos, na Liturgia que deixou às igrejas do Egito, serve-se de expressões semelhantes: "Lembremo-nos, sobretudo, da Santíssima, intemerata e bendita Senhora Nossa, a Mãe de Deus e sempre Virgem Maria".

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Na Liturgia dos etíopes, de autor desconhecido, mas cuja composição data do primeiro século, encontramos diversas menções explícitas da Imaculada Conceição. Umas das suas orações começa nestes termos: Alegrai-vos, Rainha, verdadeiramente Imaculada, alegrai-vos, glória de nossos pais. Mais adiante, é pela intercessão da Imaculada Virgem Maria que o Sacerdote invoca a Deus em favor dos fiéis: "Pelas preces e a intercessão que faz em nosso favor Nossa Senhora, a Santa e Imaculada Virgem Maria.".

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Terminamos o primeiro século com as palavras de Santo André, apóstolo, expondo a doutrina cristã ao procônsul Egeu, passagem que figura nas atas do martírio do mesmo santo, e data do primeiro século: "Tendo sido o primeiro homem formado de uma terra imaculada, era necessário que o homem perfeito nascesse de uma Virgem igualmente imaculada, para que o Filho de Deus, que antes formara o homem, reparasse a vida eterna que os homens tinham perdido" (Cartas dos Padres de Acaia).

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A doutrina da Imaculada Conceição era, pois, conhecida no primeiro século e por todos admitida. A esse respeito, nenhuma contradição se levantou na primitiva Igreja.

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No século segundo, os escritos dos Santos Padres falam da Imaculada Conceição como um fato indiscutível. Entre os escritores e oradores deste século, contamos: S. Jusitino, apologista e mártir; Tertuliano e Santo Irineu.

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No terceiro século, existem também textos claros em defesa da Imaculada Conceição. mas em menor quantidade.

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Santo Hipólito, bispo de Porto e mártir, escreveu em 220: "O Cristo foi concebido e tomou o seu crescimento de Maria, a Mãe de Deus toda pura". Mais além ele diz: "Como o Salvador do mundo tinha decretado salvar o gênero humano, nasceu da Imaculada Virgem Maria".

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Orígenes, que viveu em 226 e pareceu resumir a doutrina e as tradições de sua época, escreveu: "Maria, a Virgem-Mãe do Filho único de Deus, é proclamada a digna Mãe deste digno Filho, a Mãe Imaculada do Santo e Imaculado, sendo ela única, como único é o seu próprio Filho."

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Em um dos seus sermões sobre S. José, Orígenes faz o mensageiro celeste dizer ao santo: "Este menino não precisa de Pai na terra, porque tem um pai incorruptível no céu; não precisa de Mãe no Céu, porque tem uma Mãe Imaculada e casta na terra, a Virgem Bem-aventurada, Maria".

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No século quarto, aparecem inúmeros escritos sobre a Imaculada Conceição, cada vez mais explícitos e em maior número. Temos diante de nós as figuras incomparáveis de Santo Atanásio, de Santo Efrem, de S. Basílio Magno, de Santo Epifânio, e muitos outros, que constituem a plêiade gloriosa dos grandes Apóstolos do culto da Virgem Santíssima e, de modo particular, de sua Imaculada Conceição.

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Um trecho de Lutero, para mostrar que nem ele se atreveu a contestar a Imaculada Conceição: "Era justo e conveniente, diz ele, fosse a pessoa de Maria preservada do pecado original, visto o filho de Deus tomar dela a carne que devia vencer todo pecado". (Lut. in postil. maj.).
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Nossa Senhora foi a restauradora da ordem perdida por meio de Eva. Eva nos trouxe a morte, Maria nos dá a vida. O que Eva perdeu por orgulho, Nossa Senhora ganhou por humildade.

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O Dogma da Imaculada Conceição foi proclamado pelo Papa Pio IX, cercado de 53 cardeais, de 43 arcebispos, de 100 bispos e mais de 50.000 romeiros, no dia 8 de dezembro de 1854.

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Passados apenas 3 anos dessa solene proclamação, em 11 de agosto de 1858, Nossa Senhora dignou-se aparecer milagrosamente quinze dias seguidos, perto da pequena cidade de Lourdes, na França, a uma pobre menina, de 13 anos de idade, chamada Bernadete.

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No dia 25 de março, Bernadete suplicou que Nossa Senhora lhe revelasse seu nome. Após três pedidos seguidos, Nossa Senhora lhe respondeu: "Eu sou a Imaculada Conceição".


Eis a chave de ouro que encerra a tradição ininterrupta dos Apóstolos.




Fontes: