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quinta-feira, 23 de julho de 2009

A vida sexual do casal


A Vida sexual do casal



Uma das causas que dificulta a vida de muitos casais é o seu mau relacionamento sexual. A vida sexual do casal é importante para que marido e mulher se completem e sejam felizes. O despreparo nesse campo leva muitos casais à separação. O que falta na verdade, por parte dos casais, é o conhecimento exato do sentido e do fim da vida sexual. A maioria das pessoas não recebeu educação sexual sadia e, muitas vezes, aprendeu sobre sexo de maneira inadequada: nos filmes, com a prostituta nas revistas pornográficas, com pessoas despreparadas ou, o que é pior, maliciosas…


Não há legítima vida sexual sem a vivência do amor. Assim como você dá uma flor, um presente, um beijo, para manifestar o seu carinho à sua esposa, vocês se doam fisicamente para manifestar um ao outro o seu amor e se multiplicarem. Sem as dimensões unitiva e procriativa o sexo perde o seu sentido. Hoje, mais do que nunca o sexo é vilipendiado, explorado, vendido e corrompido. A mulher se deixa usar e vender como simples mercadoria de consumo e de prazer. Basta olhar para os anúncios comerciais.


Por causa de toda essa destruidora exploração sexual, muitos se casam com o objetivo quase exclusivo de obter sexo “oficializado” e permanente. Grande ilusão que rapidamente se desfaz. A vida sexual do casal, se não for manifestação intensa de todo o seu amor, em pouco tempo poderá ser motivo de desilusão e até de separação do casal. Conheço casais que, com menos de um ano de casados, já estavam desiludidos com a vida sexual.


Para que o casal tenha um saudável ajustamento sexual, é preciso que vença três obstáculos: a ignorância, o medo e o egoísmo.


Antes de tudo, o casal deve se conscientizar de que o sexo é belo e legítimo no casamento, enquanto manifestação do amor conjugal. Não existe nada mais deplorável do que um casal que expõe seu relacionamento sexual aos amigos, como se isso fosse vantagem. O ato conjugal só pertence ao casal e a sua intimidade deve ser inviolável.


O que é válido no ato sexual do casal? Aquilo que é natural. Não é natural o sexo anal; logo não é moral. É legítimo que o marido prepare a mulher com as carícias que ela precisa e que aceita para chegar ao orgasmo com ele. O importante é que o ato sexual seja consumado de maneira natural, normal, com a possibilidade de estar aberto a uma nova vida. O casal não precisa ir para um motel para viver bem a vida sexual; ali é um lugar de pecado (adultério e fornicação) e o casal cristão não pode frequentar esses lugares e fomentar a sua propagação.



São Paulo diz: “O marido cumpra o seu dever para com a sua esposa e ela da mesma forma também a esposa o cumpra para com o marido. A mulher não pode dispor de seu corpo: ele pertence a seu marido. E da mesma forma o marido não pode dispor de seu corpo ele pertence à sua esposa. Não vos recuseis um ao outro, a não ser de comum acordo, por algum tempo, para vos aplicardes à oração e depois retornai novamente um para o outro, para que não vos tente Satanás por vossa incontinência” (I Cor 7,3-5).



São Paulo deixa claro a legitimidade e a importância da vida sexual no casamento. É interessante notar que ele diz que o corpo do marido pertence à mulher, e vice-versa; ele não diz que o corpo da namorada pertence ao namorado ou da noiva pertence ao noivo.



Quantos jovens, no namoro brincam com o sexo e depois abortam o próprio filho! Quantos maridos se emporcalham com as prostitutas e depois vêm trazer suas doenças venéreas para a esposa! Quantas crianças são abandonadas nos orfanatos pela irresponsabilidade de um ato sexual fora do casamento! Pegue o jornal e verá as conseqüências do sexo fora do casamento. E essa lista poderia ser mais ampliada ainda. Veja a Aids… Não se iluda: fora do plano de Deus, o sexo se torna um vício como outro qualquer, e como todo viciado é insaciável, também o marido viciado em sexo não se satisfará apenas com uma mulher.



Vivendo a vida sexual apenas com sua esposa você nunca terá a consciência pesada por ter prostituído uma mulher, ou gerado uma mãe solteira e um filho que não conhecerá o pai. Com a sua esposa, você nunca contrairá uma terrível sífilis, blenorragia ou cancro, e nem estará correndo o risco de levar um tiro por estar adulterando com a mulher do próximo. Não é à toa que Jesus ensina a cortar o mal pela raiz, isto é, na intenção do olhar “Todo aquele que lançar um olhar de cobiça para uma mulher, já adulterou com ela em seu coração” (Mt 5, 28).



Se você deseja ser fiel a seu cônjuge, exercite desde já a fidelidade do pensamento e do olhar. O leito do casal é o único lugar em que o sexo é vivido legitimamente. “Vós todos considerai o matrimônio com respeito, e conservai o leito conjugal imaculado, porque Deus julgará os impuros e os adúlteros” (Hb 13,4).



É necessário um verdadeiro aprendizado para o ajustamento sexual do casal. Como em tudo, o sexo na mulher é diferente do sexo no homem, e ambos se completam. Um amigo meu dizia que o homem é como o “fogão a gás”, a qualquer hora se acende rapidamente, enquanto a mulher é como o “fogão à lenha”, gasta mais tempo e paciência para ser aceso. Deus quis assim com a Sua sabedoria e amor. O impulso sexual no homem é vulcânico e estimulado pelo olhar, enquanto que a mulher reage a atos, a palavras gentis e às carícias. As emoções da mulher são menos eruptivas que as do homem, mas, depois de algum tempo, são igualmente intensas e têm a capacidade de “queimar” durante mais tempo e de alcançar o clímax mais devagar, extinguindo-se mais lentamente.



O segredo da harmonia sexual está em o casal atingir o clímax do prazer sexual (orgasmo) juntos. Isso exige de ambos treinamento, autocontrole por parte do marido e uma atitude mental adequada da esposa.



Agora quero falar a você, esposa. A frigidez, na maioria das vezes, é de origem psicológica. Por um processo de reeducação, você pode aprender a vencer suas inibições que, com freqüência, a impedem de alcançar o orgasmo sexual. Você precisa afastar de sua mente qualquer preconceito prejudicial ou que a leva a considerá-lo como algo mau. Por causa da reação negativa da esposa, muitos maridos acabam caindo nos braços de outra mulher. Não destrua o seu casamento por causa do comodismo e má vontade. Nos dias em que você não tem realmente condições para o ato sexual, seja franca e diga a seu marido, mas não se negue a ele constantemente. Saiba conversar com ele francamente sobre esse assunto. Se você sentir que seu relacionamento se torna apenas uma obrigação, sem alegria, procure a orientação de um conselheiro cristão. Deus tem coisas melhores para você.



Agora gostaria de falar um pouco a você, marido. Uma coisa que você precisa exercitar é o autocontrole, no esforço de tornar verdadeiramente profunda e enriquecida a sua relação conjugal. Você pode obter satisfação física de forma bem simples, mas se a sua esposa não experimentar essa satisfação, então o seu casamento não alcançará o ajustamento. As mulheres reagem ao sentimento carinhoso e às palavras gentis. Inicie a preparação do ato conjugal desde o café da manhã, manifestando o seu amor pela sua esposa. Ao chegar do trabalho, não deixe de cumprimentá-la com um beijo carinhoso. O ato conjugal é preparado durante todo o dia. Há maridos que maltratam as esposas durante o dia todo e à noite querem ter um perfeito ato conjugal com ela. É claro que ela vai dizer não.



Lembre-se: o sexo é manifestação do amor. Procure levar sua esposa ao clímax do prazer sexual, em vez de somente satisfazer seus próprios desejos. À medida que você a satisfizer criará nela um maior desejo pelo ato e assim, ao dar amor, você receberá amor de volta. Prepare pacientemente sua esposa para o ato conjugal. Enquanto ela não manifestar que está preparada, não concretize o ato. Depois, não se apresse em se afastar dela. Para ela, faz parte da satisfação a proximidade física com o marido.



O importante é lembrar sempre que o ato conjugal é a celebração do amor. Sem uma vida amorosa, um casal nunca terá harmonia sexual. Na liberdade do amor tudo poderá ser vivido, respeitando-se a natureza, a dignidade do outro e a lei de Deus.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Suicídio

Interessante o texto a seguir, respondendo a uma dúvida que muitos católicos possuem. Interessante lembrar que, independente do modo como as pessoas morreram - se de doença, acidente, homicídio ou suicídio, nossa Igreja sempre nos ensina a rezar pela alma de nossos entes queridos, amigos e conhecidos, e pedir a Deus que os leve ao céu. Muitos entes queridos são constantemente abandonados após sua morte, sem oração dos seus.


Rezemos pelas almas do purgatório. Não somente pelas que cometeram suicídio, mas por todas.


Abraços e um ótimo dia


João Batista


O QUE DIZ A IGREJA CATÓLICA SOBRE AS PESSOAS QUE COMETEM SUICÍDIO?
Por Evelyn Mayer de Almeida


O que diz a Igreja Católica sobre as pessoas que cometem suicídio?


Caríssimos (as),
Que a vida do Cristo Ressuscitado seja Vossa Vida e Esperança!


O Catecismo da Igreja Católica nos ensina que "a dignidade da pessoa humana se fundamenta em sua criação à imagem e semelhança de Deus" (CIC 1700/ 356) e que "a imagem divina está presente em cada pessoa" (CIC 1702/1878) e por isso "a pessoa humana é a `única criatura na terra que Deus quis por si mesma'. Desde a sua concepção é destinada à bem-aventurança eterna." (CIC 1703/363/2258)


Entende-se com isso que Deus nos criou por amor e por amor nos sustenta. Também é pelo seu amor que Nele caminhamos e com Ele vivemos, e a Ele voltaremos. Esta é a vida do homem na Terra: vir de Deus, viver por Deus e a Deus tornar. E Deus quer que a vivamos em abundância (cf. Jo 10,10).


Diante destas verdades imutáveis, compreendemos que a vida é um dom de Deus e somente Ele tem o poder de revogá-la. O homem, ao contrário, por ser criatura, tem o dever de administrá-la (ou seja, ele não é dono da vida, mas administrador).


Veja o que diz o Catecismo sobre isto:


"Cada um é responsável por sua vida diante de Deus, que lha deu e que dela é sempre o único e soberano Senhor. Devemos receber a vida com reconhecimento e preservá-la para a honra Dele e a salvação de nossas almas. Somos os administradores e não os proprietários da vida que Deus nos confiou. Não podemos dispor dela" (grifos meus).


Fica mais que claro neste parágrafo que Deus, quando nos confiou este dom, deu-nos por amor, mas não nos poupou do compromisso de bem cuidá-lo, preservando-o. Logo, todo ato contra a vida é mal. Ora, o suicídio é um ato mal, é contraditório à vida, pois atenta contra ela e conseqüentemente contra o seu Criador: Deus;


"é gravemente contrário à justiça, à esperança e à caridade. É proibido pelo quinto mandamento" (CIC. 2325) Portanto cometer o suicídio é pecado, é mal e contrário ao natural do homem: viver.


Infelizmente convivemos numa sociedade onde há grupos que usam do suicídio como um meio de exemplo e/ou protesto, incitando jovens, crianças, homens e mulheres à prática. Num caso como este o suicídio torna-se ainda mais grave: torna-se escândalo (já que leva o outro a pecar, podendo perder assim sua alma para sempre). Mas há também os que cometem o suicídio em conseqüência de distúrbios psíquicos graves, depressão, angústia ou desespero, por medo grave de tortura, sofrimento ou provação. Nestes casos pode-se diminuir a responsabilidade do suicida (porque agiu excitado pelo medo, `perdendo', assim, o uso da razão. Confira em CIC 2282/1735).


Entendendo que a vida é um dom de Deus, que Ele a criou e nos deu por amor, mas pediu que dela bem cuidássemos e não atentássemos contra ela, pois isto é um pecado, podemos concluir que o suicida está no inferno? Não, não podemos.


E por quê? Porque Deus é misericórdia e amor, tanto que deu ao mundo seu Filho único para a remissão dos nossos pecados. E por ser misericórdia e amor, apenas Deus pode julgar alguém nesta condição. Com isso a Igreja nos orienta a "não desesperar da salvação das pessoas que se mataram. Deus pode, por caminhos que só Ele conhece, dar-lhe ocasião de um arrependimento salutar. A Igreja ora pelas pessoas que atentaram contra a própria vida". (CIC 2283/ 1037)



Por fim, podemos entender que a Igreja entende o suicídio como pecado, mas anima aos cristãos a não se desesperarem por aqueles que o cometeram, e sim, rezar por suas almas.


Espero ter-lhes ajudado nesta questão.


Em Cristo,
Evelyn Mayer de Almeida.

Para citar este artigo:
ALMEIDA, Evelyn Mayer de. Apostolado Veritatis Splendor: O QUE DIZ A IGREJA CATÓLICA SOBRE AS PESSOAS QUE COMETEM SUICÍDIO?. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/5064. Desde 8/20/2008.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

A MANEIRA DE EVITAR O LAÇO DO HOMOSSEXUALISMO

A MANEIRA DE EVITAR O LAÇO DO HOMOSSEXUALISMO
Por Emerson de Oliveira

PARA se evitar o que pode ter conseqüências trágicas, é sábio saber algo sobre as causas possíveis. Com respeito ao homossexualismo, há muita incerteza quanto à causa. Reconhece-se agora, de modo geral, que os fatores físicos, tais como a constituição física ou os hormônios, não são os principais responsáveis pelo homossexualismo. O que se crê, então, serem as causas significativas?

Algumas causas possíveis são consideradas pelo Dr. Albert Ellis, no seu livro Homosexuality, Its Causes and Cure (Homossexualismo, Suas Causas e Cura; 1965). Ele acredita que a condição se deve na maior parte a certos temores. Conta que curou muitos homossexuais por ajudá-los a se livraram destes temores subjacentes. Isto é corroborado pela recomendação de um dos líderes do movimento homossexual norte-americano, Donald Webster Cory:

"O objetivo da terapia [devia ser] aliviar a hostilidade e o temor das relações, sexuais e outras, com o sexo oposto . . . O motivo disso é duplo: . . . ajudar o homossexual a chegar à raiz do problema, e não atacar o que apenas é sintoma — seu problema não é tanto que se sinta atraído aos homens, mas é que foge das mulheres."

Por outro lado, um rapaz jovem talvez seja iniciado no homossexualismo por ser seduzido por homens homossexuais. Houve um exemplo flagrante disso em Vancouver, no Canadá, onde alguns homossexuais seduziram trinta e cinco meninos entre as idades de dez e quatorze anos, e depois fizeram comércio com eles.

Em muitos casos, os homens mais velhos davam aos meninos vinho ou bebida alcoólica, sabendo que os jovens seriam então mais vulneráveis às suas propostas imorais, assim como observa a Palavra de Deus: "Fornicação, e o vinho, e o vinho doce é que tiram o bom motivo." (Osé. 4.11) O profeta Habacuque também advertiu contra esta prática de se usar a bebida alcoólica como preliminar para a sedução: "Ai daquele que dá aos seus companheiros algo para beber, . . . a fim de embriagá-los, com o objetivo de olhar para as suas vergonhas." (Hab. 2.15) Portanto, quando homens mais velhos, estranhos, se oferecem a comprar uma bebida alcoólica para um rapaz jovem, pode haver nisso segundas intenções.

RESPONSABILIDADE DOS PAIS

Quando um jovem se volta para o homossexualismo, a tendência atual é culpar o pai e a mãe dele como tendo possivelmente lançado a base para a prática desnatural de seu filho. Os entendidos acreditam que os pais talvez façam isto até mesmo antes de seu filho atingir a idade de seis anos. Neste sentido, segundo o Dr. Irving Bieber, autoridade internacional no assunto: `O pai desinteressado e a mãe dominante são a combinação perfeita para produzir um filho homossexual.' Declarou mais: "Não acredito ser possível produzir um pederasta quando o pai é carinhoso com sua esposa e seu filho, e apóia a masculinidade do filho."

Também, segundo este médico, "os pais parecem ter o poder de veto absoluto sobre o desenvolvimento homossexual de seus filhos". Rapazes bem criados não temem o sexo feminino.
Aplica-se, pois, ao homossexualismo, assim como a muitos outros problemas da vida, o velho ditado: "É melhor prevenir do que remediar." Cada pai deve tomar interesse ativo no filho e ajudá-lo a desenvolver uma forte personalidade masculina. Como pode fazer isso? Do modo mais importante, por dar um bom exemplo.
Conforme o expressou o apóstolo Paulo: "Ficai despertos, mantende-vos firmes na fé, procedei como homens, tornai-vos poderosos." (1 Cor. 16.13) O exercício do autodomínio é básico. A forte personalidade masculina não é emocional, mas é equilibrada, razoável, em vez de agitada, e adota uma atitude protetora para com os de sua família. Cada pai deve também inculcar no filho honrar e respeitar o sexo feminino; pode fazer isto por tratar a sua esposa de modo amoroso.

Do mesmo modo, cada mãe deve respeitar a chefia de seu marido e precaver-se de não se tornar possessiva ou dominante demais, pois neste caso poderá alhear seus filhos do sexo feminino.

Pai e mãe podem também advertir os filhos explicitamente sobre os males do homossexualismo. Tal conhecimento do homossexualismo é uma proteção. Quando pai e mãe deixam de instruir e advertir seus filhos de modo correto, estes podem cair vítimas de homossexuais astutos.

RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL

Embora exista certa medida de responsabilidade parental, há principalmente a responsabilidade individual. Cada jovem precisa estar alerta a evitar o laço do homossexualismo. Não se deve desperceber a força do impulso sexual, do apetite sexual e as armadilhas possíveis a que podem levar. Sem o temor de Deus ou o amor natural à bondade para agir como freio, o coração do homem talvez explore meios desnaturais em busca de satisfação sensual. Quanto mais se vai contrário ao que é normal e direito, tanto mais parece o sensualista sentir-se atraído a isso. (Gên. 8.21; Jer. 17.9, 10) Embora esta forte tendência não se limite ao homossexual, parece ajudar a explicar o domínio que esta prática exerce sobre tantos.

Embora, sem dúvida, para a maioria dos jovens o homossexualismo pareça abominável, caso a pessoa observar qualquer inclinação ou curiosidade neste respeito, deve resistir a ela firmemente, acatando o conselho do apóstolo Paulo: "Abominai o que é iníquo." — Rom. 12.9.

Por isso, os jovens farão bem em odiar as práticas que iniciam a pessoa na vida frustradora do homossexualismo. O Dr. D. J. West diz sobre este aspecto da questão: "Beijos, carícias, íntimo contato corporal e a masturbação mútua são formas comuns de namoro com que os homossexuais, tanto masculinos como femininos, começam a sua carreira sexual."

O que ajuda neste respeito é reconhecer, então, que o auto-erotismo ou a masturbação não é apenas um passatempo inocente, mas é antes uma prática que pode levar a atos homossexuais. Por quê? Porque a masturbação pode tornar mais fácil e mais tentador empenhar-se em masturbação mútua, que é uma forma de homossexualismo. Combater sinceramente esta prática contribuirá muito para proteger o jovem.

Igualmente útil para evitar o laço do homossexualismo é ter em mente o que se disse sobre quão frustrador e desnatural é. Que é extremamente egoísta e endurece a pessoa se vê no modo em que os homossexuais importunam pessoas estranhas, na sua sedução de rapazes e na prevalência do estupro homossexual nas prisões. A evidência indica que o desejo sexual anormal é muito mais difícil de controlar do que o desejo normal.

LIBERTAR-SE DE SEUS LAÇOS

Muitos homossexuais afirmam que não podem mudar. Mas o testemunho de muitos na profissão médica diz que podem mudar, se realmente quiserem. O livro Homosexuality (Homossexualismo), da Sociedade de Psicanalistas Médicos, Comissão de Pesquisa, diz que "cada homossexual é um heterossexual latente". A Bíblia testifica adicionalmente que é possível abandonar práticas imundas e degradantes. Neste sentido, o apóstolo Paulo, depois de dizer que os homossexuais não herdarão o reino de Deus, acrescenta: "No entanto, isso é o que fostes alguns de vós. Mas vós fostes lavados." — 1 Cor. 6.9-11.

O homossexual que quer mudar precisa dizer-se continuamente que, não importa quão fácil e sensualmente agradável seja a prática, ela é má. Precisa tomar a peito o conselho: "Ó vós amantes do Senhor, odiai o que é mau." Sim, precisa realmente odiar "prazeres" maus. Além disso, precisa `continuar a considerar as coisas virtuosas, castas e louváveis'. Encher a mente com a verdade de Deus lhe será de ajuda, pois, conforme Jesus disse: "A verdade vos libertará." — Sal. 97.10; Fil. 4.8; João 8.32.

Neste ínterim, atentemos para o que diz o Catecismo da Igreja Católica:

2357 - A homossexualidade designa as relações entre homens e mulheres que sentem atração sexual, exclusiva ou predominante, por pessoas do mesmo sexo. A homossexualidade se reveste de formas muitovariáveis ao longo dos séculos e das culturas. Sua gênese psíquica continua amplamente inexplicada. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves, a tradição sempre declarouque "os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados". São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados.

Também note:

2396 - Entre os pecados gravemente contrários à castidade é preciso citar a masturbação, a fornicação, a pornografia e as práticas homossexuais.

É de muita importância que o homossexual se dê conta de que não pode agradar a Deus se continuar com esta prática detestável. Ela é tão imunda aos olhos de Deus, que tais pessoas moralmente impuras são chamadas de cães na Bíblia. A lei de Deus dada a Israel declara: "Não deves trazer a paga duma meretriz nem o preço dum cão ["sodomita", ALA] à casa do Senhor, teu Deus, para algum voto, porque são algo detestável para o Senhor, teu Deus, sim, ambas estas coisas." (Deu. 23:18) Todos os que, quais cães vira-latas, praticam coisas repugnantes, tais como a sodomia e o lesbianismo, são impedidos de obter a vida eterna no novo sistema de coisas de Deus. (Rev. 22.15) Quão importante é, então, esforçar-se sinceramente a agradar a Deus por não ter nada que ver com as práticas homossexuais!

Aquele que progride no seu desejo de agradar a Deus não deve ficar desanimado se não puder imediatamente eliminar da mente e dos sentimentos todas as emoções e os pensamentos errados. Precisa continuar a lutar, porém, tomando coragem de que até mesmo o apóstolo Paulo confessou que não conseguia plenamente fazer o que queria. Mas não desistiu de lutar. Não cedeu à carne, mas `amofinou o seu corpo e o conduziu como escravo', de modo que podia dizer: "Para todas as coisas tenho força em virtude daquele que me confere poder." — 1 Cor. 9.27; Fil. 4.13; Rom. 7.13-25.

A confissão e a oração a Deus é de grande ajuda nesta luta. Ore pelo perdão, também por ajuda e especialmente por mais do Espírito Santo de Deus. Sim, "persisti em oração". — Rom. 12.12; Fil. 4.6, 7.

O homossexualismo se propaga apesar de ser um modo de vida errado, desnatural e frustrador. Os escravizados a ele podem libertar-se dele se realmente quiserem. A vida eterna está em jogo! Esforce-se, portanto, a todo custo evitar o laço do homossexualismo.

Todos os artigos disponíveis neste sítio são de livre cópia e difusão deste que sempre sejam citados a fonte e o(s) autor(es).
Para citar este artigo:
OLIVEIRA, Emerson de. Apostolado Veritatis Splendor: A MANEIRA DE EVITAR O LAÇO DO HOMOSSEXUALISMO. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/5714. Desde 29/05/2009.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Podemos prestar culto aos santos?


O culto dos Santos e a estima de suas relíquias são contestadas pelos protestantes; os discípulos de Lutero julgam haver nisto graves desvios doutrinários, que eles atribuem à Tradição católica.


Mas essa prática é plenamente justificada pela Tradição cristã mais antiga, apoiada na Bíblia, desde o Antigo Testamento. Com a certeza de que os Santos já estão no Céu, a Igreja, sempre assistida pelo Espírito Santo (cf Jo 16, 12-13), já nos seus primeiros tempos, começou a prestar veneração particular àqueles falecidos que tiveram uma vida confessando Jesus Cristo, especialmente pelo martírio.


O culto de veneração (não de adoração) dos Santos foi até o século XVI prática tranqüila e óbvia entre os cristãos. Note bem, durante dezesseis séculos não houve contestação a esta prática. O Concílio de Trento (1545-1563) confirmou a validade e importância deste culto, ao mesmo tempo que ensinou a evitar abusos e mal-entendidos muitas vezes enraizados na religiosidade popular. Também o Concílio do Vaticano II (1963-65) reiterou esta doutrina, mostrando o aspecto cristocêntrico e teocêntrico do culto aos santos.


A comunhão entre os membros do povo de Deus não é extinta com a morte; ao contrário, o amor fraterno é liberto de falhas devidas ao pecado na outra vida, o que faz esta união mais forte.


Deus, que gera esta comunhão, proporciona aos Santos no céu o conhecimento de nossas necessidades para que eles possam interceder por nós, como intercederiam se estivessem na Terra. Santa Terezinha do Menino Jesus, dizia que “passaria a sua vida na Terra”; isto é, viveria o Céu intercedendo pelos da Terra. Uma das orações eucarísticas da santa Missa diz que “os Santos intercedem no Céu por nós diante de Deus, sem cessar.” Que maravilha!


Esta intercessão leva-nos mais a fundo dentro do plano de Deus, porque promove a glória de Deus e o louvor de Jesus Cristo, uma vez que os Santos são “obras-primas” de Cristo, que nos levam, por suas preces e seus exemplos, a reconhecer melhor a grandeza da nossa Redenção.


O culto aos Santos tem ao menos três sentidos profundos:


1 – dá glória a Deus, de quem os Santos são obras primas de sua graça; são Santos pela graça de Deus.


2 – suplicam a eles a sua intercessão por nós e pela Igreja;


3 – mostram-nos os Santos como modelos de vida a serem imitados uma vez que amaram e serviram a Deus perfeitamente.


É entranhada na teologia católica a devoção aos Santos, embora não seja obrigatória. Ela surge de uma perfeita compreensão do plano salvífico de Deus, especialmente quando se refere à Virgem Maria, Mãe de Deus e Mãe dos homens (cf. Jo 19,25-27).



Prof. Felipe Aquino

Fonte: Cleofas

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Sociedade Anticristianismo


Vivendo em uma sociedade anticristianismo



Vivendo em uma sociedade anticristianismo - Líderes da Grã-Bretanha alertam sobre perdas dos valores comuns



Por Pe. John Flynn, LC



ROMA, domingo, 12 de julho de 2009 (ZENIT.org).- O declínio do cristianismo e dos valores morais, em geral, está atingindo a Grã-Bretanha. Enquanto o número de fiéis tem decrescido há já algum tempo, alertas sobre a situação começam a vir de todos os lados.




A Grã-Bretanha já não é uma nação cristã, afirmou o bispo anglicano Paul Richardson, em um artigo publicado em 27 de junho no jornal Sunday Telegraph.




O prelado anglicano também foi crítico com seus colegas bispos por não compreenderem quão grave é a mudança na cultura contemporânea e por sua falta de ação em lidar com esta grave crise de fé.



Apenas cerca de 1% dos anglicanos frequentam cerimônias religiosas aos domingos, em média, de acordo com Richardson. “Neste ritmo, é difícil ver a Igreja sobrevivendo por mais de 30 anos, embora alguns de seus líderes estejam preparados para enfrentar essa possibilidade”, advertiu.



Ele observou também que, de cada 1.000 nascidos na Inglaterra e no País de Gales, no período 2006-2007, apenas 128 foram batizados como anglicanos. Em 1900, o número de batizados era de 609 para 1.000.



Apenas um dia antes, no jornal The Times, Rabbi Sir Jonathan Sacks, rabino chefe da Congregação das Nações da União Hebraica, lamentou a falta de um código moral partilhado na Grã-Bretanha.



Refletindo sobre a atual crise financeira e as recentes revelações de escândalos sobre despesas parlamentares, ele comentou que estes e outros problemas levaram a uma perda de confiança na sociedade.



Existe um problema essencial, porém, que é muito mais grave, ele disse: a perda do sentido tradicional da moralidade.



Somos muito morais, em alguns aspectos, tais como a pobreza mundial e o aquecimento global, o rabino sustentou, mas estes são problemas remotos e globais. Sacks declarou que, quando se trata de assuntos mais próximos de nossas próprias vidas, perdemos o nosso senso de certo e errado sobre o comportamento pessoal.



Não se trata de atuar sobre os sintomas com mais leis e sistemas de vigilância. “Sem um código moral compartilhado, não pode haver sociedade livre”, argumentou Sacks.



Quem é esse?



Duas recentes pesquisas confirmam das advertências dos líderes religiosos. Um estudo realizado pela Penguin Books, embora em conjunto com uma promoção de um recente livro sobre o tema, diz que quase dois terços dos adolescentes não acreditam em Deus.



Segundo matéria de 22 junho do jornal Telegraph, a amostra com 1.000 adolescentes evidenciou que 59% consideram que a religião tem uma influência negativa sobre o mundo.



A pesquisa também revelou que a metade dos entrevistados nunca rezou e 16% nunca foram à igreja.



Uma semana depois, o jornal Independent publicou os resultados de uma pesquisa sobre conhecimentos bíblicos. O artigo de 29 de junho relatou que muitos são ignorantes sobre as histórias e as pessoas que são fundamentais para a história do cristianismo.



Segundo os resultados preliminares da Pesquisa de Alfabetização Nacional Bíblica, realizada pelo St. John’s College Durham, menos de 10% das pessoas compreendiam os principais personagens da Bíblia e sua relevância.



Cerca de 60% não sabiam da história do Bom Samaritano; figuras como Abraão e José também eram desconhecidas para muitos estrangeiros.



Segundo o artigo do Independent, o sacerdote anglicano David Wilkinson, de St. John’s, disse que as consequências de tal ignorância vão muito além de apenas desconhecerem a Bíblia. O conhecimento dessas histórias e das personagens da Bíblia é essencial para compreender a nossa história e cultura, e não menos a arte, a música e a literatura, já que muito delas está ligado a temas religiosos, observou.



Esta é uma ignorância que o bem conhecido defensor do ateísmo Richard Dawkins tenta promover. Um artigo de 28 de junho publicado no jornal The Guardian informou que ele está organizando um acampamento ateu este ano na Inglaterra.



Camp Quest UK vai ser “livre do dogma religioso”, o artigo acrescentou. Aparentemente, os cinco dias do acampamento, subsidiado por uma bolsa da Fundação Richard Dawkins, estarão lotados.



Sem rumo



As recentes advertências dos líderes religiosos trazem expressões de preocupação. A 5 de abril, o bispo anglicano Michael Nazir-Ali publicou um artigo no Telegraph, por ocasião da sua aposentadoria como bispo de Rochester.



Nos seus quase 15 anos ali, ele disse: “eu assisti à nação ir à deriva mais longe e mais longe das suas amarras cristã”.



Esta situação levou, continuou ele, a um afrouxamento dos laços de direito, costumes e valores, e também a uma perda de identidade e de coesão. Como o rabino Sacks, ele comentou que a sociedade precisa de um “capital social de valores comuns e do reconhecimento de certas virtudes que contribuem para o florescimento pessoal e social”.



“Nossas ideias sobre a sacralidade da pessoa humana em todas as fases da vida, a igualdade e os direitos naturais e, portanto, de liberdade, comprovadamente surgiram a partir da tradição enraizada na Bíblia”, acrescentou.



O bispo Nazir-Ali observou que a Igreja anglicana está crescendo rapidamente em lugares como a África. Talvez eles tenham muito para ensinar às Igrejas ocidentais, concluiu.



Vendendo a alma



O novo líder católico da Inglaterra e País de Gales, Dom Vincent Nichols, abordou o mesmo assunto pouco antes de se tornar o arcebispo de Westminster.



Em um artigo publicado pelo jornal Telegraph a 29 de março, ele afirmou que a Grã-Bretanha já vendeu a sua alma ao perseguir uma razão puramente secular sobrepondo-se à religião.



Como resultado, a fé está agora confinada a um exercício puramente privado e os valores são extraídos de fontes materiais e seculares.



Não só os políticos da Grã-Bretanha vivem em um mundo material e puramente secular, mas também não permitem uma madura reflexão do papel fundamental da crença religiosa na sociedade, ele sustentou.



As afirmações foram publicadas pelo arcebispo Nichols em um recente livro de ensaios intitulado “A nação que esqueceu Deus.”



Em comum com os outros líderes religiosos, o arcebispo Nichols também apontou a falta de coesão social que resulta quando não há partilha de princípios e valores morais. A visão secular e liberal da pessoa humana é errada e simplesmente não funciona, ele argumentou.



Pouco amigável



Seu antecessor, o cardeal Cormac Murphy-O’Connor, tinha a mesma opinião. Em uma matéria de 6 de dezembro do jornal Telegraph, ele comentava que a Grã-Bretanha tornou-se um lugar “inimigo” para as pessoas religiosas viverem.



O aumento do secularismo resultou em uma sociedade hostil ao cristianismo e, em geral, as crenças religiosas são vistas como “uma excentricidade privada.”



O cardeal Murphy-O’Connor também observava que ateísmo é agora mais agressivo e que existe uma minoria que argumenta que a religião não tem lugar na sociedade moderna.



Estatísticas demonstram suas preocupações. O número de casamentos em igrejas católicas na Inglaterra caiu 25% durante a última década, o Telegraph relatou em 8 de janeiro.



No ano de 2000, houve 13.029 casamentos católicos, em comparação com 9.950 no ano passado. Apenas um em cada três casamentos na Inglaterra são agora sob a forma de uma cerimônia religiosa, de acordo com o Telegraph.



Provas abundantes do grave declínio da religião na Grã-Bretanha e as repetidas declarações dos líderes das Igrejas apontam para uma crescente tomada de consciência da urgência da situação e de como revertê-la.



Fonte: Zenit.org

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Evolucionismo



O problema não é a teoria da evolução, mas sim o evolucionismo como ideologia




ROMA, 12 Fev. 09 / 09:34 am (ACI).- O Pe. Marc Leclerc, Professor de Filosofia da Natureza da Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, explicou em um artigo aparecido em L'Osservatore Romano que não existe, em concreto, um problema com a teoria da evolução de Darwin: o problema está na ideologia criada a partir da teoria.





No artigo titulado "O problema não é a teoria mas sim a ideologia", o perito jesuíta precisa que no passado e com mais força na atualidade "muitos, já seja partidários ou adversários de Darwin, confundiram sua teoria científica da evolução –que deve discutir-se a nível científico entre pessoas competentes– com sua própria redução a um sistema ideológico, a uma visão do mundo que forçosamente recai em todos os homens".





O Pe. Leclerc ressalta logo que "como escrevia justamente o então Cardeal Ratzinger, a polêmica não nasceu com a teoria da evolução mas, de ereger alguns de seus elementos em filosofia universal, em 'chave de interpretação da inteira realidade'".





O autor de "A Origem das Espécies", prossegue o sacerdote, "aplicava sua teoria da seleção natural a como emergiu nossa espécie, mas não ao funcionamento das atuais sociedades humanas, sublinhando em vez disso como um caráter benéfico para a espécie a aquisição de faculdades morais e religiosas que levam a homem a proteger ao mais débil, ao contrário das absurdas pretensões do darwinismo social".





"Evolução e criação não apresentam entre elas a mais mínima oposição, mas sim se revelam de tudo complementares", precisa.





Para o Pe. Leclerc, será de particular importância "a reflexão sobre o lugar do homem na evolução e na criação. O homem, como ser vivente, pode encontrar seu próprio lugar na evolução da espécie, que, em uma leitura post factum, preparou a muito tempo sua vinda. Mas o homem não pode reduzir-se, sem contradições, ao puro produto da evolução da espécie: em outras palavras, o homem não é redutível à própria animalidade".





Então, prossegue o perito jesuíta, "uma boa crítica filosófica mostra que o homem pode justificar os primeiros princípios de seu conhecimento. O ser humano dispõe de uma capacidade de reflexão, de autoconsciência, de liberdade que transcendem necessariamente a pura animalidade e que não podem ser o simples produto da evolução".





Finalmente, assinala o sacerdote, "como afirma com justiça a teologia católica, toda pessoa humana é objeto de um ato criador singular de parte de Deus, que também se inserida naturalmente na espécie do homo sapiens, e aparece ao final como o cume de um imenso processo evolutivo do que já se começam a descobrir alguns dos segredos".




Fonte: ACI

terça-feira, 14 de julho de 2009

Falhas de sacerdotes não justificam abolição do celibato



Falhas de sacerdotes não justificam abolição do celibato



Reflexão do bispo de San Cristóbal de las Casas
Por Jaime Septién





SAN CRISTÓBAL DE LAS CASAS, quinta-feira, 21 de maio de 2009 (ZENIT.org-El Observador).- O bispo de San Cristóbal de las Casas, Dom Felipe Arizmendi Esquivel, fez uma defesa frontal do celibato sacerdotal, após os recentes episódios ocorridos na Igreja Católica da América de sacerdotes que não foram fiéis a este compromisso.





Entre estes casos, encontram-se os descobrimentos de novas paternidades do atual presidente do Paraguai, Fernando Lugo, que fora bispo católico; o caso de um sacerdote acusado de uso de pornografia infantil na arquidiocese de Jalapa (México); e o recente escândalo de um sacerdote muito popular na televisão hispânica dos Estados Unidos – Alberto Cutié – que, após a publicação de algumas fotos comprometedoras, reconhece uma mulher como amante desde muito tempo.





Diante desses casos, escreve Dom Arizmendi Esquivel, “não falta quem insista em que a Igreja Católica deveria revisar sua norma de admitir ao sacerdócio só aqueles que tenham recebido o carisma do celibato e se comprometam a cumpri-lo por toda a vida. Outros afirmam que, enquanto não se faça esta mudança, a Igreja continuará perdendo fiéis”.





“Por outro lado, continuou dizendo o prelado mexicano, é repetitivo escutar que o celibato não combina com as culturas indígenas, pois nestes povos só a um homem casado se reconhece a autoridade e não se costuma confiar a solteiros cargos de responsabilidade social. Por tanto, concluem, se deveria abrir a porta para ordenar presbíteros a indígenas casados, para que se inculturem.”





Em seu documento, o bispo de San Cristóbal de las Casas afirma que, em primeiro lugar, o celibato “não é de acordo com nenhuma cultura, nem judaica, grega ou romana, nem espanhola, francesa, alemã, italiana, mexicana, indígena, mestiça”.





Em segundo lugar, afirma que “é inegável que houve e há muitas falhas e defeitos; mas a imensa maioria vive com alegria e plenitude esta vocação, apesar das limitações”.





“Eu me sinto muito fecundo, muito realizado, graças ao celibato”, confessa o bispo mexicano em seu escrito, publicado pela página eletrônica da Conferência do Episcopado Mexicano; e agrega: “O matrimônio teria me limitado muito em meu serviço à comunidade. O celibato me faz livre para servir onde for preciso, para amar e estar muito perto de quem precisa experimentar o amor de Deus”.





Mais adiante explica: “Ninguém nos obrigou a emitir este compromisso antes da ordenação; nós o assumimos com plena liberdade. Eu decidi livre e conscientemente não me casar, não por egoísmo, não por rejeição à mulher, nem por desconhecer ou desprezar a beleza do sexo e do matrimônio, mas por graça do Espírito Santo, para consagrar todo o meu ser, com todas as suas energias, ao Reino de Deus, em particular aos pobres. Sou feliz sendo celibatário. Peço ao Senhor que nos conserve em fidelidade”.





Depois de recordar que Jesus “decidiu não se casar; sua mãe permaneceu virgem, o apóstolo mais próximo era celibatário e Paulo recomendou este caminho, não como mandato, mas como conselho digno de confiança”, pede que “nos comprometamos a viver celibatários, mantendo-nos fiéis e alegres, com oração, sacrifício e vigilância, pois as tentações se aproximam por todos os lados”.





“Que a comunidade e as famílias nos ajudem a desfrutar desta paternidade espiritual, e que ninguém seja motivo de tropeço. Que os seminaristas conheçam as razões deste estilo de vida e orem para que se lhes conceda este carisma, que os fará pais e irmãos em Cristo, e assim os povos n’Ele terão vida”
, termina dizendo Dom Arizmendi Esquivel.




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Reitero o convite à nossa Campanha:

Reze uma Ave-Maria diária por seu Sacerdote. Creio que muitos desses escândalos não teriam acontecido se esses sacerdotes tivessem sido fortalecidos em suas escolhas por nossas orações. Façamos nossa parte, e levemos essa campanha para nossas comunidade, amigos familiares!
Abraços
João Batista
Ecclesiae Dei Blog


segunda-feira, 13 de julho de 2009

Rei do Aborto Convertido



Outro "Rei do aborto" convertido em defensor da vida: A história de Stojan Adasevic




MADRI, 13 Nov. 08 / 09:40 am (ACI).- O jornal La Razón de Espanha deu a conhecer o caso de um novo "rei do aborto" convertido: Stojan Adasevic, quem chegou a realizar 48 mil abortos em total e até 35 em um só dia, é atualmente o principal líder pró-vidada Sérbia, mas durante 26 anos foi o ginecologista abortista mais prestigioso da Belgrado comunista.





O periódico espanhol assinala que "os livros de medicina do regime comunista diziam que abortar era, simplesmente, extirpar uma parte de tecido. Os ultra-sons que permitiam ver o feto chegaram nos anos 80, mas não mudaram sua opinião. Entretanto, começou a ter pesadelos".





Ao relatar seu processo de conversão, explica o jornal, Adasevic "sonhava com um formoso campo, cheio de crianças e jovens que jogavam e riam, de quatro a 24 anos, mas que fugiam aterrados dele. Um homem vestido com um hábito branco e negro o olhava intensamente, em silêncio. O sonho se repetia a cada noite e acordava com suores frios. Uma noite perguntou ao homem de negro e branco por seu nome. 'Meu nome é Tomás de Aquino', respondeu o homem do sonho. Adasevic, formado na escola comunista, nunca tinha ouvido falar do genial santo dominicano, não reconheceu o nome".





"'por que não me pergunta quem são estas ciranças? São os que matou com seus abortos', disse-lhe Tomas. Adasevic acordou, impressionado, e decidiu não praticar mais intervenções", prossegue.





"Esse mesmo dia veio a seu hospital um primo seu com a noiva, grávida de quatro meses, para fazer-se o nono aborto, um fato bastante freqüente nos países do bloco soviético. O doutor acedeu. Em vez de tirar o feto membro a membro, decidiu amassá-lo e tirá-lo como uma massa. Entretanto, o coração do bebê saiu ainda pulsando. Adasevic se deu conta então de que tinha matado a um ser humano".





Depois desse macabro episódio, Adasevic "informou ao hospital de que não faria mais abortos. Nunca na Yugoslávia comunista um médico se negou. Reduziram seu salário na metade, jogaram a sua filha do trabalho, não deixaram entrar em seu filho na universidade".





Depois de dois anos de pressões e a ponto de render-se, voltou a sonhar com Santo Tomam: "'é meu bom amigo, persevera', disse o homem de branco e negro. Adasevic se comprometeu com os grupos pró-vida. Duas vezes conseguiu que a televisão yugoslava emitisse o filme de ultra-sons 'O grito silencioso', de outro famoso ex-abortista, o doutor Bernard Nathanson".





Atualmente o doutor Adasevic publicou seu testemunho em revistas e jornais da Europa do Leste, como a russa Liubitie Drug Druga. Voltou para cristianismo ortodoxo de sua infância e também aprendeu coisas sobre Santo Tomás de Aquino.





"Tomás, influenciado por Aristóteles, escreveu que a vida humana começava 40 dias depois da fertilização", escreve Adasevic no Liubitie Drug Druga. La Razón comenta que "o doutor sugere que possivelmente o Santo procurava compensar esse engano. Adasevic, 'o Nathanson sérvio', prossegue hoje sua luta pela vida dos mais pequeninos".



Fonte: ACI

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Purgatório e Indulgências


Recebi alguns questionamentos de leitores sobre Purgatório e Indulgências, segue uma explicação para buscar o entendimento de todos, algo muito importante a nós católicos:


Primeiro, vamos entender a pena: quando cometemos um pecado (que é algo que infelizmente fazemos muito), nós nos confessamos e recebemos o perdão. Mas, temos a conseqüencia desse pecado para pagar ainda...


Eu entendo assim: se eu der um tiro em alguém, não basta eu me arrepender e pedir perdão em público, é necessário pagar na cadeia por esse terrível ato... com o pecado acontece o mesmo. O arrependimento e o pedido de perdão na confissão nos impedem de ir para o inferno, mas não nos poupam da pena temporal devida.


Para entender melhor, olha como o Prof. Felipe aquino explica isso:


Todo pecado tem duas consequências: o da culpa e o da pena, devido à desordem causada pela culpa. Então, para que alguém fique totalmente redimido do pecado é preciso que obtenha de Deus o perdão da culpa, mediante o sacramento da Reconciliação (confissão), e restaure a ordem violada pelo pecado, cumpra a pena.


Se alguém difamou uma pessoa, não basta que peça desculpa do seu erro à pessoa ofendida, e seja perdoado, é preciso também restaurar a honra e o bom nome da pessoa. Ora, isto é uma exigência natural da justiça. Cientes disso, os primeiros cristãos, até a idade média, infligiam a si mesmos severas penas (jejum de muitos dias até o pôr do sol, flagelações, longas peregrinações, etc.) mesmo após o perdão dos pecados, para cumprir a pena devida ao pecado.



Ou seja, a “Pena Temporal” pode ser paga aqui, com obras de caridade, orações e penitência; ou é paga no Purgatório com duras penas; ou é cancelada pelas indulgências.


Li uma vez um relato de uma santa, Catarina de Gênova, a quem Deus permitiu ver o purgatório. O que ela viu foi um sofrimento terrível, as almas sofriam como as do inferno... a diferença era que quem sofre no inferno, sabe que será um sofrimento eterno. Quem sofre no purgatório, sabe que o próximo passo é o céu.


Entretanto, Jesus mostrou para essa santa que aqueles que lá estão não têm mais o que fazer a não ser esperar pela misericórdia de Deus, e pela dos cristãos que ainda estão vivos.


Quando nós rezamos por eles (pelas almas dos falecidos), vai diminuindo a pena deles, o que faz com que se aproximem mais do céu. Por exemplo, se eu morrer hoje, eu posso ter que cumprir ainda uma pena curta (de 1 dia, 1 semana, 1 mês) ou longa (1 ano, 1000 anos), etc... e cada vez que alguém aqui da terra reza por mim, essa pena diminui. Isso é indulgência.


Assim, essa santa teve a visão de um padre que estava no purgatório ha mais de 1000 anos, e como ninguém rezava por ele, ele ia ficando lá... Por isso que nossa Igreja hoje reza pelos mortos.


Segundo S. Vicente Ferrer, há almas que ficaram no purgatório um ano inteiro por um só pecado. Santa Francisca afirma que a maioria das almas do purgatório lá sofrem de trinta a quarenta anos. Muitos santos viram almas destinadas a sofrer no purgatório até o fim do mundo.



Indulgência Parcial e Plenária


Agora que entendemos como funciona a "pena temporal", vamos à explicação da Indulgência parcial e plenária. A indulgência plenária é total, por exemplo, a pessoa que está lá, fica livre do purgatório, mesmo que ainda tinha a cumprir anos e anos...



A indulgência parcial, é aquela que vai diminuindo a pena. Por exemplo: uma Ave-Maria rezada com devoção diminui em uma semana qualquer pena... só pronunciar os nomes de Jesus ou de Maria com amor já é indulgenciado... e isso vale para a nossa pena, ou para a pena dos mortos, que já estão lá... imagine então um terço, um rosário? A Santa Missa então?


Assim, se você seguir os passos da indulgência plenária, você pode tirar os seus entes queridos que já morreram do purgatório. Ou, se quiser usar para você, você apaga a pena que tem até hoje... então se morre hoje, pode ir para o céu!!!


Uma bela prática de caridade, é entregar as indulgências que conseguimos juntar aos falecidos de nossa família, conhecidos e até desconhecidos, pois muitos não tem quem reze por eles.


Catecismo da Igreja Católica: §1032 – A Igreja recomenda também as esmolas, as indulgências e as obras de penitência em favor dos defuntos... “Não hesitemos em socorrer os que partiram e em oferecer nossas orações por eles”. (S. João Crisóstomo, Hom. In 1Cor 41,5)


Já segui os passos para indulgência plenária para todos os meus entes queridos que já se foram, além de amigos, etc... agora, os ofereço a Nossa Senhora, para que Ela escolha uma alma que deva receber minhas indulgências.



O interessante disso tudo é que as almas do purgatório sabem que sua pena foi reduzida, ou finalizada por nós, então, quando elas chegam no céu, são as que nos ajudam de lá, intercedendo a Deus por nós... é como se estivéssemos presos, e alguém chegasse e pagasse a fiança... a pessoa não aparece, mas quando saímos, ficamos sabendo quem foi que pagou a fiança.


Para mandar ou receber para si uma indulgência parcial, basta qualquer oração, sacrifício, obra de misericórdia, participação à santa missa, etc... para ser plenária, aí tem os passos. Por exemplo, reza do terço+confissão+missa com comunhão+orar pelo Papa. ou Adoração ao santíssimo (meia hora no mínimo)+confissão+missa com comunhão+orar pelo Papa.



Na semana de finados, vale também ir ao cemitério e rezar pelos mortos+confissão+missa com comunhão+orar pelo Papa. Além disso, tem aquelas que o Papa anuncia, por exemplo agora no ano Sacerdotal, tem alguns passos a seguir para ganhar as indulgências plenárias.



Lembra quando falavam que a Igreja vendia pedacinhos no céu antigamente? Então, era porque a caridade+confissão+missa com comunhão+orar pelo Papa também era indulgenciada, então, aqueles que queriam "ferir" a Igreja, diziam que os que davam terrenos, ou esmolas para a Igreja, estavam comprando pedaços do ceu... e que a Igreja estava vendendo... mas não é nada disso, pois só a caridade não basta, era necessário estar em estado de graça (ou seja, ter confessado), comungado e orado pelo papa.


Importante: que as indulgências só valem para si mesmo ou para uma alma. Ou fica para quem fez a boa ação ou se manda para alguém que já morreu. Você não tem como mandar a indulgência para um vivo... e a caridade para com as almas é bem vista por Deus assim como a caridade para com os vivos... assim, ficamos sempre “em crédito” quando ganhamos indulgências para nossos falecidos, além é claro de contar com as orações deles lá do céu por nós.


Ensinamento de João Paulo II:
“Numa misteriosa troca de dons, eles [no purgatório] intercedem por nós e nós oferecemos por eles a nossa oração de sufrágio. “ ( LR de 08/11/92, p. 11)


Espero que tenha ficado mais claro!!! Acho interessante, você que é catequista, explicar isso para os seus alunos!! As pessoas rezam muito pouco por seus mortos, no velório, muito choro... depois, ficam no esquecimento, lá sofrendo. Façamos nossa parte pelos que amamos ou simplesmente conhecemos: rezemos por eles, ofereçamos missas, terços para que parem de sofrer e para ganhar muitos amigos no céu intercedendo por nós!


"Poupai vossas lágrimas", dizia São João Crisóstomo, "pelos defuntos e dai-Ihes mais orações". E Santo Ambrósio conclui: "É preciso assisti-las com orações do que chorá-las".


Abraços fraternos
João Batista

Fontes e objetos de pesquisas para quem quiser mais informações:

http://www.cleofas.com.br/virtual/texto.php?doc=ESCOLA&id=esc1305 - PURGATÓRIO - ORAÇÃO PELOS MORTOS – INDULGENCIAS
http://www.cleofas.com.br/virtual/texto.php?doc=DOUTRINA&id=dou0426 – Doutrina das Indulgências
http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/category/purgatorio/ - O purgatório na Bíblia
http://www.almasdopurgatorio.com.br/ -site de explicações e pedidos de orações pelas almas do Purgatório.

terça-feira, 7 de julho de 2009

A MEDIAÇÃO DE MARIA

A MEDIAÇÃO DE MARIA


A mediação de Nossa Senhora, bem como a dos anjos e santos, não é uma mediação substitutiva a de Jesus, mas, ao contrário, com base nela, por dentro dela. Sem a Mediação única e essencial de Cristo, homem e Deus, Sumo Pontífice (ponte) entre Deus e os homens, todas as outras mediações não teriam eficácia; portanto, a mediação de Maria não é uma mediação paralela a de Jesus, mas subordinada, cooperadora, por vontade de Deus. Jesus não quis salvar o mundo sozinho; Ele quis e quer a nossa ajuda e cooperação, tanto em termos de trabalho como de oração.



O Concílio Vaticano II, na Lúmen Gentium, explica-nos bem como é a mediação de Nossa Senhora diante de Deus. Vejamos:



“A maternidade de Maria na dispensação da graça perdura ininterruptamente a partir do consentimento que ela fielmente prestou na Anun­ciação, que sob a Cruz ela resolutamente manteve e manterá até a perpé­tua consumação de todos os eleitos. Assumida aos céus, não abandonou esta salvífica função, mas por sua multíplice intercessão continua a gran­jear-nos os dons da salvação eterna. Por seu maternal amor cuida dos irmãos do seu Filho que ainda peregrinam rodeados de perigos e dificuldades, até que sejam conduzidos à feliz pátria”.



“Por isto e Bem-aventurada Virgem Maria é invocada na igreja sob os títulos de Advogada, Auxiliadora, Protetora, Medianeira. Isto, porém, se entende de tal modo que nada derrogue, nada acrescente à dignidade e eficácia de Cristo, o único Mediador”.



“Com efeito; nenhuma criatura jamais pode ser colocada no mesmo plano com o Verbo Encarnado e Redentor. Mas, como o sacerdócio de Cristo é participado de vários modos seja pelos ministros, seja pelo povo fiel, e como a indivisa bondade de Deus é realmente difundida nas criaturas de maneiras diversas, assim também a única mediação do Redentor não exclui, mas suscita nas criaturas uma variegada cooperação, que participa de uma única fonte”.



“A Igreja não hesita em proclamar essa função subordinada de Maria. Pois sempre de novo experimenta e recomenda-se ao coração dos fiéis para que, encorajados por esta maternal proteção, mais intimamente dêem sua adesão ao Mediador e Salvador” (LG, nº 62),



O Papa Paulo VI em sua Exortação Apostólica Signum Magnum nº 1, escreveu:

“A Virgem continua agora no céu a exercer a sua função materna, cooperando para o nascimento e o desenvolvimento da vida divina em cada uma das almas dos homens redimidos. É esta uma verdade muito reconfortante, que, por livre disposição de Deus sapientíssimo, faz parte do mistério da salvação dos homens; por conseguinte, deve ser objeto da fé de todos os cristãos”.



O Papa João Paulo II assim se expressou:

“Os cristãos invocam Maria como “Auxiliadora”, reconhecendo-lhe o amor materno que vê as necessidades dos seus filhos e está pronto a intervir em ajuda deles, sobretudo quando está em jogo a salvação eterna. A convicção de que Maria está próxima de quantos sofrem ou se encontram em situações de grave perigo, sugeriu aos fiéis invocá-la como “Socorro”.



A mesma confiante certeza é expressa pela mais antiga oração mariana, com as palavras: “sob a vossa proteção recorremos a vós, Santa Mãe de Deus: não desprezeis as súplicas de nós que estamos na prova, e livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita!” (Do Breviário Romano). Como Medianeira materna, Maria apresenta a Cristo os nossos desejos, as nossas súplicas e transmite-nos os dons divinos, intercedendo continuamente em nosso favor. (L’Osservatore Romano, ed. port. n.39, 27/09/1997, pag. 12(448)).



Disse ainda o Papa: “Como recordo na Encíclica Redemptoris mater, “a mediação de Maria está intimamente ligada à sua maternidade e possui um caráter especificamente maternal, que a distingue da mediação das outras criaturas” (n. 38). Deste ponto de vista, Ela é única no seu gênero e singularmente eficaz… o mesmo Concílio cuidou de responder, afirmando que Maria é “para nós a Mãe na ordem da graça” (LG, 61).



Recordamos que a mediação de Maria se qualifica fundamentalmente pela sua maternidade divina. O reconhecimento do papel de Medianeira está, além disso, implícito na expressão “nossa Mãe”, que propõe a doutrina da mediação Mariana, pondo em evidência a maternidade. Por fim, o título “Mãe na ordem da graça” esclarece que a Virgem coopera com Cristo no renascimento espiritual da humanidade.



“O Concílio afirma, além disso, que “a função maternal de Maria em relação aos homens de modo algum ofusca ou diminui esta única mediação de Cristo; antes, manifesta a sua eficácia” (LG, 60).

“Longe, portanto, de ser um obstáculo ao exercício da única mediação de Cristo, Maria põe antes em evidência a sua fecundidade e a sua eficácia. “Com efeito, todo o influxo salvador da Virgem Santíssima sobre os homens se deve ao beneplácito divino e não a qualquer necessidade; deriva da abundância dos méritos de Cristo, funda-se na Sua mediação e dela depende inteiramente, haurindo aí toda a sua eficácia” (LG, 60).



“De Cristo deriva o valor da mediação de Maria e, portanto, o influxo salvador da Bem-aventurada Virgem “de modo nenhum impede a união imediata dos fiéis com Cristo, antes a favorece” (ibid.).



“Ao proclamar Cristo como único Mediador (cf. 1 Tm 2, 5-6), o texto da Carta de São Paulo a Timóteo exclui qualquer outra mediação paralela, mas não uma mediação subordinada. Com efeito, antes de ressaltar a única e exclusiva mediação de Cristo, o autor recomenda “que se façam súplicas, orações, petições e ações de graças por todos os homens…” (2,1). Não são porventura as orações uma forma de mediação? Antes, segundo São Paulo, a única mediação de Cristo é destinada a promover outras mediações dependentes e ministeriais. Proclamando a unicidade da mediação de Cristo, o Apóstolo só tende a excluir toda a mediação autônoma ou concorrente, mas não outras formas compatíveis com o valor infinito da obra do Salvador.



“Nesta vontade de suscitar participações na única mediação de Cristo, manifesta-se o amor gratuito de Deus que quer compartilhar aquilo que possui. Na verdade, o que é a mediação materna de Maria senão um dom do Pai à humanidade? Eis por que o Concílio conclui: “Esta função subordinada de Maria, não hesita a Igreja em proclamá-la; sente-a constantemente e inculca-a nos fiéis…” (ibid.).



“Maria desempenha a sua ação materna em contínua dependência da mediação de Cristo e d’Ele recebe tudo o que o seu coração desejar transmitir aos homens. Na sua peregrinação terrena, a Igreja experimenta “continuamente” a eficácia da ação da “Mãe na ordem da graça”. (L’Osservatore Romano, ed. port. n.40, 04/10/1997, pag. 12(460)).

segunda-feira, 6 de julho de 2009

A CIÊNCIA E A FÉ



A CIÊNCIA E A FÉ






Ouvi o testemunho de Elizabete Comparini Arcolino, esposa de Carlos Arcolino, da cidade de Franca. Viviam bem, como um casal normal, mas não sem problemas. Tinham filhos, porém na última gravidez, Elizabete ficou exatamente entre a vida e a morte. No terceiro mês, ela perde todo o líquido amniótico e a única indicação médica é o abortamento.






Seria, segundo a lei brasileira, um aborto chamado legal. Mas acima de qualquer lei está a consciência, o santuário íntimo de cada pessoa. No conflito gerado entre a orientação médica e suas preocupações humanitárias, não querendo fazer mal ao bebê, ela recebe a visita de um Bispo que lhe fala sobre Dra. Giana Beretta Mola, médica italiana, de profunda convicção religiosa e de sólida formação católica, que passou pelos mesmos problemas, em 1962, e preferiu perder sua própria vida para que sua filha nascesse.






Tendo em vista sua vida virtuosa de mãe e médica, e seu expressivo trabalho apostólico, foi beatificada pela Igreja e esperava-se o milagre de Deus, realizado por sua intercessão, para a canonização. Também Elizabete, no Brasil, estava disposta a dar a vida para não abortar sua filhinha em formação no seu ventre, mas suas três outras crianças ainda pequenas vinham-lhe à mente, preocupando-se em deixá-las órfãs.






Momento cruciante foi quando, no leito do hospital, sua filhinha de sete anos, lhe telefona para dizer: "mamãe, o nenê já morreu?" -"Não, filhinha, o nenê está bem". Continua a filha: "Mamãe, ouvi a médica dizer para a vovó que se o nenê não morrer, quem vai morrer é a senhora". A palavra de sua inocente criatura veio mais uma vez cortar-lhe o coração, contudo, não se abalou sua fé e nem muito menos a convicção de que não deveria provocar a morte do bebê.






Diante da semelhança dos casos de Elizabete e Giana, vendo a aflição e a fé inabalável daquela mãe francana, o Bispo dobra seus joelhos diante de Jesus Sacramentado, e pede a intervenção divina, por meio de Giana Beretta Mola. Apesar de toda a insistência e mesmo pressão por parte de médicos e outras pessoas, Elizabete permanece firme em seu propósito de não interromper a gravidez, confiando totalmente na bondade e no poder de Deus.






Alcançou a graça.




Contra todos os prognósticos da ciência, nasce perfeita a criança em tempo certo dos nove meses de gravidez e a mãe prossegue sua vida, sem nenhuma seqüela. Batizou a linda menininha com o nome de Giana, a testemunha viva do amor de Deus e da intercessão dos santos. Tal fato foi rigorosamente examinado pela medicina no Brasil e na Europa e, constatada a ausência de qualquer explicação científica, a Congregação das Causas dos Santos, em Roma, definiu a canonização da médica, da cidade de Lucca, celebrada, então, pelo Papa João Paulo II.






A pequena Giana brasileira está hoje desenvolvida, expandindo saúde e alegria, como expressão eloqüente da vitória da vida contra a morte. O milagre existe. Creiam ou não. Não aceitar esta verdade seria uma agressão à inteligência humana, por causa da evidência dos fatos. Alguns detalhes só se explicam mesmo pela fé.






É interessante recordar que a Dra. Giana Beretta Mola, motivada pelo seu irmão sacerdote, missionário no Brasil, tinha grande desejo de vir também ela para nosso País e exercer a medicina em favor dos mais necessitados. Para isso se preparou e estudou português por sete anos. O que não pode realizar em vida, o bondoso Pai do céu lhe está permitindo fazer após sua entrada na eternidade.




Acrescente-se ainda o fato de ser Carlos, o marido de Elizabete, um convertido que deixou o mundo das drogas e também foi curado de doença considerada incurável, após fervorosas orações e súplicas ao bondoso Deus. Tudo isto significou para Carlos e Elizabete o compromisso de se transformarem em missionários da vida e do amor de Deus, indo pelo Brasil e pelo mundo, apresentando a veracidade dos fatos, comprovando que entre ciência e fé há uma relação estabelecida pelo Criador, em favor da dignidade da pessoa humana, criada à sua imagem e semelhança.






Dom Gil Antônio MoreiraBispo Diocesano de Jundiaí/SP




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quarta-feira, 1 de julho de 2009

PODE SEU CASAMENTO SER SALVO?

Segue abaixo a correção referente ao texto publicado no Site Veritatis Splendour e copiado em nosso blog.
Abraços
João Batista
Emerson deixou um novo comentário sobre a sua postagem "PODE SEU CASAMENTO SER SALVO?":
Irmãos, eu sou o Emerson, do Veritatis, que postou este artigo. Ele não foi todo escrito por mim mas coletado de várias fontes, inclusive o Catecismo. Só peço, por favor, que IGNOREM a parte que diz "O adultério é a única razão permitida pela lei de Deus para haver divórcio e novo casamento. Mas, que dizer da separação dos cônjuges, quando não houve adultério e quando não se pensa em divórcio?"Retirem esta parte pois eu NÃO PERCEBI esse erro. NÃO É O QUE A IGREJA ENSINA. Peço sua compreensão e não é justo jogar um cesto de maças boas por uma podre. Obrigado.
Maite Tosta deixou um novo comentário sobre a sua postagem "PODE SEU CASAMENTO SER SALVO?": Comunicamos que o texto intitulado "PODE SEU CASAMENTO SER SALVO?" publicado recentemente no Veritatis Splendor, e que comportava o grave erro de aduzir que o adultério poderia legitimar o divórcio, não expressa a opinião do Veritatis Splendor nem a verdadeira Doutrina da Igreja. Com a Igreja, o Veritatis Splendor sempre proclamou a indissolubilidade do matrimônio, como se pode ver em vários artigos publicados no site. O que se deu nesse texto foi uma falha humana, devido a um erro de tradução do seu autor que não fora percebido. O texto, contudo, já foi retirado do ar, assim que um dos membros percebeu o erro.Atenciosamente,Apostolado Veritatis Splendor.
O texto abaixo é longo, mas de uma riqueza admirável para nossos matrimônios. Aos casais que se encontram em dificuldades, e mesmo aos que estão bem, convido a lerem esse artigo e a praticarem.




O mundo de hoje nos leva a um exagerado egoísmo, feminismo e machismo. A proposta da Igreja é simples, basta segui-la, sem preconceitos e tudo dará certo. Convido-o a esse desafio: salve seu casamento, sua família por meio desses simples ensinamentos. E divulgue àqueles que você sabe que hoje precisam.




Hoje tantos casais buscam terapeutas... nada contra os bons profissionais da psicologia, principalmente os cristãos... mas seguir algumas regras do Catolicismo facilitaria a vida de todos. Tente, não custa nada, e a recompensa será ETERNA!!!!




Abraços,


João Batista




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PODE SEU CASAMENTO SER SALVO?

Por Emerson de Oliveira





É um fato infeliz, mas os casamentos de mais de um milhão de pessoas se rompem cada ano pelo divórcio, só nos Estados Unidos. Isto significa aproximadamente um divórcio cada minuto, em média!



É lamentável que tantas pessoas que esperavam encontrar felicidade no casamento acharam exatamente o oposto. Certo conselheiro matrimonial, nos Estados Unidos, observou a respeito dos que se casam hoje em dia: "Uma quarta parte deles acabará no tribunal de divórcio, ao passo que outra quarta parte manterá seu casamento legalmente intato, por diversas razões, tirando, porém, pouca satisfação dele."



Torna-se bastante claro, que o casamento de milhões de pessoas precisa de ajuda. Pode ser que o seu próprio casamento esteja em dificuldades. O que poderá fazer para fortalecê-lo? Como poderá alcançar a felicidade que originalmente esperava ter no matrimônio?



PROCURE AJUDA DA FONTE CERTA



O homem e a mulher se combinam maravilhosamente. São inerentemente preparados para viverem juntos como marido e mulher. No entanto, muitos casamentos fracassam. Por quê? Porque desconhecem um requisito importante.



Um requisito básico para o genuíno bom êxito no casamento é o de consultar regularmente o conselho de seu Originador, o Criador do homem, Deus. Ele proveu na sua Palavra escrita, a Bíblia, o conselho que, se aplicado por ambos os cônjuges, certamente assegurará a felicidade do seu casamento. Também forneceu a Igreja que, por seu Magistério e moral, insta para que o Matrimônio também seja santo, pois é um sacramento.





O Catecismo diz:
1601 - "A aliança matrimonial, pela qual o homem e a mulher constituem entre si uma comunhão da vida toda, é ordenada por sua índole natural ao bem dos cônjuges e à geração e educação da prole, e foi elevada, entre os batizados, à dignidade de sacramento por Cristo Senhor".



1602 - A sagrada Escritura abre-se com a criação do homem e da mulher à imagem e semelhança de Deus se fecha-se com a visão das "núpcias do Cordeiro" (cf. Ap 19,7). De um extremo a outro, a Escritura fala do casamento e de seu "mistério", de sua instituição e do sentido que lhe foi dado por Deus, de sua origem e de seu fim, de suas diversas realizações ao longo de história da salvação, de suas dificuldades provenientes do pecado e de sua renovação "no Senhor" (1Cor 7,39), na no aliança de Cristo e da Igreja.



Não se trata de simples teoria, nem de uma asserção frívola, sem base. Trata-se dum fato. Quando as pessoas realmente se esforçam a cultivar no seu matrimônio as qualidades recomendadas pela Bíblia e pela Igreja católica, ocorrem notáveis melhoras. Está disposto a fazer um esforço sério para salvar seu matrimônio, por aceitar o conselho do principal conselheiro matrimonial, Deus?





QUANDO HÁ SÉRIAS DIFICULDADES



Talvez pense que seu casamento já está além de ajuda, que os problemas são sérios demais. Seu marido talvez seja beberrão. Às vezes talvez abuse até mesmo fisicamente de sua pessoa e expresse muito desrespeito para com Deus e sua Palavra. O que se pode fazer em tal caso?



A situação não é desesperadora. Houve casos, no primeiro século, em que maridos não tinham nenhum respeito pelos princípios cristãos. Observe o conselho divino dado às esposas cristãs confrontadas com tal situação: "Vós, esposas, estai sujeitas aos vossos próprios maridos, a fim de que, se alguns não forem obedientes à palavra, sejam ganhos sem palavra, por intermédio da conduta de suas esposas, por terem sido testemunhas oculares de sua conduta casta, junto com profundo respeito." — 1 Ped. 3.1, 2; Tito 2.4, 5.



Este conselho mostrou vez após vez ser proveitoso. As esposas cristãs, ao demonstrarem conduta casta e profundo respeito, muitas vezes conseguiram salvar seu matrimônio, transformando-o numa união feliz. Talvez pergunte: "Mas como se pode ter respeito por um homem que se embriaga e que desrespeita a Deus?"



É verdade que não é fácil. Naturalmente, não pode aprovar a embriaguez ou outra conduta ímpia. Mas poderá esforçar-se para aumentar seu respeito pelo cargo de seu marido ou pela sua posição como chefe da família.



O Catecismo também enumera:



1606
- Todo homem sofre a experiência do mal, à sua volta e em si mesmo. Esta experiência também se faz sentir nas relações entre o homem e a mulher. Sua união sempre foi ameaçada pela discórdia, pelo espírito de dominação, pela infidelidade, pelo ciúme e por conflitos que podem chegar ao ódio e à ruptura. Essa desordem pode manifestar-se de maneira mais ou menos grave, e pode ser mais ou menos superada, segundo as culturas, as épocas, os indivíduos. Tais dificuldades, no entanto parecem ter um caráter universal.



Também, embora possa ter descoberto, a seu respeito, coisas desagradáveis como pessoa, desde que se casou com ele, sem dúvida, procurando-os, poderá achar novos aspectos de sua personalidade que considera desejáveis. Também, não poderá continuar a desenvolver o amor e o respeito pelas coisas do seu marido, que inicialmente estimularam seu amor por ele, se ainda possuir estas mesmas qualidades, bem como pelas boas coisas que descobriu desde então? Há algo que possa fazer pessoalmente para salientar as boas qualidades dele e reduzir ao mínimo as suas indesejáveis?



Algumas esposas pensaram seriamente nestes assuntos. E cultivaram também a qualidade cristã da perseverança, permanecendo castas e respeitosas durante anos de maus tratos por parte dos maridos que se opunham ao seu proceder cristão. O resultado foi às vezes totalmente emocionante.



Há muitos exemplos de esposas que, por meio de sua conduta casta e profundo respeito, ganharam seus maridos para o cristianismo. Embora isso possa levar anos, quão felizes se sentem estas esposas, de que não desistiram, nem abandonaram seus maridos! Pode-se obter verdadeira bênção em resultado da perseverança.



EVITAR A SEPARAÇÃO E O DIVÓRCIO



É verdade que Deus fez a concessão de divórcio na sua lei. Mas esta lei não admite muitas razões para se romper a união marital por meio do divórcio. O Filho de Deus, Jesus, disse: "Eu vos digo que todo aquele que se divorciar de sua esposa exceto em razão de fornicação [ou adultério], e se casar com outra, comete adultério." (Mat. 19.9) Assim, o divórcio bíblico é limitado.



O Catecismo reza:



1610 - A consciência moral concernente à unidade e à indissolubilidade do Matrimônio desenvolveu-se sob a pedagogia da lei antiga. A poligamia dos patriarcas e dos reis ainda não fora explicitamente rejeitada. Entretanto, a lei dada a Moisés visava proteger a mulher contra o arbítrio é a dominação pelo homem, apesar de também trazer, segundo a palavra do Senhor, os traços da "dureza do coração" do homem, em razão da qual Moisés permitiu o repúdio da mulher.



O adultério é a única razão permitida pela lei de Deus para haver divórcio e novo casamento. Mas, que dizer da separação dos cônjuges, quando não houve adultério e quando não se pensa em divórcio? O que diz a Palavra de Deus sobre este assunto?



Esta questão surgiu na igreja coríntia do primeiro século, e Deus inspirou o seguinte conselho: "A esposa não se afaste de seu marido, mas, se ela realmente se afastar, que permaneça sem se casar, ou, senão, que se reconcilie novamente com seu marido; e o marido não deve deixar a esposa." (1 Cor. 7.10, 11) Assim, embora se reconheça que nem todos os casais se manterão unidos, a Bíblia mostra que os casais cristãos devem fazer todo o possível para resolver as diferenças que possam surgir, e não devem separar-se.



A razoabilidade disso é evidente, pois, quando ambos os cônjuges professam ser cristãos dedicados, têm a obrigação de cumprir a vontade de Deus, e a vontade de Deus para casais cristãos é que `se apeguem um ao outro' e não rompam a união marital. (Gên. 2.24; Mat. 19.4-6) Realmente, na vida dos maridos e das esposas cristãos não devia surgir nenhum problema que não possa ser resolvido com a aplicação da sabedoria da parte de Deus e por mostrarem verdadeiro amor um ao outro.



Mas, qual é a situação quando um dos cônjuges é cristão dedicado e o outro é incrédulo? Neste caso, a Bíblia aconselha: "Se algum irmão tiver esposa incrédula, e ela, contudo, estiver disposta a morar com ele, que ele não a deixe; e a mulher que tiver marido incrédulo, e ele, contudo, estiver disposto a morar com ela, não deixe seu marido. . . . Mas, se o incrédulo passar a afastar-se, deixe-o afastar-se; o irmão ou a irmã não está em servidão em tais circunstâncias, mas Deus vos chamou à paz." — 1 Cor. 7.12-15.



As Escrituras, portanto, dão ênfase primária a não se romper a união marital. Caso se rompa, o cristão deve esforçar-se a não ser ele quem causa o rompimento. No entanto, se o incrédulo se afastar, o cristão deve deixá-lo afastar-se.



Há uma decidida vantagem de se permanecer com o cônjuge, mesmo que seja um incrédulo. Em primeiro lugar, há a possibilidade de que o cristão possa ganhar seu cônjuge para o cristianismo. Por certo, o incrédulo goza de uma posição vantajosa, pois está em contato com o verdadeiro cristianismo por estar com o crente. — 1 Cor. 7.16.



Depois, também, caso se separem sem ter havido adultério como base para a separação, não estaria biblicamente livre para se casar de novo ou para ter relações sexuais com outra pessoa, mesmo que obtivesse um divórcio. Pense na pressão que tal separação pode exercer sobre a sua pessoa. Que diria se resultasse em cair na imoralidade? Quão triste isso seria!



Outro fator importante a considerar são os filhos, se os tiver. Bastarão o cuidado e o amor de apenas um dos pais? Poderá cuidar da situação do ponto de vista financeiro, bem como em outro sentido?



É verdade que, se a situação for extremamente séria, talvez decida recorrer à separação. Mas este passo deve ser dado apenas como último recurso, depois de todos os outros esforços para sanar a situação se terem esgotado e depois de consideração feita com oração.





ESFORÇO PARA PRESERVAR SEU MATRIMÔNIO



Por outro lado, é muito melhor se puder resolver seus problemas e aprender a usufruir o companheirismo mútuo. Isto poderá conseguir se ambos realmente quiserem preservar o matrimônio e se recorrerem à Palavra de Deus para obter ajuda nisso.



Cada cônjuge precisa reconhecer que há uma razão fundamental por que o casamento está em dificuldades. Isto se dá porque quer um quer o outro dos cônjuges, ou ambos, não aplicam os princípios bíblicos. Em alguma parte, estes princípios vitais estão sendo postos de lado, desconsiderados e são substituídos pelas inclinações pessoais. Portanto, para salvar o matrimônio, precisa-se corrigir esta situação.



Por exemplo, o problema talvez seja que não se aplica o princípio bíblico da chefia e do amor. A Bíblia diz: "As esposas estejam sujeitas aos seus maridos como ao Senhor, porque o marido é cabeça de sua esposa, assim como também o Cristo é cabeça da Igreja . . . os maridos devem estar amando as suas esposas como aos seus próprios corpos." — Efé. 5.22, 23, 28.



Ser o marido cabeça de sua esposa significa que lhe cabe a responsabilidade principal das decisões sobre assuntos de família. Assim, pode surgir o caso em que seu marido decida mudar-se com a família para outro lugar. Como esposa, talvez se dê conta de que isto criará problemas; mas, se aplicar aquilo que a Bíblia ensina sobre a chefia, cederá ao desejo de seu marido, pois ele tem o direito de decidir tais questões.



Diz o Catecismo:



1617 - Toda a vida cristã traz a marca do amor esponsal de Cristo e da Igreja. Já o Batismo, entrada no Povo de Deus, é um mistério nupcial: é, por assim dizer, o banho das núpcias que precede o banquete de núpcias, a Eucaristia. O Matrimônio cristão se torna, por sua vez, sinal eficaz, sacramento da aliança de Cristo e da Igreja. O Matrimônio entre batizados é um verdadeiro sacramento da nova aliança, pois significa e comunica a graça.



Por outro lado, como marido que aplica o princípio bíblico de `amar a esposa como a si mesmo', falará com a esposa sobre o assunto de se mudar antes de tomar a sua decisão. Saberá o que ela pensa sobre isso e obterá sugestões, e tome estas em consideração. Mas, como marido, cabe-lhe a decisão final, e esta decisão deve ser respeitada e apoiada pela esposa cristã.



Portanto, embora em algumas famílias o desagrado com a moradia possa tornar-se tão sério que cria o desejo de resolver o problema por uma separação, tais problemas podem ser evitados inteiramente com a aplicação dos princípios bíblicos. Isto dá realmente bons resultados! Quando os casais estão dispostos a harmonizar a sua vida com a Palavra de Deus, seu casamento pode realmente ser feliz.





MOSTRAR INTERESSE MÚTUO



Um princípio bíblico cuja aplicação no casamento é vital para os casais é o de mostrarem interesse amoroso um no outro. "Que cada um persista em buscar, não a sua própria vantagem, mas a da outra pessoa", é o incentivo que a Bíblia dá. (1 Cor. 10.24; Fil. 2.4) Muitos casamentos se salvaram quando o marido e a mulher se esforçaram em aplicar isto.



Quando se cortejavam antes de se casarem, cada um se esforçava a cultivar interesse naquilo de que o outro gostava, não é verdade? Sem dúvida, este foi um dos fatores que lhe agradaram no outro. Então, por que não continuar tal prática? Naturalmente, talvez não se interesse em algumas das atividades de que seu marido gosta. Ele talvez não seja crente cristão, e assim talvez não tenha o interesse no estudo bíblico que a esposa tem. Não obstante, fará bem em cultivar interesse em certas de suas atividades, por causa do casamento. É difícil fazer aumentar o amor quando o marido e a esposa não fazem as coisas juntos.



Portanto, quando não está envolvida nenhuma violação dum princípio ou duma questão bíblica, o cônjuge crente fará bem em dominar os desejos pessoais e em gastar algum tempo fazendo aquilo que o incrédulo quer, demonstrando assim razoabilidade cristã. Tal proceder é amoroso e pode induzir o incrédulo a investigar a fé que resulta em tal consideração para com o cônjuge.



Recentemente, uma esposa cristã, que tinha sérias dificuldades matrimoniais, admitiu a sua falha neste sentido: "Errei em não considerar os desejos de meu marido", explicou ela. "Não cultivei nenhum interesse nas coisas que agradavam a ele. Ele gostava de jogar boliche, ir caçar, assistir a jogos de basebol e assim por diante. Embora há anos atrás ele costumava convidar-me, nunca fui."



Esta senhora aceitou a exortação de participar em algumas das atividades de seu marido. Toda feliz, ela escreveu: "Eu lhe disse que tinha estado errada em muitos casos, e que ia tentar agir melhor. Disse-lhe que gostaria de ir jogar boliche um dia por semana, possivelmente no sábado à tarde, se ele quisesse. Poucos dias depois, convidei-o ao nosso estudo bíblico, e fiquei muito surpreendida quando ele aceitou. Meu coração se sentiu muito compadecido dele quando ele disse que ia porque queria aprender a fazer o que era direito."



Também o marido cristão deve esforçar-se a mostrar interesse na sua esposa e nas atividades em que ela se empenha a favor da família. Mesmo que ela não aceite agora o verdadeiro cristianismo, passe tempo com ela, tenha consideração para com ela e a elogie. Mostre-lhe seu interesse. Nunca esteja ocupado demais com outros empenhos que não possa devotar algum tempo a ela e assegurar-lhe seu amor.



Simplesmente estar atento ou em sintonia com os interesses e com as necessidades do outro é vital para um casamento harmonioso. Uma jovem senhora, que deixou de fazer isto, queixou-se de seu marido. "Ele continua a apresentar desculpas para se manter cada vez mais tempo longe de mim.' Consideraram-se com ela os motivos por que o marido talvez agisse assim. Ela admitiu que se interessava agora menos em cuidar de sua aparência pessoal. Ela disse também que a conversa de seu marido a entediava e que tinha pouco interesse em conversar com ele.



Ajudou-se a esposa a compreender a necessidade de mostrar mais interesse no seu marido. Assim, ela começou a estar mais atenta a ele e a se interessar mais no que ele fazia. Fazia questão de preparar-lhe mais vezes a sua comida favorita e de prestar mais atenção a lhe ser fisicamente atraente. O marido correspondeu por estar novamente ansioso de voltar para casa, para estar com sua esposa.



É verdade que talvez seja fácil de ver o que seu cônjuge faz de errado. Mas a esposa cristã devia perguntar-se: "O que posso eu fazer para contribuir para o bom êxito da união? Se o meu marido não volta para casa à noite, mas sai e se embriaga, será que é porque há alguma coisa a respeito do lar à qual não gosta de voltar? Ralho com ele? Digo-lhe sempre o que devia fazer? São os filhos desregrados? Tal análise honesta de si mesma pode ser extremamente reveladora e valiosa.





FALAREM-SE MUTUAMENTE



O intercâmbio de comunicação é um modo evidente, no entanto vital, para os cônjuges demonstrarem interesse amoroso um no outro. Sem dúvida antes de se casar fazia esforço para manter a conversa interessante com a sua futura esposa. Ela evidentemente gostava disso. Portanto, é sábio continuar a fazer este esforço na conversa. Sua esposa gostará disso.



A esposa, por outro lado, deve usar de discrição na conversa. Não cumprimente seu marido com uma barragem de problemas, assim que ele voltar para casa e antes de poder acomodar-se. Pense nas coisas agradáveis de que lhe poderia falar. E quando há problemas a considerar, escolha uma ocasião em que ele tiver melhor disposição para considerá-los. Tal consideração amorosa certamente contribuirá para melhorar as relações maritais.





VANTAGENS USUFRUÍDAS PELOS CRISTÃOS



Os maridos cristãos e as esposas cristãs têm verdadeira vantagem. Em primeiro lugar, podem confiantemente recorrer juntos à Palavra de Deus e aos Sacramentos da Igreja e considerar seus problemas à luz de seu conselho sábio. Também, podem apresentar seus problemas juntos a Deus em oração, pedindo humildemente que os ajude. (Sal. 139.23, 24) Depois de se unirem assim em oração, dificilmente estarão inclinados a tratar-se de modo duro ou frio.



O grande apóstolo do Rosário do século XX, Padre Patrício Peyton, que fez senão propagar através da pregação, do rádio, do cinema e da televisão a devoção do terço, sobretudo em família? Por toda a parte repetia o mote: «Família que reza unida, é família que vive unida».



Por outro lado, se as diferenças forem grandes, os cônjuges cristãos têm uma bela provisão para obter ajuda na Igreja. Ali podem ser consultados os bispos maduros e homens mais maduros que têm o pensamento de Deus quanto às questões maritais, para se obter conselho das Escrituras. Por aplicarem tal conselho, os que têm dificuldades maritais por certo serão beneficiados.



Nenhuma outra instituição defende tanto os valores familiares quanto a Igreja católica. Num mundo onde a subversão e os perigos ao casamento existem, surge como porto seguro as devoções e orações recomendadas pela Igreja. Somente tendo a Cristo como centro da família, um casamento pode existir com perfeição. Fazendo de cada um seu deus particular e retirando a Cristo do eixo familiar, o casamento pode correr por caminhos tortuosos.



Por isto diz o santo Catecismo:



1618 - Cristo é o centro de toda a vida cristã. O vínculo com Ele está em primeiro lugar, na frente de todos os outros vínculos, familiares ou sociais. Desde o começo da Igreja, houve homens e mulheres que renunciaram ao grande bem do Matrimônio para seguir o Cordeiro onde quer que fosse, para ocupar-se com as coisas do Senhor, para procurar agradar- lhe, para ir ao encontro do Esposo que vem. O próprio Cristo convidou alguns para segui-lo neste modo de vida, cujo modelo continua sendo ele mesmo:



Há eunucos que nasceram assim do ventre materno. E há eunucos que foram feitos eunucos pelos homens. E há eunucos que se fizeram eunucos por causa do Reino dos Céus. Quem tiver capacidade para compreender compreenda! (Mt 19,12).



Assim, se agora tiver dificuldades maritais, não fique desanimado. Poderá fazer muito para melhorar a situação. E lembre-se de que, se o marido e a esposa realmente quiserem preservar seu casamento, e se recorrerem à Palavra de Deus, às orações e aos conselhos da Igreja em busca de ajuda para isso, seu casamento pode ser salvo.



Um requisito básico para o bom êxito no matrimônio é consultar regulamente o conselho do seu Originador, Deus, conforme se encontra na Bíblia.



Fiquemos mais uma vez com o Catecismo:



1642 - Cristo é a fonte desta graça. "Como outrora Deus tomou a iniciativa do pacto de amor e fidelidade com seu povo, assim agora o Salvador dos homens, Esposo da Igreja, vem ao encontro dos cônjuges cristãos pelo sacramento do Matrimônio". Permanece com eles, concede-lhes a força de segui-lo levando sua cruz e de levantar-se depois da queda, perdoar-se mutuamente, carregar o fardo uns dos outros, "submeter-se uns aos outros no temor de Cristo" (Ef 5,21) e amar-se com um amor sobrenatural, delicado e fecundo. Nas alegrias de seu amor e de sua vida familiar, Ele lhes dá, aqui na terra, um antegozo do festim de núpcias do Cordeiro.



Todos os artigos disponíveis neste sítio são de livre cópia e difusão deste que sempre sejam citados a fonte e o(s) autor(es).




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Para citar este artigo:
OLIVEIRA, Emerson de. Apostolado Veritatis Splendor: PODE SEU CASAMENTO SER SALVO?. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/5755. Desde 01/07/2009.

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