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quinta-feira, 28 de maio de 2009

Responsabilidade dos Batizados

Papa nos lembra que também nós leigos também somos Igreja, e temos responsabilidade por ela!

Um bom dia para você!


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Por Patrícia Navas
ROMA, quarta-feira, 27 de maio de 2009 (ZENIT.org).- O Papa apelou à corresponsabilidade de todos os batizados no ser e atuar da Igreja.



Ele o fez nesta terça-feira à tarde, na basílica de São João de Latrão, em Roma, ao inaugurar o congresso eclesial da diocese da Cidade Eterna sobre “Pertença eclesial e corresponsabilidade pastoral”, que acontece até 29 de maio.



“Deve haver uma renovada tomada de consciência de nosso ser Igreja e da corresponsabilidade pastoral que, em nome de Cristo, todos estamos chamados a exercitar”, indicou.



E deve promover-se gradualmente esta corresponsabilidade “no respeito das vocações e das funções dos consagrados e dos leigos”, acrescentou.



Isso, advertiu, exige uma “mudança de mentalidade, especialmente com relação aos leigos, passando de considerá-los colaboradores do clero a reconhecê-los realmente como “corresponsáveis” do ser e do atuar da Igreja, favorecendo a consolidação de um laicado maduro e comprometido”.



Bento XVI constatou que “ainda existe uma tendência a identificar unilateralmente a Igreja com a hierarquia, esquecendo a responsabilidade comum, a missão comum” de todos os batizados.
“Até que ponto se reconhece e alenta a responsabilidade pastoral de todos, especialmente os leigos?”, perguntou.



Referindo-se aos leigos comprometidos, destacou que “não deve diminuir sua consciência de que são ‘Igreja’, porque Cristo, Palavra eterna do Pai, convoca-os e faz deles seu Povo”.
Pediu aos sacerdotes que, em sua formação, transmitam-lhes “um sentimento de pertença à comunidade paroquial” e a importância da unidade.



Também que os convidem a aproximar-se da Sagrada Escritura, através, por exemplo, da lectio divina; que os reúnam em cuidadas celebrações eucarísticas, particularmente aos domingos, e promovam sua ação missionária, em primeiro lugar vivendo a caridade.



O Santo Padre explicou que a preparação ao Jubileu do ano 2000 na diocese de Roma ajudou a “comunidade eclesial a tomar consciência de que o mandato de evangelizar não é só para alguns, mas para todos os batizados”.



Para o pontífice, “o futuro do cristianismo e da Igreja de Roma é também o compromisso e o testemunho de cada um de nós”.



Fonte: ZENIT.org

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Anjos e Demônios



Anjos e Demônios, o filme baseado na novela de mesmo nome que saiu no dia 15 de maio de 2009





Joseph Dias, secretário geral do Foro Secular Católico (CSF) explica os conteúdos anti-católicos do livro e o filme; e se une ao boicote da Liga Católica (Catholic League - EUA).





O BOICOTE…





Não comprem o livro, não vão ao cinema.Nota do editor: A Liga Católica (EUA) e o Foro Secular Católico (CSF –Índia) uniram suas forças para proibir o filme anti-católico de Dan Brown "Anjos e Demônios" que será lançado em maio. No seguinte artigo, Joseph Dias, secretário geral do CSF explica uma por uma as mentiras do livro de Brown que leva o mesmo nome: Anjos e Demônios.






Particularmente iluminador é o testemunho do pessoal do filme que dá a conhecer o Padre Bernard O'Connor, um sacerdote canadense e oficial da Congregação para as Igrejas Orientais da Santa Sé que esteve em Roma o ano passado, quando o diretor Ron Howard estava filmando a obra. Ou seja, quem sabe, talvez Dan Brown, Tom Hanks e Opie Taylor são os Illuminati…





Por Joseph Dias





Dan Brown, o autor do Código de Da Vinci, parece haver-se convertido em um perito na arte do anti-catolicismo e agora leva sua agenda anti-católica um pouco mais adiante com seu livro "Anjos e Demônios". Além disso, o Co-produtor, Brian Grazer, quer que esta nova obra seja "menos reverente" que o Código de Da Vinci, quer dizer, ainda mais liberalmente anti-católica, o qual já é, se é que se detenha somente no livro.





As pessoas não poderiam reclamar dos realizadores, se estes tivessem deixado de lado figuras históricas e à própria Igreja Católica ao fazer sua obra "de culto". Entretanto, isto não foi o que aconteceu e o filme menciona uma série de personagens históricos e eventos, cobrindo de mentiras e de uma satanização da Igreja Católica toda a trama. As mentiras no filme tornam difícil que alguém o separe da ficção; e aqueles que não estão familiarizados com a história da Igreja Católica estão condenados a ir-se, depois de vê-lo, com uma má opinião d'Ela.





A HISTÓRIA





O protagonista em ambas as obras, O Código Dá Vinci e Anjos e Demônios, é o especialista em simbologia de Harvard, Robert Langdon (personagem interpretado por Tom Hanks). Em Anjos e Demônios (o filme baseado no romance de mesmo nome que sairá à luz no dia 15 de maio de 2009), Langdon é recrutado pela CERN (Organização Européia para a Investigação Nuclear) para investigar o que aconteceu com uns de seus físicos: ele foi encontrado morto com um misterioso símbolo gravado no peito. Este símbolo era o de uma sociedade secreta que se acreditava extinta há muito tempo, a Irmandade dos Illuminati.





Com o tempo, Langdon se convence cada vez mais de que os Illuminati retornaram. De acordo com Brown, a organização, que tinha a Galileu entre seus membros, foi fundada para afirmar a supremacia da ciência sobre a irracionalidade da religião, especialmente o catolicismo. Agora procura a vingança, tendo capturado a anti-matéria, uma perigosa substância descoberta pelo cientista que foi assassinado. A missão de Langdon é deter os Illuminati antes que destruam o Vaticano com uma bomba de tempo feita de anti-matéria.





Por que são anti-católicos tanto o livro como o filme?





* Um sacerdote e uma religiosa se unem para inseminar-se artificialmente: pode-se apreciar a representação de um jovem sacerdote que antes de converter-se em Papa se apaixona por uma religiosa. Ambos desejam um filho, mas também querem permanecer castos, por isso recorrem à inseminação artificial.





* Distorção de fatos concernentes à vida real: O engano de Brown está em que intercala personagens da vida real como Copérnico e Galileu, assim como organizações verdadeiras, como os Illuminati; com assuntos reais como a ciência e a religião; para chegar assim às suas próprias e elaboradas conclusões, que não têm nenhuma raiz histórica nem se apóiam em fatos históricos; e terminam sendo simples e flagrantes mentiras.





* Falso retrato da Igreja Católica: Dan Brown sabe o que a história diz e mesmo assim, deliberadamente a representa mal. Sua distorção de propósito da verdade está pensada para caluniar a Igreja Católica. Brown quer mostrar que a Igreja Católica vê a ciência como um inimigo e que não se deterá ante nada para jogá-la em uma esquina.





* Mentiras sobre a CERN e a anti-matéria: Brown começa com uma página de "fatos" em que menciona a CERN. Ele a descreve como uma entidade a Suíça que criou a anti-matéria, “a mais poderosa fonte de energia conhecida pelo homem". É tão poderosa que "uma só grama de anti-matéria contém a energia de uma bomba nuclear de 20 kilotons, o tamanho da bomba jogada sobre Hiroshima”. Isto simplesmente não é certo.





* A CERN clarifica o assunto com feitos: A CERN recebeu muitas perguntas sobre o que Brown alega, tanto assim dedicam uma seção especial em sua página Web para respondê-las. Por exemplo, a Web Page precisa que “CERN não é um instituto suíço, a não ser uma organização internacional”; está localizada na Suíça e parcialmente na França. A anti-matéria sim existe, e é criada rotineiramente na CERN, mas “não existe a possibilidade de usar a anti-matéria como uma 'fonte' de energia".Uma pergunta comum que fazem às autoridades desta organização é: “Fazem a anti-matéria como se descreve no livro?” A resposta é clara: "Não". Todo mundo quer saber que tão perigosa é a anti-matéria em realidade. A CERN precisa que esta é "totalmente segura, dadas as diminutas quantidades nas que a fazemos. Seria muito perigoso se fizéssemos alguns gramas, mas isto tomaria milhões de anos".





* A Igreja Católica usa qualquer meio para liderar a vingança: Mais importante ainda, Brown diz na seguinte página que "a Irmandade dos Illuminati é um fato". E o que procuram os Illuminati? No livro se diz que “os Illuminati foram caçados sem piedade pela Igreja Católica”. No trailer do filme, Tom Hanks, que faz o papel de Langdon, diz sobre a sociedade secreta que “a Igreja Católica ordenou um massacre brutal para silenciá-los para sempre. Eles voltaram para a revanche". Nas páginas 39-40 do livro, diz-se que os Illuminati foram fundados no século XVI, o filme afirma o mesmo. Na página 223 se diz que "a palavra da Irmandade de Galileu começou a difundir-se na década de 1630 e que os cientistas de todo o mundo faziam uma peregrinação secreta a Roma esperando poder unir-se aos Illuminati….”.





O diretor do filme, Ron Howard, concorda: “Os Illuminati se formaram no século XVII. Eram artistas e cientistas como Galileu e Bernini, cujas idéias progressivamente foram ameaçando o Vaticano”. Brown, em seu sítio Web, reafirma esta idéia central: “é um fato histórico que os Illuminati queriam vingar-se do Vaticano no século XVII. Os primeiros Illuminati –os da época do Galileu– foram expulsos de Roma pelo Vaticano e caçados sem misericórdia”.





* Mentiras sobre os Illuminati: A verdade é que nenhum membro dos Illuminati foi caçado e muito menos assassinado por parte da Igreja Católica. Saber exatamente quais foram os Illuminati demonstra quão falsas são as afirmações do Brown. Os Illuminati foram fundados por um professor de leis chamado Adam Weishaupt, na Baviera, Alemanha, em 1 de maio de 1776. Não duraram muito: paralisou totalmente em 1787. Este não é um assunto em disputa, assim arrastar Galileu a esta fábula é bastante desonesto. Ele morreu em 1642, quase 150 anos antes que os Illuminati fossem fundados. Brown tem que saber tudo isto porque em seu próprio sítio Web há uma seção sobre os Illuminati que corretamente precisa sua fundação em 1776!





* Canonização e a Santa Comunhão "emprestadas" do paganismo: Anjos e Demônios afirma que a tradição da Igreja da canonização está tirada de um antigo rito "para fazer-se deus". Mas os Santos não são pessoas feitas deuses, e em nenhum caso as origens pagãs da canonização poderiam haver-se explicado com precisão porque não são tais. Não existe, além disso, absolutamente nenhuma evidencia para a afirmação do Brown sobre o fato que morrer pelos pecados dos outros seja uma idéia cristã roubada ao legendário rei asteca Quetzalcoatl. A Santa Comunhão, segundo Brown, é um conceito que foi tirado dos astecas. Mas o fato concreto é que a Cristandade precede à civilização asteca por mais de 1000 anos.





* Mais mentiras históricas sobre personagens reais: O livro considera que a CERN inventou a Internet, o que é claramente falso. Ela lhe dá crédito a dois repórteres da BBC (da Inglaterra) que ganharam o Prêmio Pulitzer, em que pese a que este prêmio só se entrega a americanos. Afirma além que Winston Churchill foi um “católico incondicional”, quando a verdade é que nunca foi católico. Apresenta a idéia de que a Igreja Católica é muito rica, quando em realidade seu orçamento anual de operação se poderia comparar ao de um quinto da Universidade de Harvard (EUA). O livro diz que Copérnico foi assassinado, quando a história precisa que morreu de um ataque. O texto assinala além que Galileu foi um pacifista, embora não há evidências de que o fora. Brown toma uma crença: que os cientistas cristãos consideram inadequado o tratamento médico para uma pessoa jovem e o atribui falsamente ao catolicismo. Pinta além disso, falsamente, aos católicos como opostos ao ensino da evolução e identifica a uma organização protestante, a Christian Coalition (Coalizão Cristã) como uma entidade católica, quando não o é.





*O Papa Pio IX retratado como um desviado sexual: Brown quer promover todo tipo de estereótipo negativo sobre a Igreja Católica. Um dos favoritos de todos os tempos é a alegada fobia da Igreja ante a sexualidade. Por isso não deve surpreender que Brown presente o Papa Pio IX como um "maníaco eliminador de pênis" que destruiu grandes obras de arte. “Em 1857 –diz Brown na página 159– o Papa Pio IX decidiu que a representação masculina completa poderia incitar à luxúria dentro do Vaticano. Assim tomou um cinzel e um martelo e destruiu todas as genitálias de todas as estátuas masculinas dentro da Cidade do Vaticano”.Pio IX, em vez de ir caminhando pelo Vaticano com seu martelo em mão, golpeando as estátuas masculinas entre as pernas, em realidade apoiou prodigamente as artes e premiou aos artistas por suas contribuições. É também conhecido por ter restaurado as pinturas no Vaticano.





*O Papa Urbano VIII rejeita ao escultor Bernini e a escultura de Santa Teresa (de Ávila): Brown guarda suas melhores armas para a suposta má reação do Papa ante a obra mestra de escultura de (Gian Lorenzo) Bernini, “O êxtase da Santa Teresa”. Segundo Brown, “o Papa Urbana VIII tinha rechaçado 'O êxtase da Santa Teresa' por ser uma obra sexualmente explícita para o Vaticano. Assim que a desterrou a alguma escura capela no outro lado da cidade”. Na mesma página, a 442, lê-se que “a escultura, como qualquer pessoa que a viu pode testemunhar, era algo menos algo cientista-pornográfico, mas certamente não científico". Na seguinte página escreve que "a estátua representava a Santa Teresa sobre suas costas na agonia de um intenso orgasmo".




Novamente, Brown simplesmente cria "fatos" que calcem em sua agenda. Para os principiantes na escultura, Teresa não está sobre suas costas, mas sim sentada. Quanto a Urbano VIII, não foi um adversário de Bernini, mas sim foi seu amigo e patrono. Em uma biografia de Arthur Lubow sobre este grande artista, se precisa que durante os 20 anos de pontificado de Urbano VIII, Bernini foi tratado como se fora da realeza pelo Papa. De fato, Bernini foi o favorito de todos os Papas enquanto viveu, e foi condecorado com a Cruz da Ordem de Cristo.





* Brown eleva à ciência ao lugar de Deus: Na página 31, um dos personagens do Brown se regozija ao dizer que "logo se provará que todos os deuses são falsos. A ciência dará a resposta a quase todas as perguntas que o homem possa fazer". Assim, que coisa resta? “Só restam algumas perguntas", escreve Brown, "e essas são as perguntas esotéricas”. Como por exemplo o verdadeiro sentido da existência! Na página 218, Brown se emociona tanto com a promessa da ciência que para expressá-lo usa itálicos e exclama: "A Ciência é Deus!". Na página 474, fica totalmente claro: “A medicina, as comunicações eletrônicas, as viagens espaciais, a manipulação genética são os milagres sobre os que falamos com nossos filhos. Estes são os milagres que levamos como prova de que a ciência nos dará todas as respostas". E logo se lança pelo ouro: "As antigas histórias sobre imaculadas concepções, sarças ardentes e mares abertos já não são relevantes. Deus se tornou obsoleto. A ciência ganhou a batalha".





Nesta perspectiva, há algo que a ciência não possa fazer? Evidentemente não. Aqui Brown apresenta sua postura mais extrema (página 658): “A ciência veio para nos salvar da enfermidade, da fome e da dor! Hei aqui a ciência, o novo Deus dos milagres infinitos, onipotente e benevolente! Ignorem as armas e o caos”. A ciência deu um elixir para os problemas pessoais: “Esqueçam a solidão fraturada e o perigo interminável. A Ciência está aqui!”.





* O fato é que o catolicismo promoveu a ciência e a astronomia: a Ciência não teria progredido se não tivesse sido assim. “Nos últimos 50 anos”, afirma o professor Thomas E. Woods, Jr., “virtualmente todos os historiadores da ciência… chegaram à conclusão de que a Revolução Científica se deveu à Igreja”. Para o sociólogo Rodney Stark a razão pela que a ciência emergiu na Europa e não em nenhum outro lugar, foi o catolicismo. “sabe-se que na China, no Islã, na Índia, na Grécia antiga e em Roma, todos tiveram uma muito desenvolvida alquimia. Mas somente na Europa esta alquimia se transformou em química. Por essa razão, muitas sociedades desenvolveram elaborados sistemas de astrologia, mas solo nisto Europa levou a astronomia".





O rol pioneiro dos católicos na astronomia está fora de discussão. J.L. Heilborn da Universidade de Califórnia em Berkeley escreve que “A Igreja Católica ajudou mais que ninguém financeira e socialmente ao estudo da astronomia por mais de seis séculos, da recuperação dos estudos antigos durante a última etapa da Idade Média até a Ilustração". Somente os alcances científicos dos jesuítas alcançaram todos os cantos da terra.





O que fez ao catolicismo tão amigo da ciência e por que a ciência se originou na Europa e não em outra parte? Stark sabe o porquê: “Porque o Cristianismo representava a Deus como um ser racional, sensível, confiável e onipotente, e o universo como sua própria criação pessoal. entendia-se então que o mundo natural tem uma estrutura estável, racional, legal, que espera (em realidade que convida) à compreensão humana".





* A Igreja e Galileu, muitas falsidades: Os mitos sobre Galileu são tantos que somente uns poucos se dão o trabalho de consultar os fatos históricos para saber o que em realidade aconteceu. Brown explora esta ignorância ao máximo. Quando afirma na página 41 que os "dados do Galileu estavam fora de discussão”, não chega nem perto da verdade. Por exemplo, sabemos que as marés se explicam pelas forças gravitacionais da lua. Mas a fixação de Galileu sobre a terra girando ao redor do sol não lhe permitiu compreender isto, ele pensava que as marés deviam compreender-se a partir do fato de que a terra girava ao redor do sol. E o que é mais importante, o que colocou a Galileu em problemas não foram suas idéias mas a sua arrogância: fez afirmações que não podia sustentar cientificamente.





Se Galileu foi castigado por sustentar que a terra gira ao redor do sol, então por que Copérnico não foi castigado? Afinal de contas, Copérnico teve esta idéia antes mesmo que Galileu chegasse a ela, e assim como Galileu, Copérnico era católico. A diferença está em que Copérnico foi um cientista honesto: estava contente afirmando suas idéias a modo de hipótese. Galileu repudiou fazer o mesmo, inclusive quando não podia as provar.





Se a Igreja Católica quis tirar o Galileu do mapa, então como se explica que fora gabado por seu trabalho em Roma em 1611? Por que o Papa Paulo V o acolheu? Por que se fez amigo do futuro Papa, Urbano VIII? Francamente, Galileu nunca se meteu em problemas antes de começar a insistir em que o sistema copernicano era positivamente certo. Quando esteve de acordo tratando isto como uma hipótese ou como uma proposição matemática, não sofreu nenhuma sanção.





Em 1624, o Papa Urbano VIII deu a Galileu medalhas e outros presentes, e lhe rogou que seguisse realizando seu trabalho. De acordo com Woods, “Urbano VIII lhe disse ao astrônomo que a Igreja nunca tinha declarado que o sistema do Copérnico era herético, e que a Igreja nunca faria isso". Isto, é obvio, não é o que Brown quer que acreditemos. Oito anos depois, Galileu escreveu em seu "Dialogo sobre os principais sistemas do mundo", e o fez a pedido do Papa. Mas esta vez Galileu assinalou que a teoria copernicana era empiricamente certa. Além disso, apresentou-se como teólogo, não somente como matemático, e esteve de acordo em fazê-lo. A Igreja não estava contente, e se sentiu marcada por ele. De igual modo, a comunidade científica não estava impressionada. Sua arrogância era terrível para muitos fora da Igreja assim como dentro dela.





É fácil para nós dizer que a Igreja reagiu exageradamente com Galileu. Isto é certo. Mas é também importante notar que ele nunca foi torturado e não passou um só dia na prisão. Foi confinado ao arresto domiciliário em uma modesta casa durante 9 anos. Inclusive passou um tempo na casa do Arcebispo de Siena. Não é exatamente a experiência tipo gulag (campos de trabalhos forçosos russos no tempo do Stalin aonde morreram milhões de pessoas) que nos têm feito acreditar. Seria interessante saber como Brown explicaria o fato que o primeiro líder da Pontifícia Academia para as Ciências não foi outro que seu "mártir" favorito Galileu Galilei!





Se a Igreja Católica era tão anti-ciência, por que o Papa Bento XIV outorgou o imprimatur (permissão eclesiástica oficial para a impressão de uma obra católica) à primeira edição dos trabalhos completos do Galileu? Assim o fez em 1741. E se necessitamos melhores provas para demonstrar que o abrasivo do Galileu teve algo que ver com a resposta da Igreja, deve considerar-se que cientistas como o P. Roger Boscovich seguiram explorando as idéias copernicanas enquanto Galileu foi encontrado "veementemente suspeito de heresia". Também deve notar-se que aos católicos nunca lhes proibiu ler a Galileu, inclusive os livros científicos de todo tipo circularam livremente durante e depois da censura ao Galileu.





As razões do Bill Donahue





Segundo Bill Donahue da Liga Católica dos Estados Unidos, “dentro de pouco, a equipe formada por Dan Brown e Ron Howard terão gerado na audiência a crença de que Galileu era membro de uma sociedade secreta, os Illuminati, e que esse grupo procura vingar do Vaticano pela história anti-ciência da Igreja Católica. O fato é que Galileu morreu quase 150 anos antes que os Illuminati fossem fundados em 1 de maio de 1776. Por que mentir então? Porque sua meta é mostrar à Igreja Católica como uma inimizade da ciência, e qual outra melhor forma que usar para isto o seu mártir favorito, Galileu? A vítima perfeita, mencionada perseguição do Galileu, é citada assim como prova da guerra da Igreja contra a razão".





“Galileu nunca foi aprisionado ou torturado. Seu confinamento foi uma detenção domiciliária, embora não garantido, e estava mais em função de sua arrogância que das suas idéias: persistiu em apresentar idéias (tiradas de Copérnico, um cientista católico que nunca foi castigado) como cientificamente precisas, algo do que inclusive cientistas de seu tempo duvidavam".





* Testemunhos em contra da Igreja de parte do pessoal que produziu o filme: O Padre Bernard O'Connor, um sacerdote canadense e oficial da Congregação para as Igrejas Orientais da Santa Sé, estava em Roma o ano passado enquanto o diretor Ron Howard filmava a obra. O'Connor se encontrou duas vezes com o pessoal da mesma e conversou de maneira informal com 20 deles. Estava vestido casualmente de modo que ninguém se deu conta de que era um sacerdote. Falaram abertamente, pensando que era somente "um turista amistoso". O Padre escreveu um artigo sobre sua experiência na revista mensal, Inside the Vatican (Dentro do Vaticano). Um dos trabalhadores que disse ser um dos "encarregados" opinou assim: "a Igreja miserável está contra nós outra vez e nos está causando problemas". Logo, falando de seu amigo Dan Brown, acrescentou “como muitos de nós, ele com freqüência diz que faria algo para demolir esta detestável instituição, a Igreja Católica. E triunfaremos. Já verão”. Quando o Padre O'Connor lhe pediu que precisasse suas afirmações, o oficial de produção disse "ao final desta geração não existirá mais a Igreja Católica, ao menos não na Europa ocidental. E em realidade os meios merecem muito crédito por seu desaparecimento".





“Finalmente o público está entendendo nossa mensagem", disse logo. A mensagem está claramente definida: "a Igreja Católica tem que ser debilitada e eventualmente desaparecer da face da terra. É a primeira inimizade da humanidade. Sempre o foi". Este mesmo senhor lhe dá o crédito disto à "televisão, Hollywood, as indústrias da música e de vídeo, junto com cada um dos jornais que existem, pois todos dizem o mesmo". Este sujeito também mencionou o papel que algumas universidades jogaram para minar o catolicismo.





Quais são os Illuminati e o que se diz que têm feito?



Em realidade, os Illuminati foram homens da Ilustração que acreditaram possuir algum tipo de conhecimento especial que lhes permitiria reformar a Alemanha. Weishaupt, seu fundador, pedia a seus seguidores que deixassem a suas famílias e amigos –a modo de culto– para que pudessem construir uma sociedade revolucionária. Antes de morrer, renunciou a todas as sociedades secretas e se reconciliou com a Igreja Católica. Mas nada disto se diz porque Brown quer que acreditemos que os Illuminati ainda existem.





Apesar de que os Illuminati morreram faz muito tempo (em 1787), a seguinte é uma lista de algumas das coisas que se diz realizaram. Os Illuminati teriam sido responsáveis pelo assassinato dos seguintes presidentes (do EUA): Abraham Lincoln (1861-1865), William Henry Harrison (1841), Zachary Taylor (1849-1850), James Garfield (1881) e William McKinley (1897-1901). Também foram "provavelmente" responsáveis pelo assassinato do Warren Harding (1921-1923) e "possivelmente" do Franklin Roosevelt (1933-1945). De qualquer modo, a morte da Princesa Diana também teria sido obra dela.





Certamente esta sociedade secreta "deixou seu rastro na história". Aqui menciono alguns dos fatos históricos que seriam sua responsabilidade: a Revolução Francesa; a Revolução Russa; animar a Marx e Engels para que escrevessem o Manifesto Comunista; uma tentativa de derrocar aos Estados Unidos; persuadir o Papa para que dissolva aos jesuítas (os quais são considerados por alguns como os fundadores dos Illuminati); manipular ao Juiz (John) Marshall (1801-1835), Presidente da Corte Suprema dos Estados Unidos para que entregue os "poderes implícitos" do governo federal; instigação de levantamentos na Europa na década de 1840; manipulação de Lincoln para que adote um imposto gradual.





Diz-se também que os Illuminati teriam apoiado: a Reserva Federal (do EUA), as Compensações de trabalhadores, a 16º emenda (adoção de um imposto federal aos ganhos); a Liga de Nações, a Partida Comunista; o Plano Marshall; as Nações Unidas, o Conselho par as Relações Exteriores, a Comissão Trilateral e o Banco Mundial.





Também teria jogado um papel importante para fomentar a Primeira guerra mundial, a Segunda guerra mundial (teriam animado a Hitler a invadir a Polônia), a Guerra Fria e o 11 de setembro. É responsável além dos ataques ao cristianismo e por dividir aos judeus ortodoxos dos conservadores. A AIDS, o Ébola e o Síndrome da Guerra do Golfo seriam também criação dos Illuminati. Inclusive seriam responsáveis pelo Furacão Katrina e da Cruz Vermelha (que se beneficiou do mesmo).





Joseph Dias é o Secretário Geral do Foro Secular Católico (CSF). Com comentários de Bill Donahue, Liga Católica (Catholic League – o EUA)




Fonte: ACI


terça-feira, 26 de maio de 2009

Biblia Catolica e Protestante

A diferença entre a Bíblia católica e a protestante



Demoraram alguns séculos para que a Igreja Católica chegasse à forma final da Bíblia, com os 72 livros como temos hoje. Em vários Concílios, ao longo da história, a Igreja, assistida pelo Espírito Santo (cf. Jo 16,12-13) estudou e definiu o Índice (cânon) da Bíblia; uma vez que nenhum de seus livros traz o seu Índice. Foi a Igreja Católica quem berçou a Bíblia.



Garante-nos o Catecismo da Igreja e o Concílio Vaticano II que: “Foi a Tradição apostólica que fez a Igreja discernir que escritos deviam ser enumerados na lista dos Livros Sagrados” (Dei Verbum 8; CIC,120). Portanto, sem a Tradição da Igreja não teríamos a Bíblia. Santo Agostinho dizia: “Eu não acreditaria no Evangelho, se a isso não me levasse a autoridade da Igreja Católica” (CIC,119).


Por que a Bíblia católica é diferente da protestante?


Esta tem apenas 66 livros porque Lutero e, principalmente os seus seguidores, rejeitaram os livros de Tobias, Judite, Sabedoria, Baruc, Eclesiástico (ou Sirácida), 1 e 2 Macabeus, além de Ester 10,4-16; Daniel 3,24-20; 13-14. A razão disso vem de longe.



No ano 100 da era cristã, os rabinos judeus se reuniram no Sínodo de Jâmnia (ou Jabnes), no sul da Palestina, a fim de definir a Bíblia Judaica. Isto porque nesta época começavam a surgir o Novo Testamento com os Evangelhos e as cartas dos Apóstolos, que os judeus não aceitaram.



Nesse Sínodo, os rabinos definiram como critérios para aceitar que um livro fizesse parte da Bíblia, o seguinte:


(1) Deveria ter sido escrito na Terra Santa;


(2) Escrito somente em hebraico, nem aramaico e nem grego;


(3) Escrito antes de Esdras (455-428 a.C.);


(4) Sem contradição com a Torá ou lei de Moisés.


Esses critérios eram puramente nacionalistas, mais do que religiosos, fruto do retorno do exílio da Babilônia em 537aC. Por esses critérios não foram aceitos na Bíblia judaica da Palestina os livros que hoje não constam na Bíblia protestante, citados anteriomente. Mas a Igreja católica, desde os Apóstolos, usou a Bíblia completa.



Em Alexandria no Egito, cerca de 200 anos antes de Cristo, já havia uma influente colônia de judeus, vivendo em terra estrangeira e falando o grego. O rei do Egito, Ptolomeu, queria ter todos os livros conhecidos na famosa biblioteca de Alexandria; então mandou buscar 70 sábios judeus, rabinos, para traduzirem os Livros Sagrados hebraicos para o grego, entre os anos 250 e 100 a.C, antes do Sínodo de Jâmnia (100 d.C). Surgiu, assim, a versão grega chamada Alexandrina ou dos Setenta, que a Igreja Católica sempre seguiu.



Essa versão dos Setenta, incluiu os livros que os judeus de Jâmnia, por critérios nacionalistas, rejeitaram.



Havia, dessa forma, no início do Cristianismo, duas Bíblias judaicas: a da Palestina (restrita) e a Alexandrina (completa – Versão dos LXX). Os Apóstolos e Evangelistas optaram pela Bíblia completa dos Setenta (Alexandrina), considerando inspirados (canônicos) os livros rejeitados em Jâmnia. Ao escreverem o Novo Testamento, utilizaram o Antigo Testamento, na forma da tradução grega de Alexandria, mesmo quando esta era diferente do texto hebraico.



O texto grego “dos Setenta” tornou-se comum entre os cristãos; e portanto, o cânon completo, incluindo os sete livros e os fragmentos de Ester e Daniel, passaram para o uso dos cristãos. Das 350 citações do Antigo Testamento que há no Novo, 300 são tiradas da Versão dos Setenta, o que mostra o uso da Bíblia completa pelos Apóstolos.



Verificamos também que nos livros do Novo Testamento há citações dos livros que os judeus nacionalistas da Palestina rejeitaram. Por exemplo: Rom 1,12-32 se refere a Sb 13,1-9; Rom 13,1 a Sb 6,3; Mt 27,43 a Sb 2, 13.18; Tg 1,19 a Eclo 5,11; Mt 11,29s a Eclo 51,23-30; Hb 11,34 a 2 Mac 6,18; 7,42; Ap 8,2 a Tb 12,15.



Nos séculos II a IV, houve dúvidas na Igreja sobre os sete livros por causa da dificuldade do diálogo com os judeus. Mas a Igreja, ficou com a Bíblia completa da Versão dos Setenta, incluindo os sete livros. Após a Reforma Protestante, Lutero e seus seguidores rejeitaram os sete livros já citados.



É importante saber também que muitos outros livros, que todos os cristãos têm como canônicos, não são citados nem mesmo implicitamente no Novo Testamento. Por exemplo: Eclesiastes, Ester, Cântico dos Cânticos, Esdras, Neemias, Abdias, Naum, Rute. Outro fato importantíssimo é que nos mais antigos escritos dos santos Padres da Igreja (patrística) os livros rejeitados pelos protestantes (deutero-canônicos) são citados como Sagrada Escritura. Assim, São Clemente de Roma, o quarto Papa da Igreja, no ano de 95 escreveu a Carta aos Coríntios, citando Judite, Sabedoria, fragmentos de Daniel, Tobias e Eclesiástico; livros rejeitados pelos protestantes.



Ora, será que o Papa S. Clemente se enganou, e com ele a Igreja? É claro que não. Da mesma forma, o conhecido Pastor de Hermas, no ano 140, faz amplo uso de Eclesiástico, e de Macabeus II; Santo Hipólito (†234), comenta o Livro de Daniel com os fragmentos deuterocanônicos rejeitados pelos protestantes, e cita como Sagrada Escritura Sabedoria, Baruc, Tobias, 1 e 2 Macabeus.



Fica assim, muito claro, que a Sagrada Tradição da Igreja e o Sagrado Magistério sempre confirmaram os livros deuterocanônicos como inspirados pelo Espírito Santo. Vários Concílios confirmaram isto: os Concílios regionais de Hipona (ano 393); Cartago II (397), Cartago IV (419), Trulos (692). Principalmente os Concílios ecumênicos de Florença (1442), Trento (1546) e Vaticano I (1870) confirmaram a escolha.



No século XVI, Martinho Lutero (1483-1546) para contestar a Igreja, e para facilitar a defesa das suas teses, adotou o cânon da Palestina e deixou de lado os sete livros conhecidos, com os fragmentos de Esdras e Daniel. Lutero, quando estava preso em Wittenberg, ao traduzir a Bíblia do latim para o alemão, traduziu também os sete livros (deuterocanônicos) na sua edição de 1534, e as Sociedades Biblícas protestantes, até o século XIX incluíam os sete livros nas edições da Bíblia.



Neste fato fundamental para a vida da Igreja (a Bíblia completa) vemos a importância da Tradição da Igreja, que nos legou a Bíblia como a temos hoje. Disse o último Concílio: “Pela Tradição torna-se conhecido à Igreja o Cânon completo dos livros sagrados e as próprias Sagradas Escrituras são nelas cada vez mais profundamente compreendidas e se fazem sem cessar, atuantes.” (DV,8). Se negarmos o valor indispensável da Igreja Católica e de sua Sagrada Tradição, negaremos a autenticidade da própria Bíblia. Note que os seguidores de Lutero não acrescentaram nenhum livro na Bíblia, o que mostra que aceitaram o discernimento da Igreja Católica desde o primeiro século ao definir o Índice da Bíblia.



É interessante notar que o Papa São Dâmaso (366-384), no século IV, pediu a S.Jerônimo que fizesse uma revisão das muitas traduções latinas que havia da Bíblia, o que gerava certas confusões entre os cristãos. São Jerônimo revisou o texto grego do Novo Testamento e traduziu do hebraico o Antigo Testamento, dando origem ao texto latino chamado de Vulgata, usado até hoje.


Prof. Felipe Aquino


Fonte: Canção Nova.com

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Aids, Papa e Preservativos




MADRI, 20 Mai. 09 (ACI) .


Em uma entrevista concedida à revista francesa Famille chretienne, Dominique Morin, um doente de AIDS que dedica sua vida a educar pessoas sobre este mal, agradeceu ao Papa Bento XVI por ter quebrado o tabu em torno do mito do preservativo.



Na entrevista, difundida em espanhol pela revista Alfa e Omega, Morin destaca o aporte do Pontífice ao recordar que "o homem não se pode resignar a ter comportamentos sexuais com risco (vagabundagem sexual ou homossexual), nem a sociedade fundar uma prevenção da AIDS sobre o fracasso. Ele recordou que o homem está dotado de razão, de liberdade que lhe faz capaz de pensar em seus atos. A solução para o AIDS está nos meios de propagação".



Morin coincide em que "o único meio de pará-lo é evitar os comportamentos de risco. É simples sentido comum, mas não é algo que abunde hoje em dia! Assim que lhe dou as graças ao Papa por ter quebrado o tabu. Ele não nos está falando de uma teoria que se acaba de inventar. Não tem feito mais que recordar o que apregoa a Igreja".



Com 15 anos de experiência em colégios, Morin sustenta que "os jovens hoje só pensam em uma sexualidade impulsiva, instintiva. Esse é seu único horizonte. Agora bem, depois da pergunta: "me diga como conseguir uma garota fácil?"esconde-se uma aspiração profunda: o desejo de amar. Dizer que um jovem está obrigado a ter relações sexuais para descobrir-se e aprender a amar corresponde à lógica freudiana, que é falsa. Existe outra via distinta à pornografia, à masturbação, às relações instáveis... Não dizer-lhes esta verdade equivale a mentir.



Os que lhes dizem que utilizem um preservativo se lavam as mãos e tranqüilizam sua consciência a preço baixo. O jovem se encontra ao limite de seus meios, com relações sem confiança. O preservativo é um engano e uma fraude". Morin contraiu o AIDS nos anos em que levou uma vida licenciosa. "Nos anos 80, eu vivia na delinqüência, a droga, o sexo e a violência política. Em 1986 começou minha conversão. Eu não podia mais com toda essa violência. Com a prática religiosa, tenho descoberto uma felicidade que não conhecia. Decidi a confessar-me, lancei-me! E reencontrei a misericórdia de Deus através do sorriso benevolente do sacerdote e de sua absolvição. Depois, em 1993, descobri que estava infectado de AIDS em fase 4. Já estava fichado!"



Para Morin, o único meio seguro de não transmitir o vírus é a abstinência total. "Eu não sou melhor que os outros doentes. Minha conversão tem me feito trocar minha perspectiva sobre mim mesmo, sobre meu corpo e minha relação com os outros. A oração e os sacramentos me deram as graças necessárias para arrancar meus hábitos e combater minha debilidade. Aprendi a me dominar. Também tenho descoberto minhas relações castas com as garotas. A abstinência sexual é às vezes difícil, mas o prazer do que me privo não me falta realmente, se comparo à vida serena que hoje tenho", sustenta.



Do mesmo modo, esclarece que "jamais se sentiu rejeitado pela Igreja; ao contrário. Ela me abriu as suas portas, acolheu-me tal como era. Senti-me amado. A Igreja diferencia entre a pessoa e seus atos. Antes de minha conversão, eu me sentia condenado pelo que acreditava que eram as propostas da Igreja, porque eu me acreditava um com meus atos. Acreditava que quando a Igreja condenava tal ato, ela condenava ao homem. Agora bem, a vingança de Deus é perdoar, como diz Pagnol. Deus só sabe amar. Ele quer com um amor predileto aos doentes de AIDS".



Aos acusadores da Igreja hoje, Morin recorda que "a Igreja foi primeira em ocupar-se dos doentes de AIDS. Nos anos 80, nos Estados Unidos, o Cardeal O'Connor abriu um serviço especial para acolhê-los, embora se ignorasse então os riscos de contágio. A Madre Teresa criou o primeiro centro dedicado aos doentes de AIDS: O presente de amor, em Nova Iorque. Existem muitos mais hoje em dia por todo mundo".



"A Igreja vê a bondade do homem. O Papa cumpre com seu papel de pai, de pedagogo, quando recorda que o homem está destinado a amar na verdade, e não na mentira, no medo e o risco de morrer. Mostra-nos um caminho exigente, sem pretender agradar-nos nem seduzir-nos. A AIDS se propaga pela promiscuidade. O único meio de contê-la é voltar para a raiz do amor. Todos aspiramos ao amor verdadeiro, baseado na confiança. O verdadeiro inferno não radica em ser castigado pelas conseqüências de nosso pecado, a não ser em ter medo ao amor", conclui.



Fonte: Agência Católica de Notícias ACI

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Dogma

Vamos aproveitar que estamos próximos do fim de semana para enviar um texto mais longo, e aprender um pouco mais sobre Dogma.

Um abraço e um Santo Fim de Semana para você!


João Batista

Ecclesiae Dei Blog


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O QUE É DOGMA?

Por Christiane Forcinito Ashlay Silva de Oliveira
Fonte: http://www.sociedadecatolica.com.br/




Este artigo foi escrito com extremo cuidado e por isso demorei muito em sua execução, pois não desejo contradições e nem má interpretações a respeito de assunto tão importante e ao mesmo tempo tão visceral nas discussões a que tenho participado ultimamente.




Irei primeiramente expor o conceito de dogma, depois explicar em que consiste, para emitir uma reflexão bem atual na questão, pois muitos enchem a boca para falar contra, sem saber realmente sobre o que e do que se trata!Segundo o Catecismo da Igreja Católica, pág. 35, parágrafos 88, 89 e 90:



"O Magistério da Igreja empenha plenamente a autoridade que recebeu de Cristo quando define dogmas, isto é, quando, utilizando uma forma que obriga o povo cristão a uma adesão irrevogável de fé, propõe verdades contidas na Revelação divina ou verdades que com estas têm uma conexão necessária.Há uma conexão orgânica entre a nossa vida espiritual e os dogmas. Os dogmas são luzes no caminho de nossa fé que o iluminam e tornam seguro. Na verdade, se nossa vida for reta, nossa inteligência e nosso coração estarão abertos para acolher a luz dos dogmas da fé.Os laços mútuos e a coerência dos dogmas podem ser encontrados no conjunto da Revelação do Mistério de Cristo. 'Existe uma ordem ou hierarquia das verdades da doutrina católica, já que o nexo delas com o fundamento da fé cristã é diferente'".



Dogma consiste em Verdade revelada por Deus e proposta pela Igreja à nossa crença. Para ser constituído um dogma são necessárias duas condições fundamentais: Primeiro é que a verdade deve ser revelada por Deus, isto é garantida pela autoridade divina. E segundo, que esta verdade deve ser proposta pela Igreja à nossa crença, isto é, quer por proclamação solene quer por ensino comum e universal. Estas verdades serão chamadas de Verdades de Fé Católica. Os Dogmas da Igreja Católica são 43 subdivididos em oito categorias diferentes.



A Igreja não cria dogmas, apenas confirma a existência dessas Verdades, com a autoridade a ela confiada pelo Cristo, sob a assistência infalível do Espírito Santo que impede a Igreja de errar no exercício do seu magistério solene. Considerando a natureza da verdade definida pela Igreja, o Dogma apresenta objeto tríplice, ou seja, apresenta primeiro as verdades inacessíveis à razão, como por exemplo, os mistérios em que a razão não consegue explicar. Segundo, as verdades acessíveis à razão como, por exemplo, a existência de Deus, a vida futura em que a razão humana por si só alcança, porém Deus as revelou ou para que tivéssemos idéias mais nítidas a respeito, ou porque, sem a revelação, poucos teriam chegado a este conhecimento. E por último os fatos históricos, ou seja, a maior parte dos acontecimentos que os profetas anunciaram acerca do Messias, e a qual tiveram sua realização com a vinda de Cristo.



Há também verdades que não são dogmas porque lhes falta alguma das condições requeridas. Uma delas é a verdade cuja revelação parece bem averiguada, mas que não foram definidas pela Igreja. Outra seriam as verdades não reveladas, ensinadas pela Igreja que as julga úteis à explicação ou defesa das verdades reveladas como, por exemplo, as conclusões teológicas (é proposição que se deduz de duas outras, sendo a primeira verdade revelada e segunda conhecida pela razão) e os fatos dogmáticos (qualquer fato não revelado, unido, porém, tão estreitamente com o dogma que nega-lo seria abalar o fundamento do próprio dogma). Muitos podem estar se perguntando quais as fontes do Dogma, isto é, Deus desce do céu e fala conosco? Será isso que acontece? Nos dias de hoje muitos excluem a metafísica, mas quando vão estudar ciências exatas, se forem a fundo mesmo, vão acabar esbarrando na metafísica, assim também é o Dogma.A fonte de revelação é dupla, isto é, ela vem pela Escritura Sagrada e pela Tradição. São Artigos de fé definidos pelos concílios de Trento em diante, até o do Vaticano II.



A Sagrada Escritura é o conjunto de livros que foram escritos por inspiração do Espírito Santo; tem como autor o próprio Deus e chegaram à Igreja com este caráter. A inspiração é o impulso sobrenatural provindo do Espírito Santo e que excitou e levou autores sagrados a escreverem e os assistiu durante a redação, de tal forma que exatamente concebiam e se propunham fielmente referir e exprimiam, com veracidade infalível, tudo quanto Deus lhes ordenava escreverem. O Cânone ou regra é a reunião de livros que a Igreja reconhece como inspirados, isto é, este consiste no Antigo e Novo Testamento.



Aqui é de extrema importância salientar! Há Vários sentidos da Bíblia!O texto da Escritura, muitas vezes, oferece múltiplas interpretações. Há o sentido literal ou histórico, isto é, o que aparece escrito. Há também o sentido alegórico, místico ou figurativo, ou seja, o sentido que se desprende deter havido pessoas, coisas ou fatos escolhidos por Deus para significarem o porvir como no exemplo de Abraão e Issac. E há o sentido acomodatício, isto é, significação suposta, artificial, mítica no sentido absurdo do termo.



A Tradição possui duas acepções, isto é, Verdades reveladas por Deus, e estas podem ser transmitidas por nós através da palavra escrita ou oral. E também Verdades ensinadas por Cristo e pelos Apóstolos e transmitidas, de século a século, por outro caminho que não seja as Sagradas Escrituras (nisto nos diferenciamos dos protestantes). A Tradição é anterior à Sagrada Escritura. É mais extensa e uma fonte também distinta da outra. Os canais da Tradição podem ser vários. Entre eles estão as profissões de fé, os símbolos, definições de concílios, atos dos Papas (bulas, cartas, encíclicas etc.); nos escritos de algum Padre da Igreja, na prática constante e geral da Igreja, na liturgia, ritos e administração dos sacramentos e nas Atas dos mártires, monumentos da arte cristã, inscrições, pinturas das catacumbas.



Para se entender bem a doutrina da Igreja deve-se considerar e escrever aqui as duas acepções da palavra Dogma lembradas no vocabulário. Se considerarmos o dogma como Artigo de fé, ele pode sofrer alterações em sua fórmula no sentido de melhorar sua exposição nos termos, mas será sempre imutável no seu sentido, na sua substância.



Se considerarmos o dogma como Conjunto de Verdades de fé, não se poderia fazer nenhum acréscimo por nova revelação, pois na Bíblia está escrito uma declaração de Cristo: "tudo o que ouvi de meu Pai, eu vo-lo dei a conhecer" (Jo 15,15), e "Depois virá o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade" (Jo 16,13), ou seja, os Apóstolos receberam TODA a revelação COMPLETA. Houve sim revelações particulares que não se tornaram dogmas, mas que não ferem em nada a doutrina católica.



Ainda aqui podemos complementar que mesmo imutável, considerando o dogma como Conjunto de Verdades de fé, o conhecimento que podemos ter dele pode progredir! Cristo confiou à sua Igreja a missão de ensinar os fiéis de todos os tempos às Verdades reveladas e defendê-las dos erros, e para isso é necessário o desenvolvimento do pensamento: para que se explique e se exponha a doutrina revelada. Dogmas novos são, portanto, Verdades recentemente definidas, senão, recentemente propostas pela Igreja à nossa crença, ou seja, no decorrer dos séculos vieram novos dogmas (por exemplo, da Imaculada Conceição) e a Igreja tirou da dupla fonte, isto é, Escritura Sagrada e Tradição, onde já se encontravam quer explicitamente, quer implicitamente.



Agora para que se compreenda um pouco o que vou chamar "a prática do dogma", terei de explicar um pouco outros conceitos dentro da prática católica.O que é um símbolo de fé? Alguém alguma vez já pensou sobre isso? Sabe o que realmente carrega no peito quando dependura um símbolo como pingente em um colar?Um símbolo de fé é um formulário breve que encerra as principais Verdades de fé que a Igreja apresenta aos fiéis como meio de professarem o que acreditam, isto é, suas crenças. Para quem ensina o símbolo os lembra e garante sua conservação e inalteração da mesma regra. Para os que aprendem é um meio de não esquecer os principais dogmas, e para os fiéis é um meio de reconhecimento entre si.E os mistérios perante a razão? Os dogmas vão contra a razão? Os símbolos vão contra a razão?



Primeiramente temos três tipos de mistérios: Os de ordem Natural, que por mais que a ciência avance ainda não temos resposta como, por exemplo, como se realiza a união entre o corpo e a alma. Os mistérios de ordem Teológica, a qual nossa inteligência entende, quando revelados, que não teriam alcançado e nem conhecido com nossas próprias forças como, por exemplo, a queda original, a necessidade da Redenção e, por último, os mistérios Teológicos Propriamente Ditos, isto é, mistérios que transcendem a inteligência humana, tornando-a incapaz de descobrir, entender a natureza e a razão intrínseca até mesmo depois desta verdade ter sido REVELADA, como o mistério da Santíssima Trindade, o da Encarnação e a Transubstanciação. E agora?



Respondendo os questionamentos acima, os dogmas não repugnam nem a razão de Deus e nem a humana. Quanto a Deus, sabemos que é infinita a ciência do Criador e quem lhe tolherá comunicar-lhe algumas parcelas, tal qual o professor faz com seus alunos. E por parte dos homens concluímos que na esfera intelectual os mistérios deram elementos para estudos fantásticos e sublimes, enriquecendo o espólio do conhecimento do espírito humano, e na ordem moral o dogma facilita o exercício de várias virtudes fundamentais como a fé e a humildade, fazendo-nos lembrar de que não conseguimos saber de tudo e que há algo acima de nós. Além disso, há também a esperança e a caridade que alimentam o nosso coração para Deus.



Diante tudo isso e toda pesquisa que fiz para escrever este artigo, reforço a tese de que o Dogma em nada limita o agir humano e que este é mais um dos muitos dons que Deus Pai se utiliza para transmitir Seu Amor a seus filhos.



Ele nos indica um caminho seguro, nos dá uma bússola e ainda há pessoas que dizem que não necessitam dela e que preferem seguir sua própria cabeça... Estas mesmas pessoas não conseguem conceituar a palavra "caminho", quanto mais seguirem suas próprias cabeças! Eu vejo, inclusive, que nem umas bússolas estas conseguem decifrar, vão necessitar de um guia, mesmo assim estes insistem em tirar suas próprias conclusões... Conseguem imaginar onde um sujeito deste vai chegar?



Olho o mundo e vejo centenas, milhares de pessoas assim... Tudo porque não conseguem compreender a fundo uma questão... Tudo porque não abrem seus corações e o pior: não abrem o INTELECTO! Tudo porque já petrificaram suas opiniões nas opiniões dos outros, ou melhor, na opinião do inconsciente coletivo, na opinião do inconsciente coletivo da história da opinião popular...O que é o Dogma hoje na sociedade? Se você for católico é taxado de dogmático, se emitir uma opinião contra algum aspecto do homossexualismo é taxado de homofóbico, se você for contra a opinião de um professor mesmo argumentando está marcado a tirar um zero! Ir contra os ditames da moda, da moral, da regra geral hoje em dia é ser vítima do dogmatismo social, ou seja, quem é quem hoje em dia? E se disser que não segue nenhum, este em si já é outro "dogma", aquele do que vai com o que lhe interessar, isto é, o dos sem cérebro... Ou seja, que dogma prefere seguir ou nunca pensou ou percebeu o quão preso caminha na sociedade?



Pense... Se for dogma mesmo e se for católico... És livre! E para finalizar me utilizarei das palavras de um filósofo, pensador de quem admiro muito. G.K. Chesterton, em seu livro "Ortodoxia", na página 166, 167 e 262 assim escreveu:




"Lembre-se de que a Igreja abraçou especificamente idéias perigosas; ela foi uma domadora de leões. A idéia do nascimento por meio do Espírito Santo, da morte de um ser divino, do perdão dos pecados ou do cumprimento das profecias – qualquer um pode ver que são idéias que precisam apenas de um toque para transformar-se em algo blasfemo e feroz. (...) Aqui basta observar que se algum pequeno erro fosse cometido na doutrina, enormes erros e disparates poderiam ser cometidos na felicidade humana. (...)



Essa é a emocionante aventura da Ortodoxia. As pessoas adquirem o tolo costume de falar como algo pesado, enfadonho e seguro. Nunca houve nada tão perigoso ou tão estimulante como a Ortodoxia. Ela foi a sensatez, e ser sensato é mais dramático que ser louco. Ela foi o equilíbrio de um homem por trás de cavalos em louca disparada, parecendo abaixar-se para este lado, depois para aquele, mas em cada atitude mantendo a graça de uma escultura e a precisão da aritmética. (...)Para o homem moderno, os céus estão realmente embaixo da terra.



A explicação é simples: ele está de ponta cabeça, o que o constitui um pedestal pouco resistente para apoiar-se. Mas quando houver novamente descoberto os próprios pés, saberá disso. O cristianismo satisfaz de repente e à perfeição o instinto ancestral do homem de estar virado para cima; e o satisfaz plenamente neste sentido: com seu credo a alegria se torna algo gigantesco e a tristeza algo especial e pequeno".



(...)



Referências Bibliográficas:


Bíblia Sagrada. São Paulo: Paulinas, 1989.


BOEHNER,P;GILSON, É. História da filosofia cristã. 10 ed. São Paulo: Vozes, 2007.



BOULENGER, Doutrina católica - Tomo I, Dogmas. São Paulo: Brasil S/A, 1963.


Catecismo da Igreja católica. São Paulo: Loyola, 2000.


CHESTERTON,G.K. Ortodoxia. 4ª reimpressão. São Paulo: Mundo Cristão, 2008.


Compêndio da doutrina cristã prescrito por São Pio X. 12 ed. Lisboa: União gráfica. 1963.


JOÃO PAULO PP. II, Carta Encíclica. "Veritatis Splendor". 4 ed. São Paulo: Paulinas, 1999


MÉNDEZ, Gonzalo Lobo. Deus Uno e Trino – Manual de iniciação. Lisboa: Diel, 2006.


MONDIN, Battista. Quem é Deus? Elementos de teologia filosófica. São Paulo: Paulus, 1997.


SADA,Ricardo; MONROY,Alfonso. Curso de teologia moral. 2 ed. Lisboa: Rei dos livros, 1989.


______________________________. Curso de teologia dogmática. 2 ed. Lisboa: Rei dos livros, 1989.


TRESE, Leo. A fé explicada. 7 ed. São Paulo: Quadrante, 1999.




Para citar este artigo:
OLIVEIRA, Christiane Forcinito Ashlay Silva de. Apostolado Veritatis Splendor: O QUE É DOGMA?. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/5700. Desde 20/05/2009.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Evangelizar pela Internet

Para nós que gostamos de usar essa ferramenta que é a Internet para evangelização, segue o recado do Papa!!!





VATICANO, 20 Mai. 09 (ACI) .- Ao término da Audiência Geral das quartas-feiras, o Papa Bento XVI fez um chamado especial aos jovens que empreguem as novas tecnologias da comunicação, para converter o "mundo digital" em um espaço de evangelização.



Com motivo da Jornada Mundial das Comunicações Sociais, que se celebrará no domingo 24 de maio, o Santo Padre recordou que na mensagem deste ano se "convida a todos os que empregam as novas tecnologias da comunicação, especialmente aos jovens, a usá-las em modo positivo e a perceber o grande potencial desses meios para construir laços de amizade e solidariedade que podem contribuir a um mundo melhor".



"As novas tecnologias produziram mudanças fundamentais no modo de difundir as notícias e a informação e de comunicar-se e relacionar-se. Desejo animar a todos os que acessam a rede a tratar de manter e promover uma cultura de respeito, diálogo e amizade autêntica, para que floresçam valores como a verdade, a harmonia e a compreensão", indicou.



Dirigindo-se especialmente aos jovens, Bento XVI insistiu a "dar testemunho da fé através do mundo digital. Empreguem essas novas tecnologias para dar a conhecer o Evangelho, de modo que a Boa Nova do amor infinito de Deus por todos ressoe com modos diferentes em nosso mundo cada vez mais tecnológico".


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Fonte: ACI



quarta-feira, 20 de maio de 2009

São Bernardino de Sena



Como sabemos, os Santos, além de intercederem por nós no céu, também são exemplo de vida a ser seguidos por nós. Segue um pouco da história do Santo comemorado no dia de hoje.


Abraços




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SÃO BERNARDINO DE SENA




Na Itália, Bernardino nasceu na nobre família senense dos Albizzeschi, em 8 de setembro de 1380, na pequena Massa Marítima, em Carrara. Ficou órfão da mãe quando tinha três anos e do pai aos sete, sendo criado na cidade de Sena por duas tias extremamente religiosas, que o levaram a descobrir a devoção a Nossa Senhora e a Jesus Cristo.
Depois de estudar na Universidade de Sena, formando-se aos vinte e dois anos, abandonou a vida mundana e ingressou na Ordem de São Francisco, cujas regras abraçou de forma entusiasmada e fiel. Apoiando o movimento chamado "observância", que se firmava entre os franciscanos, no rigor da prática da pobreza vivida por são Francisco de Assis, acabou sendo eleito vigário-geral de todos os conventos dos franciscanos da observância.
Aos trinta e cinco anos de idade, começou o apostolado da pregação, exercido até a morte. E foi o mais brilhante de sua época. Viajou por toda a Itália ensinando o Evangelho, com seus discursos sendo taquigrafados por um discípulo com um método inventado por ele. O seu legado nos chegou integralmente e seu estilo rápido, bem acessível, leve e contundente, se manteve atual até os nossos dias.
Os temas freqüentes sobre a caridade, humildade, concórdia e justiça, traziam palavras duríssimas para os que "renegam a Deus por uma cabeça de alho" e pelas "feras de garras compridas que roem os ossos dos pobres".
Naquela época, a Europa vivia grandes calamidades, como a peste e as divisões das facções políticas e religiosas, que provocavam morte e destruição. Por onde passava, Bernardino restituía a paz, com sua pregação insuperável, ardente, empolgante, até mesmo usando de recursos dramáticos, como as fogueiras onde queimava livros impróprios, em praça pública.
Além disso, como era grande devoto de Jesus, ele trazia as iniciais JHS - Jesus Salvador dos Homens - entalhadas num quadro de madeira, que oferecia para ser beijado pelos fiéis após discursar. As pregações e penitências constantes, a fraca alimentação e pouco repouso enfraqueciam cada vez mais o seu físico já envelhecido, mas ele nunca parava. Aos sessenta e quatro anos de idade, Bernardino morreu no convento de Áquila, no dia 20 de maio de 1444. Só assim ele parou de pregar.
Tamanha foi a impressão causada por essa vida fiel a Deus que, apenas seis anos depois, em 1450, foi canonizado.
São Bernardino de Sena é o patrono dos publicitários italianos e de todo o mundo.
Fonte: Paulinas On-line
Recebido pelo grupo Mensagem Cristã

terça-feira, 19 de maio de 2009

A Comunhão dos Santos



A Comunhão dos santos





Comunhão quer dizer "comum união" , e Comunhão dos Santos quer dizer união comum com Jesus Cristo de todos os santos do céu, das almas do purgatório e dos fiéis que ainda peregrinam na terra.





É a união de todos os santos entre si. Os do céu intercedem pelos demais; os da terra honram aos do céu e encomendam a sua intercessão, também oram e oferecem sufrágios pelos defuntos do purgatório, e estes também intercedem a nosso favor.





O que é a comunhão dos santos?





A comunhão dos santos é a união comum que há entre Jesus Cristo, Cabeça da Igreja, e seus membros, e destes entre si.





Quem são os membros da Igreja?





Os membros da Igreja são os santos do céu, as almas do purgatório e os fiéis da terra.




Os que não estão em graça de Deus participam da Comunhão dos santos somente enquanto podem alcançar alguns benefícios do Senhor e principalmente a graça da conversão.





Fonte: ACI

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Os Católicos Adoram Santos?



OS CATÓLICOS ADORAM OS SANTOS?
Por Alessandro Lima





"Pela tarde chegaram os dois anjos a Sodoma. Lot, que estava assentado à porta da cidade, ao vê-los, levantou-se e foi-lhes ao encontro e prostrou-se com o rosto por terra" (Gn 19,1).





Todo católico já deve ter sido interpelado por um protestante a respeito do uso das imagens na Igreja Católica. Suas perguntas nesta matéria sempre vêm com a acusação de que nós católicos somos idólatras porque fazemos uso das imagens. O mais interessante e também triste é que normalmente essas pessoas se dizem ex-católicas. E não me surpreendo em sempre verificar que foram "católicos" muito mal formados ou totalmente ignorantes da doutrina que dizem ter professado.





Será que esses ex-"católicos" já leram no Catecismo da Igreja Católica o ensino da Igreja sobre o uso das imagens? Lá encontramos:





2131. Com base no mistério do Verbo encarnado, o sétimo Concílio ecuménico, de Niceia (ano de 787) justificou, contra os iconoclastas, o culto dos ícones: dos de Cristo, e também dos da Mãe de Deus, dos anjos e de todos os santos. Encarnando, o Filho de Deus inaugurou uma nova «economia» das imagens.





2132. O culto cristão das imagens não é contrário ao primeiro mandamento, que proíbe os ídolos. Com efeito, «a honra prestada a uma imagem remonta (63) ao modelo original» e «quem venera uma imagem venera nela a pessoa representada» (64). A honra prestada às santas imagens é uma «veneração respeitosa», e não uma adoração, que só a Deus se deve:





«O culto da religião não se dirige às imagens em si mesmas como realidades, mas olha-as sob o seu aspecto próprio de imagens que nos conduzem ao Deus encarnado. Ora, o movimento que se dirige à imagem enquanto tal não se detém nela, mas orienta-se para a realidade de que ela é imagem» (65)." (Catecismo da Igreja Católica, 2131-2132.)





Será mesmo que católicos conhecedores da doutrina da Igreja tornam-se protestantes? Muito difícil que isso aconteça. A regra deste tipo de conversão se dá com católicos ignorantes e mal-formados.





Na Sagrada Escritura há outras passagens que condenam a confecção de imagens como, por exemplo: Lv 26,1; Dt 7,25; Sl 97,7 e etc. Mas também há outras passagens que defendem sua confecção como: Ex 25,17-22; 37,7-9; 41,18; Nm 21,8-9; 1Rs 6,23-29.32; 7,26-29.36; 8,7; 1Cr 28,18-19; 2Cr 3,7,10-14; 5,8; 1Sm 4,4 e etc.





Pode Deus infinitamente perfeito entrar em contradição consigo mesmo? É claro que não. E como podemos explicar esta aparente contradição na Bíblia? Isto é muito simples de ser explicado. Deus condena a idolatria e não a confecção de imagens. Quando o objetivo da imagem é representar um ídolo que vai roubar a adoração devida somente a Deus, ela é abominável. Porém quando é utilizada ao serviço de Deus, no auxílio à adoração a Deus, ela é uma benção.





Estes são alguns dos exemplos em que Deus mandou fazer imagens para o reto uso religioso:
"Farás também dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório. Farás um querubin na extremidade de uma parte, e outro querubin na extremidade de outra parte; de uma só peça com o propiciatório fareis os querubins nas duas extremidades dele." (Ex 25,18-19)





"E disse o Senhor a Moisés: Faze uma serpente ardente e põe-na sobre uma haste; e será que viverá todo mordido que olhar para ela. E Moisés fez uma serpente de metal e pô-la sobre uma haste; e era que, mordendo alguma serpente a alguém, olhava para a serpente de metal e ficava vivo." (Nm 21,8-9)





"Este [Ezequias] tirou os altos, e quebrou as estátuas, e deitou abaixo os bosques e fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera, porquanto até aquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso e lhe chamavam Neustã."(2Rs 18,4).





Embora a Bíblia mostre claramente em quais casos a confecção das imagens é permitida, os "leitores da bíblia" proíbem o uso das imagens em qualquer caso, desta forma extrapolando indevidamente o mandamento de Deus.






Ajoelhar-se e prostar-se é sempre adoração ou idolatria?



Dizem ainda que nós católicos somos idólatras porque nos ajoelhamos diante das imagens dos santos e lhe fazemos pedidos. Esta acusação demonstra uma tremenda ignorância por parte dos protestantes entre o culto de adoração (latria) e o culto de veneração (dulia). A própria Escritura que eles dizem conhecer e seguir dá testemunho da distinção entre as duas coisas.





Ajoelhar-se também é um sinal de reverência e veneração. Os súbitos devem prestar veneração pelos Reis, ou por uma autoridade suprema. O filho pelos pais, os alunos pelos professores e os discípulos pelo mestre. Tudo isso está em conformidade com a ordem estabelecida por Deus. Vejamos alguns exemplos na Sagrada Escritura:





"Pela terceira vez, mandou o rei [Ocozias da Samaria] um chefe com os seus cinqüenta homens, o qual, chegando aonde estava Elias, pôs-se de joelhos e suplicou-lhe, dizendo: Peço-te, ó homem de Deus, que a minha vida tenha algum valor aos teus olhos e a destes cinqüenta homens teus servos " (2Rs 1,13).





Na passagem acima um mensageiro do Rei Ocozias da Samaria põe-se de joelhos diante do Profeta Elias. Por que faz isso? Para suplicar-lhe que permita viver com seus cinqüenta companheiros de viagem, pois antes Elias mandou vir fogo do céu sobre duas equipes anteriores. O ato de súplica não é um ato de adoração, mas de humildade, de rebaixamento, onde se reconhece no outro sua superioridade ou seu poder de atender-lhe um pedido.





Nós católicos quando nos ajoelhamos diante das imagens dos santos e lhe fazemos pedidos, não estamos adorando ídolos, mas dirigindo nossa súplica aos nossos irmãos na fé que representados por suas imagens já se encontram na presença de Deus. O ajoelhar-se do católico aí é um ato de súplica e não de adoração.




Com efeito, ensina o Catecismo da Igreja Católica





956. A intercessão do santos. Pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de interceder por nós ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por conseguinte, pela fraterna solicitude deles, nossa fraqueza recebe o mais valioso auxílio" (Lumen Gentium 49)





Será que os ex-"católicos" alguma vez leram este parágrafo do Catecismo? Sinceramente, eu duvido... Vejamos outro interessante testemunho da Escritura Sagrada:





"Abraão levantou os olhos e viu três homens de pé diante dele. Levantou-se no mesmo instante da entrada de sua tenda, veio-lhes ao encontro e prostrou-se por terra" (Gn 18,2).





O texto sagrado testemunha que Abraão prostra-se ao ver os três anjos do Senhor. Devemos acusar o Patriarca de idolatria? Obviamente que Abraão não estava adorando os anjos, pois se fosse este o caso eles o teriam repreendido, como fez o anjo que revelava o apocalipse a S. João (cf. Ap 22,8-9). Entretanto, Abraão estava prestando-lhes culto de reverência, reconhecendo a condição superior dos anjos de Deus.





Alguém poderia objetar dizendo: "mas, os santos não são anjos são homens como nós". Com efeito, são humanos como nós, mas além de estarem no céu podendo levar nossos pedidos a Deus, eles estão em condição superior à nossa, pois já gozam da Glória de Deus, já venceram as batalhas que ainda teremos que vencer. Nesta matéria lembremos de um importante ensinamento de Cristo:





"Aquele que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar assim aos homens, será declarado o menor no Reino dos céus. Mas aquele que os guardar e os ensinar será declarado grande no Reino dos céus" (Mt 5,19).





Ora, por acaso não são os santos exatamente aquelas pessoas que venceram na fé e que agora podem ser consideradas grandes no Reino dos Céus como ensinou Nosso Senhor? Cabe ainda lembrar que para o Senhor o menor no Reino do Céu é maior do que qualquer um que esteja vivendo na terra (cf. Mt 11,11).





Embora os atos de veneração e súplica sejam externamente iguais à reverência que se deve somente a Deus, internamente são coisas bem distintas e a própria Escritura Sagrada distingue bem as duas coisas. Mais alguns exemplos interessantes:





"Moisés saiu ao encontro de seu sogro, prostrou-se e beijou-o. Informaram-se mutuamente sobre a sua saúde e entraram na tenda" (Ex 18,7).





"Quando Abigail avistou Davi, desceu prontamente do jumento e prostrou-se com o rosto por terra diante dele" (1Sm 25,23).





Porém, alguém poderia levantar a seguinte objeção: "mas, os exemplos dados são de pessoas vivas venerando pessoas vivas e não mortas". Primeiramente, isso não é totalmente verdade já que os anjos do Senhor não podem ser considerados "pessoas vivas", mas seres espirituais. Em segundo lugar, os santos que estão no céu também são seres espirituais. Em terceiro, a Escritura dá testemunho da veneração do rei Saul ao profeta Samuel já falecido:





"Qual é o seu aspecto? É um ancião, envolto num manto. Saul compreendeu que era Samuel, e prostrou-se com o rosto por terra" (1Sm 28,14).





Mais sobre atos de veneração podem ser encontrados em Gn 23,12; Gn 33,3; Ex 18,7; 1Sm 25,41; 2Sm 9,6; 14,4.






Adorar é reconhecer a divindade e oferecer sacrifício





Deus condena a confecção de ídolos, pois o ídolo leva as pessoas a prestarem a ele o culto que só se deve a Deus: o culto de adoração. Adorar um ato de reconhecimento da divindade e oferecimento de sacrifício.





Os pagãos realmente adoravam seus ídolos, pois lhes reconheciam a divindade e lhes ofereciam sacrifício:





"Habitando os israelitas em Setim, entregaram-se à libertinagem com as filhas de Moab. Estas convidaram o povo aos sacrifícios de seus deuses, e o povo comeu e prostrou-se diante dos seus deuses" (Nm 25,1-2).



"Em vão Acaz tinha despojado o templo do Senhor, o palácio real e os príncipes para fazer presentes ao rei da Assíria. Tudo isso de nada lhe valeu. Embora estivesse angustiado, o rei Acaz continuou seus crimes contra o Senhor. Oferecia sacrifícios aos deuses de Damasco, que o tinham derrotado: São, dizia ele, os deuses dos reis da Síria que lhes vêm em auxílio; oferecer-lhes-ei, portanto, sacrifícios para que me ajudem igualmente. Mas foram a causa de sua queda e de todo o Israel" (2Cr 28,21-23).





No segundo livro dos Reis encontramos o conceito completo de idolatria por meio de sua condenação:





"O Senhor tinha feito com eles uma aliança e lhes tinha dado a seguinte ordem: Não adorareis outros deuses, nem vos prostrareis diante deles; não lhes prestareis culto, e não lhes oferecereis sacrifícios" (2Rs 17,35).





Os pagãos prostravam-se diante de seus ídolos não para reconhecerem neles instrumentos e servos de Deus de condição superior a nossa e que são capazes de interceder por nós junto a Deus, mas crendo que eram deuses verdadeiros e portanto capazes de eles mesmos realizarem milagres.





Em 2Rs 17,35 Deus apresenta a doutrina em sentido negativo. No versículo seguinte encontramos o conceito da verdadeira adoração:





"Mas temei ao Senhor que vos tirou do Egito com o poder de seu braço. A ele temereis, diante dele vos prostrareis e a ele oferecereis os vossos sacrifícios" (2Rs 17,36).





Somente a Deus devemos nos prostrar reconhecendo-lhe a divindade e oferecendo-lhe o sacrifício devido.





Os verdadeiros idólatras de nosso tempo são aqueles que oferecem sacrifício de animais (geralmente galinhas e carneiros) aos seus falsos deuses. Os protestantes não adoram a Deus, apenas o louvam. Seu culto é apenas um culto de louvor e não de adoração. Só no catolicismo se adora a Deus, pois na Santa Missa é oferecido a Deus o cordeiro imaculado que é Nosso Senhor Jesus Cristo, conforme sua própria prescrição (cf. Mt 14,22-25; Lc 22,17-20; 1Cor 11,23-29).


Para citar este artigo:
LIMA, Alessandro. Apostolado Veritatis Splendor: OS CATÓLICOS ADORAM OS SANTOS?. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/5474. Desde 8/25/2008.




quinta-feira, 14 de maio de 2009

Mentiras que solapam a fé dos fracos



O Ocidente vai se descristianizando a olhos vistos. Mais ainda: há hoje um desejo doentio de desmoralizar a memória de Jesus Cristo. É o modo de desenraizar a cultura ocidental de tudo que recorde Jesus Cristo… Atacar a Igreja já não basta: agora ataca-se o cristianismo e o próprio Jesus. É o que se viu no famigerado Código da Vinci, num descartável Evangelho de Judas e por aí vai… Agora inventaram ter descoberto os restos mortais de Jesus: dele, de sua esposa Maria Madalena e de pelo menos um filho seu: Judas!



Em breve irá ao ar pelo canal Discovery - que gosta de atacar o cristianismo e a Igreja – um documentário “A Tumba perdida de Cristo”. É do mesmo autor do filme Titanic, James Cameron.


Eis os fatos por trás do tal documentário: Em 1980 foi encontrada uma tumba em Talpiot, ao norte de Jerusalém. Nela foram encontrados dez ossários em seis dos quais estavam inscritos nomes muito comuns na Terra Santa de dois mil anos atrás: Yeshua Bar Yosef (Jesus filho de José), Marya e Martha, Mati (Mateus), Yofe e Yehuda Bar Yeshua (Judas filho de Jesus). Bastou isso para afirmar-se, de modo totalmente fantasioso e irresponsável que se tratavam dos restos mortais de Jesus e sua família. Seria um tiro certeiro, mortal, sem apelação no coração do cristianismo: “Se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa pregação, vazia também é a vossa fé!” (1Cor 15,14).



Ora, arqueólogos sérios e respeitados de todo o mundo e, de modo particular, de Israel, mostraram-se indignados com essa história toda. O Dr. Amós Kloner, cientista judeu e primeiro arqueólogo a ter examinado a tumba afirmou categoricamente: “Estão somente querendo ganhar dinheiro!” O professor Kloner repetiu em diversas declarações à imprensa que não acredita na hipótese defendida pelo documentário televisivo. “Não é provável que Jesus e seus familiares tivessem uma tumba de família. Jesus era de uma família de Galiléia, sem ligações com Jerusalém, enquanto a tumba de Talpiot pertencia a uma família da classe média do século primeiro depois de Cristo”, disse ele recentemente ao jornal Jerusalém Post. Além do mais os nomes escritos nas urnas eram muito comuns há dois mil anos atrás. Para o arqueólogo israelense “não há prova alguma” de que a tumba de Talpiot possa ser ligada a Jesus, e a tese desenvolvida é “um absurdo”.



Também Stephen Pfann, estudioso da Bíblia na Universidade da Terra Santa, em Jerusalém, e entrevistado no documentário, prefere não dá muito valor à descoberta. Diz ele: “Não creio que os cristãos acreditarão nisso”, acrescentando que ele mesmo não estava seguro nem sequer que o nome de Jesus tenha sido lido corretamente no ossuário: “Mais provavelmente se trata do nome Hanun”. É de se perguntar: Se Jesus realmente tivesse sido sepultado em Jerusalém com sua família num mausoléu familiar, como é que os cristãos conseguiram espalhar entre os judeus e pelo mundo inteiro a “mentira” da sua ressurreição? Por que, então, os judeus não contradisseram os cristãos, passando no nariz deles os restos mortais do defunto que eles diziam estar ressuscitado? Basta 1g de inteligência para rir das tolices que o Discovery divulga para ganhar dinheiro!



Basta que recordemos um pouco: Há alguns anos atrás uma outra urna fúnebre, de propriedade de um controvertido israelense, foi apresentada como aquela de “Yaakov Bar Yosef Ahi Yeshu” (Tiago filho de José, irmão de Jesus). Pronto! Ao que tudo indicava, a Virgem Maria tivera outros filhos e, quem sabe, Jesus seria filho carnal de José! Diante do clamor internacional, a urna foi estudada por especialistas israelenses, os quais concluíram, em 2003, que o ossário parecia ser realmente do século I aC, mas a escrita suscitava fortes dúvidas, seja pelo tipo de caligrafia seja pelo conteúdo seja pela poeira que a cobria. Um relatório apresentado então ao Kenesset, o Parlamento Israelense, estabeleceu que a inscrição era falsa; simplesmente não se sabia nada sobre quem fora colocado naquela urna…



Eis, portanto, toda a questão da tumba de Jesus, que a Globo apresentou na semana passada com muita solenidade! Somente bobagem, somente pseudo-ciência, somente mentiras… Mas, que pensar de tudo isto? Certamente, no próximo mês ninguém falará mais dessa bobagem, como já não se fala mais do Código Da Vinci. Mas, o problema não é este; é outro.



Todas estas notícias, repetidas, inventadas, requentadas, divulgadas com estardalhaço, vão minando pouco a pouco na grande opinião pública a credibilidade do cristianismo. Ora, num mundo que bombardeia a Igreja e os cristãos por causa de tantas questões éticas como aborto, divórcio, casamento gay, eutanásia, manipulação genética, utilização de embriões para aquisição de células-tronco, etc, todos este sensacionalismo e toda esta difamação em torno de Jesus somente fazem enfraquecer ainda mais a já pálida consciência cristã da cultura ocidental.



Não falo tanto dos cristãos que vivem sua fé; falo daqueles “cristãos culturais”, aqueles que são cristãos simplesmente porque nasceram numa cultura cristã. É aqui que reside o maior problema dessas reportagens falsas: o restinho de marca cristã que ainda permanece no Ocidente vai sendo totalmente destruído… Ficará o nada, o vazio moral, um nihilismo triste e destruidor. É que o homem não pode arrancar Cristo do seu coração, do coração de sua cultura sem sofrer graves conseqüências… Só nele está a vida, só nele a luz e o caminho da humanidade!


Côn. Henrique Soares da Costa




Retirado do blog Apelos do Ceu