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quarta-feira, 15 de julho de 2009

Evolucionismo



O problema não é a teoria da evolução, mas sim o evolucionismo como ideologia




ROMA, 12 Fev. 09 / 09:34 am (ACI).- O Pe. Marc Leclerc, Professor de Filosofia da Natureza da Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, explicou em um artigo aparecido em L'Osservatore Romano que não existe, em concreto, um problema com a teoria da evolução de Darwin: o problema está na ideologia criada a partir da teoria.





No artigo titulado "O problema não é a teoria mas sim a ideologia", o perito jesuíta precisa que no passado e com mais força na atualidade "muitos, já seja partidários ou adversários de Darwin, confundiram sua teoria científica da evolução –que deve discutir-se a nível científico entre pessoas competentes– com sua própria redução a um sistema ideológico, a uma visão do mundo que forçosamente recai em todos os homens".





O Pe. Leclerc ressalta logo que "como escrevia justamente o então Cardeal Ratzinger, a polêmica não nasceu com a teoria da evolução mas, de ereger alguns de seus elementos em filosofia universal, em 'chave de interpretação da inteira realidade'".





O autor de "A Origem das Espécies", prossegue o sacerdote, "aplicava sua teoria da seleção natural a como emergiu nossa espécie, mas não ao funcionamento das atuais sociedades humanas, sublinhando em vez disso como um caráter benéfico para a espécie a aquisição de faculdades morais e religiosas que levam a homem a proteger ao mais débil, ao contrário das absurdas pretensões do darwinismo social".





"Evolução e criação não apresentam entre elas a mais mínima oposição, mas sim se revelam de tudo complementares", precisa.





Para o Pe. Leclerc, será de particular importância "a reflexão sobre o lugar do homem na evolução e na criação. O homem, como ser vivente, pode encontrar seu próprio lugar na evolução da espécie, que, em uma leitura post factum, preparou a muito tempo sua vinda. Mas o homem não pode reduzir-se, sem contradições, ao puro produto da evolução da espécie: em outras palavras, o homem não é redutível à própria animalidade".





Então, prossegue o perito jesuíta, "uma boa crítica filosófica mostra que o homem pode justificar os primeiros princípios de seu conhecimento. O ser humano dispõe de uma capacidade de reflexão, de autoconsciência, de liberdade que transcendem necessariamente a pura animalidade e que não podem ser o simples produto da evolução".





Finalmente, assinala o sacerdote, "como afirma com justiça a teologia católica, toda pessoa humana é objeto de um ato criador singular de parte de Deus, que também se inserida naturalmente na espécie do homo sapiens, e aparece ao final como o cume de um imenso processo evolutivo do que já se começam a descobrir alguns dos segredos".




Fonte: ACI

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