Agora são Horas e Minutos - Este blog está sendo encerrado! Pesquise os temas que tiver interesse ainda aqui mas visite-nos no novo blog: catolicosomos.blogspot.com, esperamos por você lá! Todas as publicações serão aos poucos transferidas para o novo blog.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Resumo da Vida Católica (19)

PECADOS CONTRA O ESPÍRITO SANTO[1]


Não há limites para a misericórdia de Deus, porém que se nega deliberadamente a acolher a misericórdia de Deus mediante o arrependimento rejeita o perdão de seus pecados e a salvação oferecida pelo Espírito Santo. Semelhante endurecimento pode conduzir à condenação final e à perdição eterna.

"Aquele que blasfema contra o Espírito Santo não terá perdão nunca; ao contrário, será réu de pecado eterno" (Marcos 3,29; cf. Mateus 12,32; Lucas 12,10).

Tradicionalmente, são os seguintes:

1. Desesperar-se da misericórdia de Deus.
2. Presunção de se salvar sem nenhum mérito.
3. Impugnar as verdades da religião.
4. Invejar as graças concedidas por Deus a outros.
5. Obstinar-se nos próprios pecados.
6. Impenitência final.

-----
Nota:
[1] Cf. Catec. Igr. Cat. § 186

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Resumo da Vida Católica (18)

PECADOS MORTAIS E VENIAIS[1]

O pecado é "uma palavra, um ato ou um desejo contrários à lei eterna". É uma ofensa a Deus. Se levanta contra Deus mediante uma desobediência, contrária à obediência de Cristo.

Fazer deliberadamente, isto é, sabendo e querendo, uma coisa gravemente contrária à lei divina e ao fim último do homem, é cometer um pecado mortal. Este nos destrói a caridade, sem a qual a bem-aventurança eterna é impossível. Sem arrependimento, tal pecado conduz à morte eterna.

"O pecado mortal destrói a caridade no homem por uma infração grave da lei de Deus; afasta o homem de Deus, que é seu último fim e bem-aventurança, preferindo um bem interior. Para que um pecado seja mortal, requer-se três condições:

1. Matéria grave

É definida pela lei divina (os Dez Mandamentos) e o fim último do homem.


2. Pleno conhecimento

É o conhecimento do caráter pecaminoso do ato, de sua oposição à lei de Deus (...) A ignorância involuntária pode reduzir, se não excusar, a imputabilidade de uma falta grave, porém não se supõe que alguém ignore os princípios da lei moral que estão inscritos na consciência de cada homem".


3. Consentimento deliberado

Implica um consentimento suficientemente deliberado para ser uma escolha pessoal (...) Os impulsos da sensibilidade e as paixões podem igualmente reduzir o caráter voluntário e livre da falta, da mesma forma que as pressões exteriores e os transtornos psicológicos. O pecado mais grave é o que se comete por malícia, por escolha deliberada do mal".

.
Comete-se um pecado venial quando não se observa, em uma matéria leve, a medida prescrita pela lei moral ou quando se desobedece a lei moral em matéria grave, mas sem pleno consentimento ou sem inteiro consentimento.

-----
Nota:
[1] Cf. Catec. Igr. Cat. §§ 1857; 1862;1871; 1874-1875.

Por que o celibato do sacerdote?



Jesus Cristo é o verdadeiro sacerdote e foi celibatário; então, a Igreja vê n'Ele o modelo do verdadeiro sacerdote que, pelo celibato, se conforma ao grande Sacerdote.
Jesus deixou claro a Sua aprovação e recomendação ao celibato para os sacerdotes, quando disse: “Porque há eunucos que o são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados tais pelas mãos dos homens e há eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do Reino dos céus. Quem puder compreender, compreenda” (Mateus 19,12).
.
Nisso Cristo está dizendo que os sacerdotes devem assumir o celibato, como Ele o fez, “por amor ao Reino de Deus”. O sacerdote deve ficar livre dos pesados encargos de manter uma família, educar filhos, trabalhar para manter o lar; podendo assim dedicar-se totalmente ao Reino de Deus. É por isso que, desde o ano 306, no Concílio de Elvira, na Espanha, o celibato se estendeu por todo o Ocidente, até que em 1123 o Concílio universal de Latrão I o tornou obrigatório.
.
É preciso dizer que a Igreja não impõe o celibato a ninguém; ele deve ser assumido livremente e com alegria por aqueles que têm essa vocação especial de se entregar totalmente ao serviço de Deus e da Igreja. É uma graça especial que o Senhor concede aos chamados ao sacerdócio e à vida religiosa. Assim, o celibato é um sinal claro da verdadeira vocação sacerdotal.
.
No início do Cristianismo a grandeza do celibato sacerdotal ainda não era possível; por isso São Paulo escreve a Timóteo, que o grande Apóstolo colocou como bispo de Éfeso, dizendo: “O epíscopo ou presbítero deve ser esposo de uma só mulher” (1Tm 3, 2). Estaria, por isso, o padre hoje obrigado a se casar? Não.
.
O Apóstolo dos gentios tinha em vista uma comunidade situada em Éfeso, cujos membros se converteram em idade adulta, muitos deles já casados. Dentre esses o Apóstolo deseja que sejam escolhidos para o sacerdócio homens casados (evitando os viúvos recasados).
.
Já no ano 56, São Paulo, que optou pelo celibato, escrevia aos fiéis de Corinto (cf. 1Cor 7,25-35) enfatizando o valor do celibato: “Aos solteiros e às viúvas digo que lhes é bom se permanecessem como eu. Mas se não podem guardar a continência que se casem” (1Cor 7,8). “Não estás ligado a uma mulher? Não procures mulher”. São Paulo se refere às preocupações ligadas ao casamento (orçamento, salário, educação dos filhos...).
.
E enfatiza:
“Quem não tem esposa, cuida das coisas do Senhor e do modo de agradar à esposa, e fica dividido. Da mesma forma a mulher não casada e a virgem cuidam das coisas do Senhor, a fim de serem santas de corpo e de espírito. Mas a mulher casada cuida das coisas do mundo; procura como agradar ao marido”. “Procede bem aquele que casa sua virgem; aquele que não a casa, procede melhor ainda” (1Cor 7, 38). A virgindade consagrada e o celibato não tinham valor nem para o judeu nem para o pagão. Eles brotam da consciência de que o Reino já chegou com Jesus Cristo.
.
O último Sínodo dos Bispos sobre a Eucaristia confirmou o celibato e o Papa Bento XVI expressou isso na Exortação Apostólica pos-sinodal “Sacramentum Caritatis”, de 22 fev 2007. Disse o Sumo Pontífice:

“Os padres sinodais quiseram sublinhar como o sacerdócio ministerial requer, através da ordenação, a plena configuração a Cristo... é necessário reiterar o sentido profundo do celibato sacerdotal, justamente considerado uma riqueza inestimável e confirmado também pela prática oriental de escolher os bispos apenas de entre aqueles que vivem no celibato (...)
.
Com efeito, nesta opção do sacerdote encontram expressão peculiar a dedicação que o conforma a Cristo e a oferta exclusiva de si mesmo pelo Reino de Deus. O fato de o próprio Cristo, eterno sacerdote, ter vivido a sua missão até ao sacrifício da cruz no estado de virgindade constitui o ponto seguro de referência para perceber o sentido da tradição da Igreja Latina a tal respeito.
.
Assim, não é suficiente compreender o celibato sacerdotal em termos meramente funcionais; na realidade, constitui uma especial conformação ao estilo de vida do próprio Cristo. Antes de mais, semelhante opção é esponsal: a identificação com o coração de Cristo Esposo que dá a vida pela sua Esposa.
.
Em sintonia com a grande tradição eclesial, com o Concílio Vaticano II e com os Sumos Pontífices meus predecessores, corroboro a beleza e a importância duma vida sacerdotal vivida no celibato como sinal expressivo de dedicação total e exclusiva a Cristo, à Igreja e ao Reino de Deus, e, consequentemente, confirmo a sua obrigatoriedade para a tradição latina. O celibato sacerdotal, vivido com maturidade, alegria e dedicação, é uma bênção enorme para a Igreja e para a própria sociedade” (n.24).


.
O Mahatma Ghandi, hindu, tin
ha grande apreço pelo celibato. Ele disse: “Não tenham receio de que o celibato leve à extinção da raça humana. O resultado mais lógico será a transferência da nossa humanidade para um plano mais alto... “Vocês erram não reconhecendo o valor do celibato: eu penso que é exatamente graças ao celibato dos seus sacerdotes que a Igreja católica romana continua sempre vigorosa” (Tomás Tochi, “Gandhi, mensagem para hoje”, Ed. Mundo 3, SP, pp. 105ss,1974).

.
Alguns querem culpar o celibato pelos erros de uma minoria de padres que se desviam do caminho de Deus. A queda desses padres no pecado não é por culpa do celibato, e sim por falta de vocação, oração, zelo apostólico, mortificação, etc; tanto assim que a maioria vive na castidade e por uma longa vida. Quantos e quantos padres e bispos vivendo em paz e já com seus cabelos brancos!

.
O casamento poderia trazer muitas dificuldades aos sacerdotes. Não nos iludamos, casados, eles teriam todos os problemas que os leigos têm, quando se casam. O primeiro é encontrar, antes do diaconato, uma mulher cristã exemplar que aceite as muitas limitações que qualquer sacerdote tem em seu ministério. Essa mulher e mãe teria de ficar muito tempo sozinha com os filhos. Depois, os padres casados teriam de trabalhar e ter uma profissão, como os pastores protestantes, para manter a família. Quantos filhos teriam? Certamente não todos que talvez desejassem. Teriam certamente que fazer o controle da natalidade pelo método natural Billings, que exige disciplina. A esposa aceitaria isso?

.
Além disso, podemos imaginar como seria nocivo para a Igreja e para os fiéis o contratestemunho de um padre que por ventura se tornasse infiel à esposa e mãe dos seus filhos! Mais ainda, na vida conjugal não há segredos entre marido e mulher. Será que os fiéis teriam a necessária confiança no absoluto sigilo das confissões e aconselhamentos com o padre casado? Você já pensou se um dos filhos do padre entrasse pelos descaminhos da violência, da bebedeira, das drogas e do sexo prematuro, com o possível engravidamento da namorada?

Tudo isso, mas principalmente a sua conformação a Jesus Cristo, dedicado total e exclusivamente ao Reino de Deus, valoriza o celibato sacerdotal.





Prof. Felipe Aquino





Fonte: Canção Nova

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Resumo da Vida Católica (17)

OS SETE SACRAMENTOS DA IGREJA


Os sacramentos são sinais eficazes da graça, instituídos por Cristo e confiados à Igreja, pelos quais nos é dispensada a vida divina. Frutificam naqueles que os recebem com as disposições requeridas. Os ritos visíveis sob os quais os sacramentos são celebrados significam e realizam as graças próprias de cada sacramento[1].



Batismo[2]

Nos faz nascer para a vida divina: nos torna herdeiros do céu.

O fruto do Batismo, ou graça batismal, é uma realidade rica que compreende:

  1. O perdão do pecado original e de todos os pecados pessoais.
  2. O nascimento para a vida nova, pela qual o homem é feito filho adotivo do Pai, membro de Cristo, templo do Espírito Santo.
  3. A incorporação à Igreja, Corpo de Cristo, e a participação no sacerdócio de Cristo.


Confirmação[3]



Fortalece e adiciona à vida divina: nos converte em soldados de Cristo.

A Confirmação aperfeiçoa a graça batismal; é o sacramento que dá o Espírito Santo para:

  1. Nos enraizar mais profundamente na filiação divina.
  2. Nos incorporar mais firmemente em Cristo.
  3. Tornar mais sólido o nosso vínculo com a Igreja, associando-nos mais à sua missão.
  4. Nos ajudar a dar testemunho da fé cristã pela palavra acompanhada pelas obras.


Eucaristia[4]



Alimenta a vida divina.

A Eucaristia é o memorial da Páscoa de Cristo, isto é, da obra da salvação realizada pela vida, morte e ressurreição de Cristo, obra que se torna presente pela ação litúrgica.

Pela consagração se realiza a transubstanciação do pão e do vinho no Corpo e Sangue de Cristo. Sob as espécies consagradas do pão e do vinho, o próprio Cristo, vivo e glorioso, encontra-se presente de maneira verdadeira, real e substancial, com seu Corpo, seu Sangue, sua alma e sua divindade.

A Comunhão do Corpo e Sangue de Cristo:

  1. Acrescenta a união do comungante com o Senhor.
  2. Lhe perdoa os pecados veniais e o preserva dos pecados graves.
  3. Visto que os laços de caridade entre o comungante e Cristo são reforçados, a recepção deste sacramento fortalece a unidade da Igreja, corpo místico de Cristo.


Reconciliação ou Penitência[5]

Nos devolve a vida divina perdida pelo pecado.

A confissão individual e integral dos pecados graves seguida da absolvição é o único meio ordinário para a reconciliação com Deus e com a Igreja.

Os efeitos espirituais deste sacramento são:

  1. A reconciliação com Deus, pelo que o penitente recupera a graça.
  2. A reconciliação com a Igreja.
  3. A remissão da pena eterna contraída pelos pecados mortais.
  4. A remissão, ao menos em parte, das penas temporais, conseqüência do pecado.
  5. A paz e a serenidade de consciência e o consolo espiritual.
  6. O aumento das forças espirituais para o combate cristão.


Unção dos Enfermos[6]

Mantém a vida divina nos sofrimentos oriundos de enfermidade grave ou velhice.

A graça especial do sacramento da Unção dos Enfermos tem como efeitos:

  1. A união do enfermo à Paixão de Cristo, para seu bem e o de toda a Igreja.
  2. O consolo, a paz e o ânimo para suportar cristãmente os sofrimentos da enfermidade ou da velhice.
  3. O perdão dos pecados se o enfermo não pôde obtê-lo pelo sacramento da Penitência.
  4. O restabelecimento da saúde corporal, se convier à saúde espiritual.
  5. A preparação para a passagem para a vida eterna.


Ordem[7]

Perpetua os ministros que transmitem a vida divina.

A Ordem é o sacramento pelo qual a missão confirmada por Cristo aos seus Apóstolos continua sendo exercida na Igreja até o fim dos tempos: é, pois, o sacramento do ministério apostólico.

Compreende três graus: o episcopado, o presbiterato e o diaconato.

A Igreja confere o sacramento da Ordem unicamente a homens batizados, cujas aptidões para o exercício do ministério tenham sido devidamente reconhecidas. À autoridade da Igreja corresponde a responsabilidade e o direito de chamar alguém para receber a ordenação.

"Portanto, com o fim de afastar toda dúvida acerca de uma questão de grande importância, que liga a própria constituição divina da Igreja, em virtude do meu ministério de confirmar na Fé aos irmãos (cf. Lucas 22,32), declaro que a Igreja não tem de modo algum a faculdade de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres e que este ditame deve ser considerado como definitivo por todos os fiéis da Igreja"[8].



Matrimônio[9]

Aperfeiçoa o amor humano dos esposos e lhes confere a graça para se santificarem no caminho para a vida divina.

A aliança matrimonial, pela qual um homem e uma mulher contituem uma íntima comunidade de vida e amor, foi fundada e dotada de leis próprias pelo Criador.

Os efeitos do matrimônio são:

  1. Origina entre os cônjuges um vínculo perpétuo e exclusivo, de modo que o matrimônio validamente celebrado e consumado entre batizados não pode jamais ser dissolvido.
  2. Os cônjuges recebem uma graça própria do sacramento, pela qual:
  • Tornam-se consagrados, por um sacramento peculiar, para os deveres e a dignidade de seu estado.
  • Se fortalece sua unidade indissolúvel.
  • Se ajudam mutuamente a santificar-se com a vida matrimonial conjugal e na acolhida e educação dos filhos.


Entre batizados, o matrimônio foi elevado por Cristo Senhor à dignidade de sacramento[10].

-----


Notas:
[1] Cf. Catec. Igr. Cat. § 1131.
[2] Cf. Catec. Igr. Cat. § 1279.
[3] Cf. Catec. Igr. Cat. § 1316.
[4] Cf. Catec. Igr. Cat. §§ 1409; 1413; 1416.
[5] Cf. Catec. Igr. Cat. §§ 1496-1497.
[6] Cf. Catec. Igr. Cat. § 1532.
[7] Cf. Catec. Igr. Cat. §§ 1536; 1598.
[8] João Paulo II, Carta Apostólica, 22 de maio de 1994.
[9] Cf. Catec. Igr. Cat. §§ 1638-1640; 1660..
[10] Cf. Gaudium et Spes (=GS) 48,1; Cód. Dir. Can. 1055,1.


http://www.veritatis.com.br/article/5155


* * *

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

A Igreja e os Homossexuais

Bom dia!
Perante injúrias contra a Igreja, é importante mostrarmos a verdade... era só o que faltava... a Igreja que luta contra a pena de morte, ser acusada de defendê-la contra os homossexuais.
Importante sabera verdade para poder defender nossa Igreja. Deus abomina o pecado, mas ama o pecador. É assim que a Igreja vê os homossexuais. Como mãe, a Igreja nunca deixará de amar seus filhos, independente de seus pecados... mas não pode se calar - é preciso advertir seus filhos contra o erro.
Leia a declaração da Santa Sé.
Abraços !
João Batista
....
Porta-voz esclarece que Santa Sé nunca defendeu pena de morte para homossexuais

VATICANO, 02 Dez. 08 / 06:02 pm (ACI).
O Diretor do Escritório de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, saiu ao passo de alguns informes jornalísticos que tergiversaram recentes declarações do Observador Permanente do Vaticano ante a ONU, Dom Celestino Migliore, e precisou que “ninguém quer defender a pena de morte para os homossexuais”.
.
O sacerdote se referiu a uma entrevista concedida por Dom Migliore à agência francesa I Media. “A entrevista de Dom Migliore, lida integralmente, diz coisas claras e que se compartilham em pleno. Obviamente, ninguém quer defender a pena de morte para os homossexuais, como alguém queria fazer acreditar”, indicou.
.
Os conhecidos princípios de respeito dos direitos fundamentais da pessoa e do rechaço de toda injusta discriminação –que estão sancionados clara e expressamente no próprio Catecismo da Igreja católica– excluem evidentemente não só a pena de morte, mas também todas as legislações penais violentas ou discriminatórias contra os homossexuais”, adicionou.
.
O sacerdote explicou que “aqui se trata de algo mais, não só de ‘descriminalizar a homossexualidade’ – como se tem escrito – mas sim de introduzir uma declaração de valor político que se pode refletir em mecanismos de controle, segundo os quais toda forma –não só legal, mas também relativa à vida de grupos sociais ou religiosos– que não ponha exatamente no mesmo plano toda orientação sexual, pode ser considerada contrária ao respeito dos direitos do homem”.
.
“Isso pode tornar-se claramente instrumento de pressão ou discriminação em relação com aquele que – só por exemplo muito claro – considera o matrimônio entre um homem e uma mulher, como a forma fundamental e originária da vida social e como tal se deve privilegiar. Não por nada, menos de 50 estados membros das Nações Unidas se aderiram à proposta em questão, enquanto que mais de 150 não se aderiram. A Santa Sé não está sozinha”, indicou.
.
Na entrevista, Dom Migliore se referiu à Declaração Universal dos direitos do Homem e, em particular, à proposta francesa de descriminalização universal da homossexualidade.
Sobre o projeto de introduzir o aborto entre os direitos humanos, o Arcebispo disse que se trata de uma “barbárie moderna” que “leva a desmantelar nossas sociedades”.

Resumo da Vida Católica (16)

SACRAMENTAIS


Os sacramentais não conferem a graça do Espírito Santo da maneira como os sacramentos, porém, pela oração da Igreja, preparam para recebê-la e dispõem a cooperar com ela.

Chamam-se sacramentais os sinais sagrados instituídos pela Igreja, cujo fim é preparar os homens para receber os frutos dos sacramentos e santificar as diversas circunstâncias da vida. Por meio deles, e à imitação de certo modo dos sacramentos, têm significado e são obtidos alguns efeitos, por intercessão da Igreja, principalmente espirituais.

Entre os sacramentais, figuram:

1. As Bênçãos

Toda bênção é louvor a Deus e oração para obter seus dons. Em Cristo, os cristãos são abençoados por Deus Pai "com toda classe de bênçãos espirituais" (Efésios 1,3). Por isso, a Igreja dá a bênção invocando o nome de Jesus e fazendo habitualmente o sinal santo da cruz de Cristo.


2. Os Exorcismos

Quando a Igreja pede publicamente e com autoridade, em nome de Jesus Cristo, que uma pessoa ou um objeto seja protegido contra as armadilhas do maligno e subtraído de seu domínio, fala-se de exorcismo. Jesus o praticou e dele a Igreja obteve o poder e o ofício de exorcizar.
O exorcismo expulsa os demônios ou liberta do domínio demoníaco graças à autoridade espiritual que Jesus confiou à sua igreja. Muito diverso é o caso das enfermidades, sobretudo psíquicas, cujo cuidado pertence à ciência médica.
Portanto, é importante assegurar, antes de se celebrar o exorcismo, que se trata mesmo da presença do maligno e não de uma enfermidade.

http://www.veritatis.com.br/article/5155
* * *

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Resumo da Vida Católica (15)

BEM-AVENTURANÇAS



As bem-aventuranças[1] respondem ao desejo natural de felicidade. Este desejo é de origem divina: Deus o colocou no coração do homem a fim de atraí-lo até Ele, o único que pode satisfazer.


Nos ensinam o fim último a que Deus nos chama: o Reino, a visão de Deus, a participação na natureza divina, a vida eterna, a filiação, o descanso em Deus. Também nos colocam diante das opções decisivas em relação aos bens terrenos e purificam nosso coração para ensinar-nos a amar a Deus sobre todas as coisas.


  1. Bem-aventurados os pobres de espírito porque deles é o Reino dos céus.

  2. Bem-aventurados os mansos porque possuirão a terra por herança.

  3. Bem-aventurados os que choram porque serão consolados.

  4. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque serão saciados.

  5. Bem-aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia.

  6. Bem-aventurados os puros de coração porque verão a Deus.

  7. Bem-aventurados os que buscam a paz porque serão chamados filhos de Deus.

  8. Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça porque deles é o Reino dos céus.

  9. Bem-aventurados sereis quando vos injuriarem, perseguirem e afirmarem com mentira toda espécie de mal contra vós por minha causa. Alegrai-vos e regozijai-vos porque vossa recompensa será grande nos céus.

    -----


Nota:
[1] Cf. Catec. Igr. Cat. §§ 1716; 1718; 1726; cf. Mateus 5,3-12.



http://www.veritatis.com.br/article/5155


* * *

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Resumo da Vida Católica (14)

OS FRUTOS DO ESPÍRITO SANTO


São perfeições que formam em nós o Espírito Santo como primícias da glória eterna. A tradição da Igreja enumera doze:



1. Caridade

2. Benignidade

3. Gozo

4. Mansidão

5. Paz

6. Fidelidade

7. Paciência

8. Modéstia

9. Longanimidade

10. Continência

11. Bondade

12. Castidade


http://www.veritatis.com.br/article/5155

* * *

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Resumo da Vida Católica (13)

Bom dia,


A Igreja Católica começou o ano litúrgico nesse fim de semana. É muito importante que nós católicos entendamos o sentido desse tempo tão importante em nossa vida, bem como vivamos essa época com devoção.


Abraços e um santo advento para você e sua família!


*************



O Ano Litúrgico começa com o Tempo do Advento; um tempo de preparação para a Festa do Natal de Jesus. Este foi o maior acontecimento da História: o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Dignou-se a assumir a nossa humanidade, sem deixar de ser Deus. Esse acontecimento precisa ser preparado e celebrado a cada ano. Nessas quatro semanas de preparação, somos convidados a esperar Jesus que vem no Natal e que vem no final dos tempos.


.
Nas duas primeiras semanas do Advento, a liturgia nos convida a vigiar e esperar a vinda gloriosa do Salvador. Um dia, o Senhor voltará para colocar um fim na História humana, mas o nosso encontro com Ele também está marcado para logo após a morte.


.
Nas duas últimas semanas, lembrando a espera dos profetas e de Maria, nós nos preparamos mais especialmente para celebrar o nascimento de Jesus em Belém. Os Profetas anunciaram esse acontecimento com riqueza de detalhes: nascerá da tribo de Judá, em Belém, a cidade de Davi; seu Reino não terá fim... Maria O esperou com zelo materno e O preparou para a missão terrena.


.
Para nos ajudar nesta preparação usa-se a Coroa do Advento, composta por 4 velas nos seus cantos – presas aos ramos formando um círculo. A cada domingo acende-se uma delas. As velas representam as várias etapas da salvação.


.

Começa-se no 1º Domingo, acendendo apenas uma vela e à medida que vão passando os domingos, vamos acendendo as outras velas, até chegar o 4º Domingo, quando todas devem estar acesas. As velas acesas simbolizam nossa fé, nossa alegria. Elas são acesas em honra do Deus que vem a nós. Deus, a grande Luz, "a Luz que ilumina todo homem que vem a este mundo", está para chegar, então, nós O esperamos com luzes, porque O amamos e também queremos ser, como Ele, Luz.


.
No lº Domingo, há o perdão oferecido a Adão e Eva. Eles morreram na terra, mas viverão em Deus por Jesus Cristo. Sendo Deus, Jesus fez-se filho de Adão para salvar o seu pai terreno. Meditando a chegada de Cristo, que veio no Natal e que vai voltar no final da História, devemos buscar o arrependimento dos nossos pecados e preparar o nosso coração para o encontro com o Senhor. Para isso, nada melhor que uma boa Confissão, bem feita.


.
Até quando adiaremos a nossa profunda e sincera conversão para Deus?


.
No 2º Domingo, meditamos a fé dos Patriarcas. Eles acreditaram no dom da terra prometida. Pela fé, superaram todos os obstáculos e tomaram posse das Promessas de Deus. É uma oportunidade de meditarmos em nossa fé; nossa opção religiosa por Jesus Cristo; nosso amor e compromisso com a Santa Igreja Católica – instituída por Ele para levar a salvação a todos os homens de todos os tempos. Qual tem sido o meu papel e o meu lugar na Igreja? Tenho sido o missionário que Jesus espera de todo batizado para salvar o mundo?


.
No 3º Domingo, meditamos a alegria do rei Davi. Ele celebrou a aliança e sua perpetuidade. Davi é o rei imagem de Jesus, unificou o povo judeu sob seu reinado, como Cristo unificará o mundo todo sob seu comando. Cristo é Rei e veio para reinar; mas o seu Reino não é deste mundo; não se confunde com o “Reino do homem”; seu Reino começa neste mundo, mas se perpetua na eternidade, para onde devemos ter os olhos fixos, sem tirar os pés da terra.


.
No 4º Domingo, contemplamos o ensinamento dos Profetas: Eles anunciaram um Reino de paz e de justiça com a vinda do Messias. O Profeta Isaías apresenta o Senhor como o Deus Forte, o Conselheiro Admirável, o Príncipe da Paz. No seu Reino acabarão a guerra e o sofrimento; o boi comerá palha ao lado do leão; a criança de peito poderá colocar a mão na toca da serpente sem mal algum. É o Reino de Deus que o Menino nascido em Belém vem trazer: Reino de Paz, Verdade, Justiça, Liberdade, Amor e Santidade.


.
A Coroa do Advento é o primeiro anúncio do Natal. Ela é da cor verde, que simboliza a esperança e a vida, enfeitada com uma fita vermelha, simbolizando o amor de Deus que nos envolve e também a manifestação do nosso amor, que espera ansioso o nascimento do Filho de Deus.


.
O Tempo do Advento deve ser uma boa preparação para o Natal, deve ser marcado pela conversão de vida – algo fundamental para todo cristão. É um processo de vital importância no relacionamento do homem com Deus. O grande inimigo é a soberba, pois quem se julga justo e mais sábio do que Deus nunca se converterá. Quem se acha sem pecado, não é capaz de perdoar ao próximo, nem pede perdão a Deus.


.
Deus – ensinam os Profetas – não quer a morte do pecador, mas que este se converta e viva. Jesus quer o mesmo: “Eu vim para que todos tenham a vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Por isso Ele chamou os pecadores à conversão: “Convertei-vos, porque está próximo o Reino dos Céus” (Mt 4,17); “convertei-vos e crede no Evangelho” ( Mc 1,15).


.
Natal do Senhor, este é o tempo favorável; este é o dia da salvação!

Prof. Felipe Aquino


sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Resumo da Vida Católica (12)

VIRTUDES CARDEAIS


As virtudes humanas se arraigam nas virtudes teologais que adaptas as faculdades do homem à participação da natureza divina. São disposições estáveis do entendimento e da vontade que regulam nossos atos, ordenam nossas paixões e guiam nossa conduta segundo a razão e a fé.

As virtudes morais crescem mediante a educação, mediante os atos deliberados e esforço perseverante. A graça divina as purifica e eleva. São quatro:

1. Prudência

Dispõe a razão prática para discernir, em qualquer circunstância, nosso verdadeiro bem e eleger os meios justos para realizá-lo.


2. Justiça

Consiste na constante e firme vontade de dar a Deus e ao próximo o que lhes é devido.

3. Fortaleza

Assegura, nas dificuldades, a firmeza e a constância na prática do bem.

4. Temperança

Modera a atração pelos prazeres sensíveis e procura a moderação no uso dos bens criados.

* * *

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Resumo da Vida Católica (11)

OS DONS DO ESPÍRITO SANTO


São os dons que pertencem em plenitude a Cristo e que nos levam a cumprir com amor a vontade de Deus.

Os sete dons do Espírito Santo pertecem em plenitude a Cristo, Filho de Davi. Completam e levam à perfeição as virtudes daqueles que as recebem. Tornam os fiéis dóceis para obedecer com prontidão às inspirações divinas.


1. Sabedoria

Nos faz compreender a maravilha insondável de Deus e nos impulsiona a buscá-lo sobre todas as coisas, em meio ao nosso trabalho e obrigações.

2. Inteligência

Nos apresenta, com maior clareza, as riquezas da fé.

3. Conselho

Nos assinala os caminhos da santidade, o querer de Deus em nossa vida diária, nos animando a seguir a solução que mais concorda com a glória de Deus e o bem dos demais irmãos.

4. Fortaleza

Nos alenta continuamente e nos ajuda a superar as dificuldades que sem dúvida encontramos em nosso caminho para Deus.


5. Ciência

Nos leva a julgar retamente as coisas criadas e a manter nosso coração em Deus e naquilo que foi criado, à medida que nos conduz até Ele.

6. Piedade

Nos move a tratar Deus com a mesma confiança que um filho trata seu Pai.

7. Temor de Deus

Nos induz a fugir das ocasições de pecar, a não ceder à tentação, a evitar todo mal que possa entristecer o Espírito Santo, a temer radicalmente a separação d'Aquele a quem amamos e constitui nossa razão de ser e viver.

* * *

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Resumo da Vida Católica (10)

OS MANDAMENTOS DA IGREJA


Os mandamentos da Igreja se situam na linha de uma vida moral referente à vida litúrgica e que se alimenta dela. O caráter obrigatório destas leis positivas promulgadas pela autoridade eclesiástica tem por finalidade garantir aos fiéis o mínimo indispensável no espírito de oração e no esforço moral, no crescimento do amor a Deus e ao próximo.


Os mandamentos são cinco:

  1. Ouvir Missa inteira aos domingos e festas de preceito
    Exige que os fiéis participem da celebração eucarística, em que se reúne a comunidade cristã, no dia em que se comemora a Ressurreição do Senhor e nas principais solenidades litúrgicas em que se comemoram os mistérios do Senhor, da Virgem Maria e dos santos.
  2. Confessar os pecados mortais pelo menos uma vez ao ano; em perigo de morte; e se quer comungar.
    Assegura a preparação para a Eucaristia através da recepção do sacramento da reconciliação, que continua a obra de conversão e perdão obtidas pelo Batismo.
  3. Comungar por ocasião da Páscoa da Ressurreição.
    Garante um mínimo para a recepção do Corpo e do Sangue do Senhor em relação ao tempo pascal, origem e centro da liturgia cristã.
  4. Jejuar e abster-se de comer carne quando manda a Santa Madre Igreja
    Assegura os tempos de ascese e penitência que nos preparam para as solenidades litúrgicas; contibuem para que possamos adquirir o domínio sobre os nossos instintos e a liberdade do coração.
  5. Ajudar a Igreja em suas necessidades
    Assinala a obrigação de ajudar, cada um conforme as suas possibilidades, a subvencionar as necessidades materiais da Igreja.


-----
Nota:
[1] Cf. Catec. Igr. Cat. §§ 2041-2043.


Fonte: http://www.veritatis.com.br/article/5155
* * *