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quarta-feira, 15 de outubro de 2008

MÁQUINAS DE CAMISINHAS

MÁQUINAS DE CAMISINHAS NAS ESCOLAS PÚBLICAS
O Ministério da Saúde já está inaugurando as primeiras 400 “máquinas de camisinha”, nas escolas públicas, segundo o anúncio do Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, durante o 7º Congresso Brasileiro de Prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids, em Florianópolis (SC). O encontro foi promovido pelo Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde.
A Igreja não concorda em hipótese alguma com esta medida imoral e inócua. E os nossos Bispos, bem como o Papa, já se manifestaram muitas vezes contra o uso e a distribuição de “camisinhas” para os jovens, por se tratar de um procedimento imoral e que fomenta o uso irresponsável do sexo, deseduca o jovem e faz aumentar ainda mais a contaminação pela AIDS e também há o aumento do número de meninas grávidas, como mostram alguns especialistas.
É uma tristeza e uma vergonha que se estimule, mesmo que indiretamente, os nossos filhos à promiscuidade sexual. O jovem cristão jamais deverá usar uma camisinha pelos seguintes motivos:
– A vida sexual deve ser vivida apenas no casamento de um homem com uma mulher (cf. Gn 2, 24) unidos em matrimônio. Fora disso, a vida sexual é pecaminosa (fornicação ou adultério).
– O ato sexual entre os casais deve sempre estar aberto à vida, e não ser impedido por meios artificiais, como a camisinha. Seu uso é imoral em qualquer situação.
– Está mais que comprovado que a camisinha não proporciona o tal “sexo seguro”; muitos pesquisadores afirmam que o vírus da AIDS, por ser cerca de 500 vezes menor que um espermatozóide, pode passar através do látex da camisinha, especialmente quando há problema de vencimento do prazo, má conservação, más fabricações, etc.
Uganda é o único país da África que conseguiu até hoje baixar consideravelmente o número de contaminados pelo vírus da AIDS com uma campanha de fidelidade conjugal e de abstinência sexual antes do casamento. A castidade mostrou os seus frutos. A contaminação caiu de 26% para 6%. Por outro lado, a África do Sul, está com 30% da população contaminada, mesmo com o derramamento de milhões de camisinhas sobre a população.
O Papa João Paulo II assim se expressou sobre a “camisinha”: “Além de que o uso de preservativos não é 100% seguro, liberar o seu uso convida a um comportamento sexual incompatível com a dignidade humana... O uso da chamada camisinha acaba estimulando, queiramos ou não, uma prática desenfreada do sexo ... O preservativo oferece uma falsa idéia de segurança e não preserva o fundamental” (Pergunte ao Papa, Augusto Silberstein, Legnar Informática e Editora Ltda, SP, pg. 57).
O filósofo francês, católico, Paul Claudel disse certa vez que: “A juventude não foi feita para o prazer, mas para o desafio”. Se você quer um dia construir uma família sólida, um casamento estável e uma felicidade duradoura, então precisa plantar hoje, para colher amanhã. Ninguém colhe se não semear.
Na Carta aos Gálatas, São Paulo diz: “De Deus não se zomba. O que o homem semeia, isto mesmo colherá” (Gl 6,7). A gravidade do pecado da impureza é que mancha o Corpo de Cristo. “Ora, vós sois o corpo de Cristo e cada um de sua parte, é um dos seus membros” (1Cor 12,27), diz São Paulo, “... assim nós, embora sejamos muitos, formamos um só corpo em Cristo, e cada um de nós somos membros uns dos outros” (Rm 12,5).
Já é hora de voltarmos a falar aos jovens, corajosamente, sobre a importância da castidade e da virgindade. A família cristã, diante deste mundo paganizado, é chamada a dar testemunho dessas verdades. Também sobre a homossexualidade, os pais têm o dever de ensinar os filhos o que a Igreja ensina. Muitos pais já estão sendo levados a ser “tolerantes” com o pecado de seus filhos. Isso fere a moral católica e a lei de Deus.
Vale a pena recordar as sérias advertências de São Paulo:
“Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo que habita em vós, o qual recebestes de Deus, e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? Porque fostes comprados por um grande preço” (1Cor 6,19).
“O corpo, porém não é para a impureza, mas para o Senhor e o Senhor para o Corpo: Deus que ressuscitou o Senhor, também nos ressuscitará a nós pelo seu poder” (1Cor 6,13).
“Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo” (1Cor 6,20).
“Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá. Porque o templo de Deus é sagrado - e isto sois vós” (1Cor 3,16-17).
Mahatma Gandhi, que libertou a Índia, e que não era cristão, mas amava Jesus, disse essas belas palavras:
“A castidade não é uma cultura de estufa. A castidade é uma das maiores disciplinas, sem a qual a mente não pode alcançar a firmeza necessária”.
“A vida sem castidade parece-me vazia e animalesca”.
“Um homem entregue aos prazeres perde o seu vigor, torna-se efeminado e vive cheio de medo. A mente daquele que segue as paixões baixas é incapaz de qualquer grande esforço” (Tomás Tochi, "Gandhi, mensagem para hoje", Ed. Mundo 3, SP, pp. 105ss, 1974).
Os homens e mulheres que mais contribuíram para o progresso do ser humano e do mundo foram aqueles que souberam dominar as suas paixões, e, sobretudo, viver a castidade.
Fico impressionado ao observar como têm vida longa, por exemplo, a maioria dos nossos bispos católicos, e tantos sacerdotes que sempre guardaram com carinho a castidade. Se ela fosse prejudicial à saúde, não teríamos tantos bispos, padres e freiras, tão idosos, felizes e equilibrados.
Santo Agostinho dizia:
“Se queres ser feliz, sê casto”.
O Estado é laico, mas o povo brasileiro é católico em sua maioria. Isso é comprovado pelo Instituto de Pesquisa do próprio governo, o IBGE.
Então esse bom povo católico tem o direito de que os seus filhos recebam uma educação pública de acordo com os seus bons costumes, que moldaram a nossa civilização, sem imoralidades.
Por isso, é dever e direito dos pais protestarem ordenadamente contra esse absurdo implantado em nossas escolas. Se não o fizerem, seus filhos serão moldados pela mentalidade neopagã que domina cada vez mais a sociedade e o Estado.
Prof. Felipe Aquino
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terça-feira, 14 de outubro de 2008

Teologia da Prosperidade

Teologia da Prosperidade, nova ameaça para América Latina

A teologia da prosperidade, que vê na pobreza a maldição, se converteu na nova ameaça para a Igreja católica na América Latina, denunciou o bispo da diocese de Escuintla, na Guatemala, diante da Assembléia do Sínodo dos Bispos.

Dom Víctor Hugo Palma Paúl, ao intervir no Sínodo, reconheceu que nestes momentos se dá «um panorama sombrio no campo bíblico».

«Não só por conseqüências da anulação dos critérios» de interpretação da Bíblia surgidos da Reforma Protestante, mas «pelo surgimento de ‘uma nova gnose’ que introduz na interpretação bíblica elementos estranhos à essência do cristianismo».

«Além do grave fundamentalismo nas seitas, trata-se de serviços religiosos pseudo-cristãos que, como expressão do antropocentrismo cultural e até mesmo existencial da atualidade, utilizam a Bíblia para propor idéias de progresso material, de reinvenção de si mesmo, de conhecimento de caminhos de anulação da dor etc.», denunciou.

«Especialmente em regiões pobres ou emergentes da América Latina, a necessidade de uma cosmovisão econômica e para alguns, necessariamente religiosa, que ajude a superar os conflitos de pobreza, corrupção administrativa, frustração econômica, insegurança cidadã etc., cria um campo fértil para o marketing da chamada ‘teologia da propsperidade’».

Trata-se, ilustrou, de «um falso Deus aparentemente bìblico, mas não cristão que reduz o horizonte de sua ação na vida humana à pobreza como ‘maldição’ e a riqueza como ‘benção ou prosperidade’».

Esta «teologia da prosperidade», disse, surge da atomização de grupos nascidos do evangelismo neopentecostal, que manipulam a tradução, a pregação e a aplicação existencial da Palavra de Deus.

Diante desta visão do Evangelho, é urgente, disse, «uma formação e pastoral bíblica que unam Bíblia e Tradição, para viver o encontro com Jesus Cristo como caminho para a conversão, a comunhão e a solidariedade».

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Como evangelizar os meus filhos?

Como evangelizar os meus filhos?
A Igreja ensina que os primeiros catequistas são os pais. É no colo deles que toda criança deve aprender conhecer a Deus, aprender a rezar e dar os primeiros passos na fé; conhecer os Mandamentos e os Sacramentos.

Os pais são educadores naturais, e os filhos assimilam seus ensinamentos sem restrições. Será difícil levar alguém para Deus, se isto não for feito, em primeiro lugar, pelos pais. É com o pai e a mãe que a criança tem que ouvir em primeiro lugar o nome de Jesus Cristo, sua vida, seus milagres, seu amor por nós, sua divindade, sua doutrina… Eles são os responsáveis a dar-lhes o Batismo, a Primeira Comunhão, a Crisma e a catequese.

Quando fala aos pais sobre a educação dos filhos, São Paulo recomenda: "Pais, não exaspereis os vossos filhos. Pelo contrário, criai-os na educação e na doutrina do Senhor" (Ef 6, 4). Aqui está uma orientação muito segura para os pais. Sem a "doutrina do Senhor", não será possível educar. Dom Bosco, grande "pai e mestre da juventude", ensinava que não é possível educar sem a religião. Seu método seguro de educar estava na trilogia: amor - estudo - religião.

Nunca esqueci o Terço que aprendi a rezar aos cinco anos de idade, no colo de minha mãe. Pobre filho que não tiver uma mãe que lhe ensine a rezar! Passei a vida toda estudando, cheguei ao doutorado e pós – doutorado em Física, e nunca consegui esquecer a fé que herdei de meus pais; é a melhor herança que deles recebi. Não é verdade que a ciência e a fé são antagônicas; essa luta só existe no coração do cientista que não foi educado na fé, desde o berço.

Os pais não devem apenas mandar os seus filhos à igreja, mas, devem levá-los. É vendo o pai e a mãe se ajoelharem, que um filho se torna religioso, mais do que ouvindo muitos sermões. A melhor maneira de educar, também na fé, é pelo exemplo. Se os pais rezam, os filhos aprender a rezar; se os pais vivem conforme a lei de Deus, o filhos também vão viver assim, e isto se desdobra em outros exemplos. Os pais precisam rezar com os filhos desde pequenos, cultivar em casa um lar católico, com imagens de santos em um oratório, o crucifixo nas paredes, etc.; tudo isso vai educando os filhos na fé. Alguém disse um dia, que "quando Deus tem seu altar no coração da mãe, a casa toda se transforma em um templo."

Não apenas leve seu filho à Igreja, mas ensine-o a rezar; leve-o ao grupo de oração, aos Encontros da fé, leia com ele a Biblia e lhe explique, etc. Tudo isso vai moldando a sua fé.

Um aspecto importante da educação religiosa de nossos filhos está ligado com a escola. Infelizmente hoje se ensina muita coisa errada em termos de moral nas escolas; então, os pais precisam saber e fiscalizar o que seus filhos aprendem ali. Infelizmente hoje o Governo está colocando até máquinas para distribuir "camisinhas" nas escolas. Os filhos precisam em casa receber uma orientação muito séria sobre a péssima "educação sexual" que hoje é dada em muitas escolas, afim de que não aprendam uma moral anti-cristã. Outro cuidado que os pais precisam ter é com a televisão; saber selecionar os programas que os filhos podem ver, sem violência, sem sexo, sem massificação de consumo, etc. Hoje temos boas tvs religiosas. A televisão tem o seu lado bom e o seu lado mau. Cabe a nós saber usá-la. Uma criança pode ficar até cerca de 700 horas por ano na frente de um televisor ligado. Mais uma vez aqui, é a família que será a única guardiã da liberdade e da boa formação da criança. Os pais precisam saber criar programas alternativos para tirar as crianças da frente da TV; brinquedos, jogos, estórias, etc. Da mesma forma a internet; os pais não podem descuidar dela.

Mas, para levar os filhos para Deus é preciso também saber conquista-los. O que quer dizer isso? Dar a eles tudo o que querem, a roupa da moda, a camisa de marca, o tênis caro…? Não, você conquista o seu filho com aquilo que você é para o seu filho, não com aquilo que você dá a ele. Você o conquista dando-se a ele; dando o seu tempo, o seu carinho, a sua atenção, ajudando-o sempre que ele precisa de você. Saint Exupéry disse no Pequino Príncipe: "Foi o tempo que você gastou com sua rosa que fez ela ser tão importante para você".

Diante de um mundo tão adverso, que quer arrancar os filhos de nossas mãos, temos de conquistá-los por aquilo que "somos" para eles. É preciso que o filho tenha orgulho de seus pais. Assim será fácil você o levar para Deus. Muitos filhos não seguem os pais até a Igreja porque não foram conquistados pelos pais.

Conquistar o filho é respeitá-lo; é não o ofender com palavras pesadas e humilhantes quando você o corrige; é ser amigo dos seus amigos; é saber acolhe-los em sua casa; é fazer programas com ele, é ser amigo dele.

Enfim, antes de dizer a seu filho "Jesus te ama", diga-lhe: "eu te amo".


Prof. Felipe Aquino, casado, 5 fihos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de Aprofundamentos no país e no exterior, já escreveu 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Conheça mais em www.cleofas.com.br 09/09/2008 - 09h00

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Ainda o aborto...

SEM DÓ NEM PIEDADE
Diante da possibilidade de legalização do aborto para fetos anencéfalos, percebe-se o embuste que lesa a dignidade e a honra da pessoa humana.
Posto o processo de fecundação, não se pode provocar uma interrupção direta e voluntária de uma vida humana, porque isso contraria a ordem estabelecida por Deus na natureza. Além de inconstitucional, é pecado de malícia peculiar que clama aos Céus por vingança. Caso persista tal obstinação abortista, não podemos descartar que a justiça divina se faça sentir no Brasil.
Não bastassem as muitas leis iníquas já aprovadas pelo Congresso, vem agora tentativa de introdução do aborto. A voz de tantas vidas, ceifadas ainda em botão, estarão a bradar por castigos.
Deus disse a Caim, que matou seu irmão Abel: "Que é que fizeste? A voz do sangue de teu irmão clama desde a Terra até a Mim. Agora, pois, serás maldito sobre a Terra... quando tu a tiveres cultivado, ela não te dará os seus frutos: tu andarás como errante fugitivo sobre a terra" (Gen. Cap IV, 10).
O que pensar de um tribunal decidindo a sorte de incontáveis vidas de crianças? Faz-me lembrar Nosso Senhor sendo julgado pelo magistrado romano ou, no outro extremo, as figuras sinistras de Hitler e Stalin, com o nazismo e o comunismo, matando com requinte de crueldade, milhões de pessoas. A tentativa de revogar o V Mandamento da Lei de Deus corresponde a uma revolta contra Aquele que o instituiu, bem como contra a criatura que se encontra no centro da criação: o homem, feito à imagem e semelhança de Deus.
(...)
O aborto direto e voluntário é pecado friamente premeditado que revolta o senso moral do homem, e constitui crime de homicídio. A Igreja o pune com pena de excomunhão para quem o pratica ou participa diretamente de sua execução. Mesmo que o pretexto para executar um aborto seja apenas nos casos de anencefalia, pois contraria a doutrina milenar da Igreja ao ensinar que Deus ao criar o homem tem um fim supremo e eterno.
Ao ser gerada uma vida humana, debilitada ou com defeitos, não se pode negar que ela tenha uma alma imortal, concebida no pecado original e que deve receber o batismo, meio absolutamente necessário para se salvar, pois assim se exprimiu o próprio Nosso Senhor: "Quem não renascer na água e no Espírito Santo, não poderá entrar no reino dos Céus". Tanto mais que as relações de cada alma com Deus constituem um mistério que paira acima do desenvolvimento mais ou menos perfeito de sua sensibilidade, e mesmo de sua inteligência. Tais relações começam quando a criança está sendo formada no seio materno.
Em meu múnus sacerdotal, já me deparei com casos de mães que enfrentaram toda a pressão que se costuma fazer em torno da anencefalia ou de outro defeito físico e deram à luz crianças cujo batismo eu mesmo administrei. Houve até um caso em que diagnosticaram anencefalia, e na realidade não era. A criança nasceu, recebeu o batismo e está viva até hoje. Quantos casos como este não haverá por este Brasil afora?
Os defeitos físicos são muitas vezes decorrências do pecado original e, apesar do batismo apagá-lo, não tira da natureza humana suas conseqüências. Devemos saber suportá-los com verdadeira resignação cristã.
Por isto se compreende a tristeza e a dor com que Nossa Senhora apareceu em Fátima, apontando todos estes pecados e crimes que se cometem e mostrando Seu Coração cercado de espinhos que os homens ímpios cravam sem dó nem piedade.
Confiemos na Virgem Santíssima e no triunfo de Seu Imaculado Coração.
Pe. David Francisquini
Sacerdote da Igreja do Imaculado Coração de Maria
Cardoso Moreira - RJ
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terça-feira, 7 de outubro de 2008

Vaticano explica sentido do uso de métodos naturais

Vaticano explica sentido do uso de métodos naturais


(ACI).- Em uma extensa mensagem dirigida aos participantes do Congresso organizado pelo Pontifício Instituto João Paulo II para o Matrimônio e a Família e a Universidade Católica do Sagrado Coração com ocasião do 40 aniversário da encíclica "Humanae Vitae", o Papa Bento XVI reafirmou a doutrina da Igreja sobre a sexualidade humana expressa pelo Papa Paulo VI faz quatro décadas.


Na carta, o Pontífice assinala que a Humanae Vitae enfrentou "um dos aspectos essenciais da vocação matrimonial e do caminho específico de santidade que acarreta. Os esposos, efetivamente, tendo recebido o dom do amor, estão chamados a fazer-se por sua parte, o um para o outro, sem reservas".


"A possibilidade de procriar uma nova vida humana está incluída na doação integral dos cônjuges", escreve o Papa; e adiciona que "excluir essa dimensão comunicativa mediante uma ação que aponte a impedir a procriação significa negar a verdade íntima do amor esponsal", assinalando que quarenta anos depois da publicação da 'Humanae Vitae' compreende-se quanto tenha sido decisiva "para compreender o grande sim que implica o amor conjugal".


À luz da encíclica "os filhos não são só o objetivo de um projeto humano, senão que se reconhecem como um dom autêntico ao que acolher com atitude de generosidade responsável para Deus, primeira fonte da vida humana".

Bento XVI lembra que "em seu caminho, o casal pode atravessar circunstâncias graves que façam prudente distanciar o nascimento dos filhos ou inclusive suspendê-lo. E é aqui onde o conhecimento dos ritmos naturais de fertilidade da mulher é importante para a vida dos cônjuges".

O Santo Padre destaca que "os métodos de observação, que permitem ao casal determinar os períodos de fertilidade lhe permitem administrar o que o Criador gravou com sabedoria na natureza humana sem turvar o significado íntegro da entrega sexual".

"Deste modo os cônjuges, respeitando a plena verdade de seu amor, poderão modular a expressão seguindo estes ritmos. Obviamente para isso é necessária uma maturidade do amor e um diálogo e respeito recíprocos", observa o Papa.

Bento XVI elogiou depois o apoio que a Universidade Católica do Sagrado Coração oferece ao Instituto Internacional de Investigação Paulo VI sobre a fertilidade e infertilidade humana para uma procriação responsável, cuja tarefa é "fomentar o progresso dos métodos, tanto para a regulação natural da fertilidade humana como para a superação natural da eventual infertilidade" .

Nessa perspectiva, "muitos investigadores se dedicam à luta contra a esterilidade. Protegendo plenamente a dignidade da procriação humana, alguns chegaram a resultados antes inalcançáveis. Se deve alentar aos cientistas a seguir suas investigações para prevenir as causas da esterilidade e as solucionar, de modo que os casais estéreis consigam procriar respeitando tanto sua dignidade pessoal como a do nonato".

O Santo Padre se interroga depois sobre o porquê hoje o mundo e também tantos fiéis "encontram tão difícil compreender a mensagem da Igreja que explica e defende a beleza do amor conjugal em sua manifestação natural", e observa que embora "a solução técnica, inclusive nas grandes questões humanas pareça freqüentemente a mais fácil, oculta em realidade a questão de fundo que corresponde ao sentido da sexualidade humana e à necessidade de um domínio responsável para que seu exercício seja expressão do amor pessoal".

Se referindo à aplicação dos métodos naturais, o Pontífice destaca que "a técnica não pode substituir a maturidade da liberdade quando está em jogo o amor. Ao contrário, como sabemos muito bem, nem sequer basta a razão".

"Só o coração percebe as exigências de um grande amor, capaz de abraçar a totalidade do ser humano".

O Papa conclui desejando que o congresso comemorativo da "Humanae Vitae" dê "abundantes frutos e ajude aos cônjuges para que prossigam seu caminho cada vez com maior sabedoria e claridade, alentando-os em sua missão de ser, no mundo, testemunhas acreditáveis da beleza do amor".

[grifo nosso]



Fonte: ACI Digital


Caso o leitor queira se aprofundar nos métodos naturais citados pelo Papa, sugerimos a leitura de outros posts:

Planejamento Familiar Católico
Método Billings - O que é?
Que método devo usar para não engravidar - 10 motivos para usar métodos naturais
Controle de Natalidade X Regulação Natural
Casais que usam contraceptivos podem comungar?

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

DUAS MULHERES HERÓICAS

Segue um texto do D. Estevão Bettencourt para pensarmos nessa semana... será que nossa fé se assemelha à dessas mulheres?
Abraços!
João Batista


D. Estevão Bettencourt

Vão, a seguir, apresentadas duas figuras femininas – Elisabetta Canori Mora e Pauline-Elisabeth Leseur -, que, por sua fidelidade a Deus e à sua vida conjugal, conseguiram, depois de falecidas, impressionar os respectivos maridos incrédulos, levando-os a sincera e profunda conversão. – São testemunhas do valor de uma vida reta e perseverante em meio às dificuldades cotidianas; na Comunhão dos Santos o comportamento de um autêntico cristão ganha extraordinária fecundidade espiritual.

1. ELISABETTA CANORI MORA (1774-1825)

Aos 24/04/1994, o Santo Padre beatificou (declarou “Bem-aventurada”, passo imediatamente anterior à Canonização) duas mulheres heróicas: uma delas – Gianna Beretta Molla – faleceu em 1962 por não querer matar a criança que estava em seu seio grávido, ainda que, por causa disto, tivesse que sacrificar a própria vida; a sua figura já foi apresentada em PR 374/1993, pp. 311-317. A outra mulher heróica é Elisabetta Canori Mora, que se distinguiu por sua fidelidade incondicional ao compromisso matrimonial, embora seu marido a traísse; após a sua morte (1834), o viúvo se converteu e tornou-se frade franciscano conventual.

Esta Segunda figura feminina merece destaque em nossas páginas.

Elisabetta nasceu na cidade de Roma em 1774, de família aristocrática. Foi educada no Colégio das Irmãs Agostinianas de Cascia (1785-1788). Com 22 anos de idade, casou-se com Cristoforo Mora, filho de um dos melhores médicos de Roma em seu tempo. Não decorrera um ano desde o enlace matrimonial e Elisabetta descobriu que seu marido entretinha uma relação extra-conjugal; era dado ao jogo, às especulações financeiras e maçom declarado. Por isto pouco se importava coma esposa e as filhas, que nasceram do convívio com Elisabetta.

A esposa tudo fez para reconduzir o marido ao bom caminho. Pôs de lado até mesmo seu garbo, dando-lhe quatro filhas (das quais duas morreram em tenra idade), sem jamais lhe lançar em rosto o seu comportamento desleal ou lhe censurar a voluntária imaturidade. A fim de garantir a educação das meninas, Elisabetta assumiu trabalhos duros e humildes. Certa vez foi intimada a pagar as dívidas do marido, a fim de evitar que fosse preso; não se revoltou, mas vendeu o mobiliário de sua case e se transferiu de uma residência confortável para um pequeno apartamento.

Nos anos mais difíceis e sofridos da sua vida, Elisabetta encontrou forças na oração e nos conselhos sábios que lhe deram o Pe. Pizza, jesuíta, e o Pe. Fernando San Luigi, Religioso trinitário, tido como um dos mais experimentados diretores espirituais do seu tempo.

Em 1808 Elisabetta entrou para a Ordem Terceira Trinitária¹; encarregou-se então do atendimento aos mais necessitados – doentes, pobres, casais em crise…; fazia-o com plena generosidade, continuando a doação que havia anteriormente prestado às suas filhas. A sua modesta residência tornou-se em breve um lugar de oração e acolhimento. Finalmente morreu em 1825, deixando eloqüente testemunho de fidelidade conjugal e de amor ao próximo.

Após a morte da esposa, o marido sentiu-se tocado pelo depoimento de vida de Elisabetta e converteu-se de suas conduta devassa a um comportamento de bom cristão, chegando a tornar-se frade franciscano conventual em 1834.

Após o devido exame dos documentos relativos a Elisabetta, o S. Padre houve por bem apresentar essa heróica mulher ao povo de Deus como modelo para tantas outras esposas infelizes em seu casamento. Pelo sacramento do matrimônio os nubentes se comprometem a promover não apenas o bem temporal do (a) respectivo (a) consorte, mas também a santificação do (a) Mesmo (a); foi o que Elisabetta procurou fazer, por mais árdua que fosse a tarefa ou mesmo sabendo-se traída por seu marido. E ela conseguiu o que almejara, pois a consideração de tanta firmeza e magnanimidade acabou convencendo o viúvo de que devia mudar de vida e reparar suas faltas; Elisabetta lhe obtivera a maior das graças, que era a da conversão.

Caso semelhante se deu em nosso século, como se dirá abaixo.

2. PAULINE-ELISABETH LESEUR (1866-1914)

Eis outra grande figura feminina.

Pauline-Elisabeth nasceu em Paris aos 16/10/1866; recebeu da família uma sólida educação cristã e e valioso patrimônio cultural, que utilizou durante toda a vida na qualidade de escritora. Casou-se com Félix Leseur, materialista e colaborador de jornais anticlericais, que tudo fez para extinguir a fé da esposa; coagiu-a a ler obras de autores racionalistas, como Les Origines du Christianisme e La Vie de Jésus de Ernest Renan. Elisabeth, porém, percebeu a fragilidade das hipóteses de Renan e quis controlar a validade dos seus argumentos, dedicando-se intensamente ao estudo da Religião, do Evangelho e de S. Tomás de Aquino. Este aprofundamento só contribuiu para tornar mais convicta a sua vida cristã, levando-a a exercer o apostolado entre os intelectuais e incrédulos, como também a praticar obras de caridade. Muito se empenhou pela conversão de seu marido, sem o conseguir, até o momento de sua morte ocorrida em Paris aos 03/05/1914.

Tendo perdido a esposa, o viúvo descobriu o Diário deixado por ela: Journal et Pensées pour chaque Jour (Jornal e Pensamentos para cada dia). A leitura destas notas impressionou Félix Leseur, que resolveu mudar de vida; uma vez convertido, fez-se frade dominicano e tornou-se grande propagandista das obras de sua esposa: além do journal… publicado em Paris (1917), editou Lettres sur la Souffrance (Cartas a respeito do Sofrimento), Paris 1918; La Vie Spirituelle (A Vida Espiritual) Paris 1918; Lettres à des Incroyants (Cartas e Incrédulos) Paris 1922.

Eis outro grande vulto feminino, que atesta quanto pode ser forte a mulher fiel a Deus e ao seu compromisso conjugal. Elisabeth deixou escrita famosa sentença, que revela o segredo do seu êxito apostólico: “Uma alma que se eleva, eleva o mundo inteiro”.¹ Elevando-se em Deus no silêncio, na paciência e ano amor perseverante, ela conseguiu elevar seu marido e, com ele, muitos e muitos irmãos, pois na comunhão dos Santos o cristão se torna espiritualmente fecundo, sem mesmo poder avaliar o alcance de sua vida fiel e tenaz (Deus, porém, o vê).

Sem dúvida, seria possível arrolar muitas outras Elisabetta e Elisabeth, cuja história heróica e fecunda só Deus conhece. Possam as mulheres cristãs de nossos dias reconfortar-se com tais testemunhos e crer sempre mais no elevado preço da vida fiel a Deus e a Cristo na Santa Igreja!

_____________________¹ Nas Ordens Religiosas medievais, a Ordem Primeira è a dos frades; a Ordem Segunda é a das freiras, e a Ordem Terceira é a dos leigos e leigas, que, vivendo da espiritualidade respectiva, permanecem no mundo.¹ Esta frase mereceu ser citada pelo S. Padre João Paulo II na sua Exortação Apostólica sobre Reconciliação e Penitência nº. 16: “Reconhecer… uma solidariedade humana tão misteriosa e imperceptível quanto real e concreta… uma faceta daquela solidariedade que, a nível religioso, se desenvolve no profundo e magnífico mistério da Comunhão dos Santos, graças à qual se pode dizer que “cada alma que se eleva, eleva o mundo”.

Fonte: Revista: “PERGUNTE E RESPONDEREMOS”D. Estevão Bettencourt, osb.Nº 389 – Ano 1994 – Pág. 462
http://blog.cancaonova.com/felipeaquino

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Santa Terezinha do Menino Jesus






"Não quero ser Santa pela metade, escolho tudo".






Francesinha, que nasceu em Aliçon 1873, e morreu no ano de 1897. Santa Terezinha não só descobriu no coração da Igreja que sua vocação era o amor, mas sabia que o seu coração - e o de todos nós - foi feito para amar.
Terezinha entrou com 15 anos no Mosteiro das Carmelitas, com a autorização do Papa e sua vida passou na humildade, simplicidade e confiança plena em Deus.Todos os gestos e sacrifícios, do menor ao maior, oferecia a Deus, pela salvação das almas, e na intenção da Igreja. Santa Terezinha do Menino Jesus e da Sagrada Face esteve como criança para o pai, livre igual a um brinquedo aos cuidados do Menino Jesus, e tomada pelo Espírito de amor, que a ensinou a pequena via da infância espiritual.
O mais profundo desejo do coração de Terezinha era ter sido missionária "desde a criação do mundo, até a consumação dos séculos". Sua vida nos deixou como proposta, selada na autobiografia "História de uma alma", e como intercessora dos missionários sacerdotes e pecadores que não conheciam Jesus, continua ainda hoje, vivendo o Céu, fazendo o bem aos da terra. Proclamada principal padroeira das missões em 1927, padroeira secundária da França em 1944, e Doutora da Igreja, que nos ensina o caminho da santidade pela humildade em 1997, na data do seu centenário. ela mesma testemunha que a primeira palavra que leu sozinha foi: " céus "; agora a última sua entrada nesta morada, pois exclamou : " meu Deus, eu vos amo...eu vos amo ".
ORAÇÃO PARA ALCANÇAR GRAÇAS POR SUA INTERCESSÃO
Santa Teresinha do Menino Jesus,
que na vossa curta existência,
fostes um espelho de angélica pureza,
de amor forte,e de tão generosa entrega nas mãos de Deus,
agora que gozais do prêmio de vossas virtudes,
volvei um olhar de compaixão sobre mim,que plenamente confio em vós.
Fazei vossas as minhas intenções,
dizei por mim uma palavra àquela Virgem Imaculadade
que fostes a florzinha privilegiada,
à Rainha do Céu que vos sorriu na manhã da vida.
Rogai-lhe a Ela que é tão poderosasobre o Coração de Jesus,
que me obtenha a graça por que nesta hora tanto anseio,
e que a acompanhe de uma bênção que me fortifique durante a vida,
me defenda na hora da morte e me leve à eternidade feliz. Amém.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Big Bang

Sobre o Big Bang
Prof. Felipe Aquino

Padre Lemaître e o Big Bang

Poucos sabem, mas foi um padre, Georges Lemaître (1894-1966), quem propôs a teoria do Big Bang. Em 1927, baseando-se em cálculos com a então recente teoria da relatividade geral, o jesuíta belga enfrentou Einstein e a comunidade científica da época para propor seu modelo cosmológico. É lamentável, portanto, que hoje fundamentalistas combatam a teoria do Big Bang como se fosse contrária ao relato bíblico do Gênesis. Até mesmo porque a exegese católica moderna também não vê problemas de incompatibilidade entre o Big Bang e o relato bíblico.

O termo Big Bang vem do inglês e significa, ao pé da letra, “grande bum”. Foi criado pelo astrofísico Fred Hoyle, que acreditava no universo estacionário, para ridicularizar a teoria. Acabou dando-lhe o nome. O primeiro a vislumbrar teoricamente a expansão do universo foi o russo Alexandrer Friedman, mas ele morreu logo e seguida e seu trabalho era essencialmente matemático, não físico. Foi o trabalho desenvolvido independentemente pelo padre Lemaître que ganhou destaque. A teoria prevê que o universo surgiu da explosão de um átomo primordial, infinitamente pequeno, quente e denso. Os físicos acreditam que antes do Big Bang não faz sentido falar na noção de tempo e nem de espaço. Depois dele, o cronômetro começou a correr e o universo a se expandir, crescendo sempre e sempre.

Lemaître teve muita audácia para divulgar seu modelo. A comunidade científica no início do século XX acreditava num universo estacionário, ou seja, parado e sempre do mesmo tamanho. Conforme o modelo cosmológico newtoniano. O próprio Einstein acreditava nisso e diminuiu o trabalho de Lemaître dizendo que “seus cálculos estão corretos, mas seu conhecimento de física é abominável”. Entretanto em 1929, o astrofísico americano Edwin Hubble provou observacionalmente que as galáxias estavam todas se afastando umas das outras. Exatamente como o jesuíta havia previsto, por meios teóricos, apenas dois anos antes. Esta prova era contundente e o sábio físico alemão voltou atrás. Einstein e Lemaître proferiram várias palestras juntos e numa delas, de pé depois de aplaudir, Einstein disse que aquela era “a mais bela e satisfatória explicação da criação” que ele já ouvira.

Tendo sua contribuição amplamente reconhecida, Lemaître foi homenageado por muitos órgãos científicos, e também por vários cientistas de renome. Mais do que isso, em 1936 o próprio papa Pio XI o indicou para a Pontifícia Academia de Ciências. E em 1960 recebeu do papa João XXIII o título de Monsenhor.

Hoje em dia, além da confirmação das observações de Hubble do afastamento das galáxias, há muitas outras provas diretas e indiretas da expansão do universo. As mais importantes são a radiação cósmica de fundo, a quantidade de hidrogênio e hélio detectáveis hoje e o acordo entre as idades das estrelas mais velhas e a prevista para o universo pelo Big Bang, 14 bilhões de anos. Cientificamente não há mais dúvidas quanto ao modelo do Big Bang. Somente alguns detalhes ainda estão em debate, mas que de maneira alguma ameaçam a certeza da teoria, quando vista em um panorama mais amplo.

Sob vários aspectos não é compreensível que algumas pessoas possam se colocar contra a teoria do Big Bang dizendo que ela contraria o relato bíblico do Gênesis. O reconhecimento pontifício recebido pelo padre Lemaître por causa de seu trabalho não é um atestado a favor da teoria. Entretanto, de certo modo, não pode deixar de ser entendido como uma aprovação do trabalho do jesuíta. Também a exegese moderna não lê no Gênesis um relato literal da criação. Porém, não pode-se deixar levar pelas interpretações puramente materialistas. Estas, se disfarçando de científicas, tentam confundir as pessoas argumentando que não há mais lugar para Deus na criação do mundo. Pelo contrário. Para o crente, fiel ao magistério da Igreja, há sempre um lugar privilegiado para Deus. Deve-se deixar sempre bem claro que a ciência explica o “como” (a teoria do Big Bang), mas não o “porquê” (Deus, para Sua glória e por causa de Seu amor).

Alexandre Zabot

alexandrezabot@gmail.com
www.astro.ufsc.br/~zabot
Físico, mestre e doutorando em Física pela UFSC

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Exorcismo

Uma leitora e amiga sugeriu esse tema para uma postagem. Achei interessante, já que é algo que gera receio e curiosidade, além de existirem muitos erros principalmente por parte dos leigos nesse sentido.
Seguem dois textos retirados do Veritatis Splendor - o segundo, escrito por nosso querido Papa Bento quando era cardeal.

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NOVO RITO DE EXORCISMOS DA IGREJA CATÓLICA
Por A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacrame
Tradução: Prof. Everton N. Jobim

Exorcismo

A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, apresentou o novo rito de exorcismos em Janeiro de 1999. O prefeito da dita congregação , o Cardeal Medina, ensinou na ocasião os seguintes pontos:

O QUE É ?

: "O exorcismo é uma antiga e particular forma de oração que a Igreja emprega contra o poder do diabo "

Catecismo #1673:

" Quando a Igreja pede publicamente e com autoridade , em nome de Jesus Cristo, que uma pessoa ou um objeto seja protegido contra as investidas do maligno e sustraída de seu domínio, se fala de exorcismo. Jesus o praticou (cf. Mc 1:25s), dele tem a Igreja o poder e o oficio de exorcizar. (cf. Mc 3:15; 6:7.13; 16:17). Em forma simples, o exorcismo tem lugar na celebração do Batismo. O exorcismo solene só pode ser praticado por um sacerdote e com a permissão do bispo. Nestes casos é preciso proceder com prudência, observando estritamente as regras estabelecidas pela Igreja. O exorcismo intenta expulsar os demônios ou liberar do domínio demoníaco graças à autoridade espiritual que Jesus confiou à sua Igreja."

"Muito diferente é o caso das enfermidades, sobretudo psíquicas, cujo cuidado pertence à ciência médica. Portanto, é importante asegurar-se, antes de celebrar o exorcismo, de que se trata de uma presença do Maligno e não de uma enfermidade." (cf. CIC can. 1172).

Em que se fundamenta: O exorcismo tem como ponto de partida a fé da Igreja, segundo a qual existe Satanás e os outros espíritos malignos. A doutrina católica nos ensina que os demônios são anjos decaídos por causa de seus pecados, que são seres espirituais de grande inteligência e poder".

Por qué faz falta?: A capacidade do homem de acolher a Deus " é ofuscada pelo pecado, e , às vezes , o mal ocupa o lugar em que Deus quer viver. Por isso , Jesus Cristo veio liberar o homem do dominio do mal e do pecado. (...) Jesus Cristo expulsava os demônios e libertava os homens das possesões dos espíritos malignos para fazer-se presente no homem.
Quanto poder tem Satanás? "O poder de Satanás não é infinito", por que Deus permite que sejamos tentados " é um grande mistério".

Como nos influência o demônio? "O influxo nefasto do demônio e de seus sequazes é habitualmente exercitado por meio do engano, da mentira e da confusão. Assim como Jesus é a Verdade , o diabo é o mentiroso por excelência. Desde sempre, desde o inicio, a mentira tem sido sua estratégia preferida".

Mudou a doutrina da Igreja sobre o exorcismo?

Não mudou . Só houve algumas mudanças na linguagem do rito.
"Entre o rito anterior e o novo há uma grande continuidade ; não existe uma mudança radical.
A linguagem é mais sóbria; há menos adjetivos, mas a expressão de fé no poder de Deus para expulsar o demônio é a mesma em ambos os casos".

Criterios para discernir possessão diabólica segundo o novo ritual do exorcismo.
A principal é

-Aversão veemente a Deus, à Virgem , aos Santos, à cruz e às imagens sagradas.
Junto com esta podem dar-se outros fenômenos que , por si só , poderiam ser dom de Deus , mas no caso da possessão se manifestam para o mal.

-Falar com muitas palavras de línguas desconhecidas ou entendê-las.-Fazer presentes coisas distantes ou escondidas.-Demonstrar mais força física do que o normal.

Pode o demônio ter influência sobre lugares, objetos e pessoas?

Sim. Esta realidade se admite no ritual do exorcismo.

Há diferentes formas de influência demoníaca além da possessão?

Sim . No presente ritual se encontram o rito de exorcismo propiamente dito e as orações que devem ser recitadas publicamente quando se julga prudentemente que existe uma influência de Satanás sobre lugares, objetos ou pessoas, sem chegar à fase de uma possessão verdadeira e própia. Ademais, existe uma série de orações que os fiéis devem rezar privadamente quando têm fundadas suspeitas de que estão submetidos a influências diabólicas.

Quem pode praticar o exorcismo?

Na pegunta anterior vimos que o novo ritual contem orações que os fiéis podem rezar quando estão submetidos a influências diabólicas. Contudo , "Para praticar o exorcismo é necessária a autorização do bispo diocesano, que pode ser concedida para um caso específico ou de um modo geral e permanente ao sacerdote que exercita o ministério de exorcista na diocese".

Por que um novo ritual?

No último capítulo do ritual romano se ilustravam as indicações e o texto litúrgico dos exorcismos, mas ficou sem ser revisado depois do Concilio Vaticano II. Após um trabalho de 10 anos, em Janeiro de 1999 se tornou oficial o texto atual aprovado pelo Pontífice.

Todos os artigos disponíveis neste sítio são de livre cópia e difusão deste que sempre sejam citados a fonte e o(s) autor(es).

Para citar este artigo:

A CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO E A DISCIPLINA DOS SACRAME. Apostolado Veritatis Splendor: NOVO RITO DE EXORCISMOS DA IGREJA CATÓLICA. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/1379. Desde 6/23/2003.

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Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé
24.09.1985

Excelentíssimo Senhor,
Se somos pais conscientes das nossas responsabilidades e amamos nossos filhos, fazemos todo o bem possível a eles sem querermos nada em troca.

Há alguns anos, certos grupos eclesiais multiplicam reuniões para orar no intuito de obter a libertação do influxo dos demônios, embora não se trate de exorcismo propriamente dito. Tais reuniões são efetuadas sob a direção de leigos, mesmo quando está presente um sacerdote. Visto que a Congregação para a Doutrina da Fé foi interrogada a respeito do que pensar diante de tais fatos, este Dicastério julga necessário transmitir a todos os Ordinários a seguinte resposta:

O cânon 1172 do Código de Direito Canônico declara que a ninguém é lícito proferir exorcismo sobre pessoas possessas, a não ser que o Ordinário do lugar tenha concedido peculiar e explícita licença para tanto (1º). Determina também que esta licença só pode ser concedida pelo Ordinário do lugar a um presbítero dotado de piedade, sabedoria, prudência e integridade de vida (2º). Por conseguinte, os srs. Bispos são convidados a urgir a observância de tais preceitos.

Destas prescrições, segue´se que não é lícito aos fiéis cristãos utilizar a fórmula de exorcismo contra Satanás e os anjos apóstatas, contida no Rito que foi publicado por ordem do Sumo Pontífice Leão XIII; muito menos lhes é lícito aplicar o texto inteiro deste exorcismo. Os srs. Bispos tratem de admoestar os fiéis a propósito, desde que haja necessidade.

Por fim, pelas mesmas razões, os srs. Bispos são solicitados a que vigiem para que "mesmo nos casos que pareçam revelar algum influxo do diabo, com exclusão da autêntica possessão diabólica "pessoas não devidamente autorizadas não orientem reuniões nas quais se façam orações para obter a expulsão do demônio, orações que diretamente interpelem os demônios ou manifestem o anseio de conhecer a identidade dos mesmos. A formulação destas normas de modo nenhum deve dissuadir os fiéis de rezar para que, como Jesus nos ensinou, sejam livres do mal (cf. Mt 6,13). Além disso, os Pastores poderão valer´se desta oportunidade para lembrar o que a Tradição da Igreja ensina a rrespeito da função própria dos Sacramentos e a propósito da intercessão da Bem´Aventurada Virgem Maria, dos Anjos e dos Santos na luta espiritual dos cristãos contra os espíritos malignos. Aproveito o ensejo para exprimir a Vossa Excelência meus sentimentos de estima, enquanto lhe fico sendo dedicado no Senhor. Joseph Card. RatzingerPrefeito

Todos os artigos disponíveis neste sítio são de livre cópia e difusão deste que sempre sejam citados a fonte e o(s) autor(es).

Para citar este artigo:

JOSEPH, Cardeal Ratzinger. Apostolado Veritatis Splendor: QUEM PODE REALIZAR EXORCISMO ?. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/1375. Desde 6/16/2003.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

IRRECONCIABILIDADE ENTRE A FÉ CRISTÃ E A MAÇONARIA

IRRECONCIABILIDADE ENTRE A FÉ CRISTÃ E A MAÇONARIA
Por Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé

Tradução: Carlos Martins Nabeto
Fonte: Vaticano/VE Multimedios

Congregação para a Doutrina da Fé

IRRECONCIABILIDADE ENTRE A FÉ CRISTÃ E A MAÇONARIA
REFLEXÕES APÓS O 1º ANIVERSÁRIO DA DECLARAÇÃO DE 26.11.1983
DA CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ

Em 26 de novembro de 1983, a Congregação para a Doutrina da Fé publicou uma Declaração acerca das associações maçônicas. Pouco mais de um ano após a sua publicação, pode ser útil ilustrar brevemente o significado deste documento.

Desde que a Igreja passou a se pronunciar sobre a Maçonaria, seu juízo negativo sobre ela tem sido inspirado em múltiplas razões, práticas e doutrinas. A Igreja não tem julgado a Maçonaria apenas por ser responsável de atividade subversiva contrária à sua, mas desde os primeiros documentos pontifícios sobre a matéria, em particular na Encíclica "Humanum genus", de Leão XIII (20.04.1884), o Magistério da Igreja tem denunciado na Maçonaria idéias filosóficas e concepções morais opostas à doutrina católica. Para Leão XIII, tratava-se essencialmente de um naturalismo racionalista, inspirador de seus planos e de suas atividades contrárias à Igreja. Em sua carta ao povo italiano "Custodi" (08.12.1892), escrevia: "Recordemos que o Cristianismo e a Maçonaria são essencialmente inconciliáveis, a ponto de que a inscrição em uma implica separar-se da outra".

Não era possível, portanto, deixar de levar em consideração as posições da Maçonaria a partir do ponto de vista doutrinário, quando nos anos 1970-1980 a Sagrada Congregação mantinha correspondência com algumas Conferências Episcopais particularmente interessadas neste problema, em razão do diálogo sustentado entre personalidades católicas e representantes de algumas lojas que se declaravam não-hostis ou, inclusive, favoráveis à Igreja.

Um estudo mais profundo levou a Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé a reafirmar a convicção da impossibilidade de fundo para conciliar os princípios da Maçonaria e os da Fé Cristã.
Prescindindo, portanto, da consideração do comportamento prático das diversas lojas, da hostilidade ao menos na confrontação com a Igreja, a Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, mediante sua Declaração de 26.11.1983, tentou se colocar no nível mais profundo e, por outro lado, essencial do problema: isto é, no plano da impossibilidade de conciliar os princípios e o que isso significa no plano da fé e de suas exigências morais.

Partindo deste ponto de vista doutrinário, em continuidade com a posição tradicional da Igreja - como testemunham os documentos de Leão XIII supra mencionados - derivam-se a seguir as necessárias conseqüências práticas, que valem para todos aqueles fiéis que eventualmente estiverem inscritos na Maçonaria.

Em alguns setores surgiram objeções a respeito das afirmações acerca da impossibilidade de se conciliar os princípios, no sentido de que seria da essência da Maçonaria precisamente o fato dela não impor nenhum "princípio", significando uma posição filosófica ou religiosa que seja obrigatória para todos os seus membros, mas, pelo contrário, de acolher a todos, ultrapassando os limites das diversas religiões e visões do mundo, homens de boa vontade fundamentados em valores humanos compreensíveis e aceitos por todos.

A Maçonaria constituiria um ponto de coesão para todos aqueles que crêem no Arquiteto do Universo e se sentem comprometidos na luta por aqueles mandamentos morais fundamentais que encontram-se definidos, por exemplo, no Decálogo; a Maçonaria não afastaria ninguém de sua religião, mas, pelo contrário, constituiria um incentivo para um maior compromisso.

Os múltiplos problemas históricos e filosóficos que se escondem em tais afirmações não podem ser discutidos aqui. Após o Concílio Vaticano II certamente não é necessário sublinhar que a Igreja Católica alenta uma colaboração entre todos os homens de boa vontade. No entanto, associar-se à Maçonaria ultrapassa, evidentemente, esta legítima colaboração e possui um significado de relevância e especificidade bem maior.

Antes de mais nada deve-se recordar que a comunidade dos "Liberi Muratori" e suas obrigações morais se apresentam como um sistema progressivo de símbolos de caráter extremamente impositivo. A rígida disciplina do segredo que ali domina reforça, por fim, o peso da interação de sinais e idéias. Para os inscritos, este clima reservado comporta, entre outras coisas, o risco de terminar sendo um instrumento de estratégias para eles desconhecidas.

Inclusive, se se afirma que o relativismo não é assumido como um dogma, no entanto é proposta de fato uma concessão simbólica relativista e, assim, o valor relativizante de tal comunidade moral-ritual, longe de poder ser eliminado, resulta, pelo contrário, determinante.

Em tal contexto, as diversas comunidades religiosas a que pertencem os membros das lojas não podem ser consideradas senão como meras institucionalizações de um elo mais amplo e inacessível. O valor desta institucionalização mostra-se, portanto, inevitavelmente relativo a respeito desta verdade mais ampla, a qual se manifesta mais facilmente na comunidade da boa vontade, isto é, na fraternidade maçônica.

Ainda assim, para um cristão católico não é possível viver sua relação com Deus de uma maneira dupla, isto é, dividindo-a em uma forma humanitária-supraconfessional e em uma forma interior-cristã. Ele não pode cultivar relações de dois tipos com Deus, nem expressar sua relação com o Criador através de formas simbólicas de duas espécies. Isso seria algo completamente diferente daquela colaboração, que lhe é óbvia, com todos aqueles que estão comprometidos na realização do bem, ainda que partam de princípios diferentes. Por outro lado, um cristão católico não pode ao mesmo tempo participar da plena comunhão da fraternidade cristã e, por outra parte olhar para o seu irmão cristão, a partir da perspectiva maçônica, como um "profano".

Inclusive se - como já foi dito - não houvesse uma obrigação explícita de professar o relativismo como doutrina, ainda assim a força relativizante de uma tal fraternidade, por sua própria lógica intrínseca, tem em si a capacidade de transformar a estrutura do ato de fé de uma maneira tão radical que não pode ser aceita por parte de um cristão "que ama a sua fé" (Leão XIII).

Este transtorno na estrutura fundamental do ato de fé se dá, ademais, usualmente de uma maneira suave e sem ser advertida: a sólida adesão à verdade de Deus, revelada na Igreja, se converte em uma mera pertença a uma instituição, considerada como uma forma representativa particular juntamente com outras formas representativas, por sua vez mais ou menos possíveis e válidas de como o ser humano se orienta para as realidades eternas.

A tentação para seguir nesta direção é hoje tanto mais forte quanto esta corresponde plenamente a certas convicções predominantes na mentalidade contemporânea. A opinião de que a verdade não pode ser conhecida é característica de sua crise geral.

Precisamente considerando todos estes elementos, a Declaração da Sagrada Congregação afirma que a inscrição na Maçonaria "permanece proibida pela Igreja" e os fiéis que se inscrevem nela "estão em pecado grave e não podem se aproximar da Santa Comunhão".

Com esta última expressão, a Sagrada Congregação indica aos fiéis que tal inscrição constitui objetivamente um pecado grave e, fixando que os que aderem a uma associação maçônica não podem se aproximar da Sagrada Comunhão, quer iluminar a consciência dos fiéis sobre uma grave conseqüência a que devem chegar no caso de aderirem a uma loja maçônica.

A Sagrada Congregação declara, finalmente, que "não compete às autoridades eclesiásticas locais pronunciar-se sobre a natureza das associações maçônicas, com um juízo que implique a derrogação do quanto foi acima estabelecido". Com esta finalidade o texto faz também referência à Declaração de 17 de fevereiro de 1981, que já reservava à Sé Apostólica todo pronunciamento acerca da natureza destas associações que implicasse na derrogação da lei canônica então vigente (cân. 2.335).

Igualmente, o novo documento emitido pela Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé em novembro de 1983 expressa idênticas intenções de reserva em relação aos pronunciamentos que não coincidam com o juízo aqui formulado sobre a impossibilidade de conciliar os princípios da Maçonaria com a Fé Católica, sobre a gravidade do ato de inscrever-se em uma loja e sobre a conseqüência que disto se deriva para o acesso à Santa Comunhão. Esta disposição indica que, não obstante a diversidade que possa subsistir entre as obediências maçônicas, em particular quanto à sua postura declarada em face da Igreja, a Sé Apostólica volta a encontrar nelas princípios comuns que exigem uma mesma valoração por parte de todas as autoridades eclesiásticas

Ao fazer esta Declaração, a Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé não pretendeu desconhecer os esforços realizados por aqueles que, com a devida autorização deste Dicastério, buscaram estabelecer um diálogo com representantes da Maçonaria. Porém, a partir do momento em que existia a possibilidade de que fosse difundida entre os fiéis a equivocada opinião de que seria agora lícita a adesão a uma loja maçônica, considerou como seu dever dar-lhes a conhecer o pensamento autêntico da Igreja acerca deste assunto e colocá-los de prontidão diante de uma filiação incompatível com a Fé Católica.

Com efeito, apenas Jesus Cristo é o Mestre da Verdade e somente n'Ele podem os cristãos encontrar a luz e a força para viver segundo o desígnio de Deus, trabalhando pelo verdadeiro bem de seus irmãos.

[Publicado no L'Osservatore Romano, edição em italiano, de 23 de fevereiro de 1985, p. 1.]

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Para citar este artigo:

SAGRADA CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ. Apostolado Veritatis Splendor: IRRECONCIABILIDADE ENTRE A FÉ CRISTÃ E A MAÇONARIA. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/4944. Desde 30/5/2008.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Padre Pio

Hoje é dia de Padre Pio... seguem notícias a respeito de seus estigmas



Revelam detalhes de primeiras investigações em vida dos estigmas do Padre Pio


ROMA, 22 Set. 08 / 10:35 am (ACI).- Em um artigo publicado em L'Osservatore Romano titulado "Uma história por reescrever", Francesco Castelli, perito biógrafo do Santo Padre Pio de Pietrelcina, dá a conhecer detalhes da primeira investigação realizada em 1921 por parte do Santo Ofício, agora Congregação para a Doutrina da Fé, para conhecer melhor a vida do sacerdote e comprovar a autenticidade dos estigmas.


Castelli, quem acaba de publicar em Milão seu livro "O Padre Pio sob interrogatório: A autobiografia secreta", com o prólogo de Vittorio Messori, explica que com a abertura dos arquivos que contêm esta valiosa informação ficam sepultadas algumas teses que afirmavam que este Dicastério não via com bons olhos ao santo capuchino, senão justamente o contrário: era grande o carinho e admiração por este homem de provada santidade.


Em 1921 o Santo Ofício encarregou a Dom Carlo Raffaello Rossi, quem seria logo cardeal, que visite Padre Pio para investigar de sua vida e a origem dos estigmas. Em seu informe, o Prelado escreve do santo: tinha "a testa alta e serena, o olhar vivaz, doce; e a expressão com reflexos de bondade e sinceridade".


A tarefa iniciada em 14 de junho desse ano se prolongou por 8 dias, nos que Dom Rossi observa ao detalhe ao Padre Pio. Escreve a respeito que com seus irmãos era muito gentil; muito amado por seus superiores por ser "grande exemplo e não murmurador"; transcorria de 10 a 12 horas ao dia confessando; e a celebração da Eucaristia a "fazia com extraordinária devoção".


O perito biógrafo precisa logo que a observação não foi suficiente e Dom Rossi decidiu interrogá-lo: foram 142 perguntas que o Padre Pio respondeu sob juramento com a mão sobre os Evangelhos. Com as respostas, explica Castelli, surgiu virtualmente uma autobiografia.


Perguntas como "Quem o tinha estigmatizado? por que razão? Confiou-lhe alguma missão?" foram respondidas serenamente pelo sacerdote desta forma: "Em 20 de setembro de 1918 logo depois da celebração da Missa enquanto estava no devido agradecimento no Coro repentinamente fui presa de um tremor, logo me chegou a calma e vi nosso Senhor na atitude de quem está na cruz, mas não vi se tinha a cruz, lamentando-se da má correspondência dos homens, especialmente dos consagrados a Ele que são seus favoritos. Aqui se manifestava que Ele sofria e desejava associar as almas a sua Paixão. Convidava-me a me compenetrar em suas dores e a meditá-los: e ao mesmo tempo me ocupar da saúde dos irmãos. Em seguida me senti cheio de compaixão pelas dores do Senhor e lhe perguntei o que podia fazer. Ouvi esta voz: 'associo-te a minha Paixão'. E em seguida, desaparecida a visão, tornei em mim, em razão, e vi estes sinais dos que saía sangue. Não os tinha antes".


Dom Rossi, explica Castelli, quis ir mais à frente. Pediu examinar as feridas e o fez. Enquanto olhava cada uma das feridas ia perguntando ao Padre Pio detalhes de cada uma. Pôde apreciar como a chaga de seu flanco, por exemplo, "trocava freqüentemente de aspecto e nesse momento tinha assumido uma forma triangular, nunca observada antes. Sobre as chagas o Padre Pio me dava respostas precisas e detalhadas explicando além que as chagas dos pés e do flanco tinham um aspecto iridescente".


Depois do exame, o Bispo escreveria: "os estigmas em questão não são nem obra do demônio nem um grosso engano, nem uma fraude, nem uma arte maliciosa ou malvada; menos produto da sugestão externa, nem tampouco as considero efeito de sugestão". Em definitiva, acrescentava Dom Rossi, os elementos distintivos "dos verdadeiros estigmas se encontrariam nos do Padre Pio". Outros detalhes como as febres muito altas e o perfume que percebeu ele mesmo, reconfirmavam o fato como certo.


Para Francesco Castelli o primeiro que emerge destas investigações é que o "temido dicastério romano não foi, nestas circunstâncias, um inimigo do Padre Pio senão justamente o contrário! Dom Rossi se revelou como um inquisidor preciso até o desespero mas também um homem amadurecido de autêntico valor, desprovido de durezas injustificadas para quem questionava".
Graças a estas investigações, o ex-santo Ofício possui uma crono-historia do Padre Pio escrita por seu "pai espiritual o sacerdote Benedetto, um documento riquíssimo de informação que até agora tinha sido quase ignorado".


Depois de explicar que depois de 1939 não há uma forma clara de contar o que aconteceu com o sacerdote capuchino que faleceu em 23 de setembro de 1968, Castelli relata a forma em que Dom Rossi lembraria, com suas próprias palavras, ao Santo: "o Padre Pio é um bom religioso, exemplar, exercitado na prática da virtude, dado à piedade e elevado talvez em graus de oração que vão além do externo, resplandecente em particular por uma profunda humildade e uma singular simplicidade que nunca vieram a menos nem sequer nos momentos mais graves, nos que estas virtudes foram postas a prova de maneira grave e perigosa".


Francesco Castelli é professor de História da Igreja Contemporânea no Instituto Superior de Ciências Religiosas Romano Guardini e Diretor do Arquivo Histórico da Diocese de Taranto.

Fonte: ACI Digital

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

O milagre de Lanciano










MILAGRE EUCARÍSTICO DE LANCIANO





Na antiga cidade de Lanciano na Itália; um povoado antiquíssimo que significa do primitivo Anxa para Anxia, Anxanum, Ansanum, Anciano (que significa precisamente "ancião", "velho"); conserva nos últimos doze séculos o primeiro e maior Milagre Eucarístico da Igreja Católica.




Esse Prodígio aconteceu no oitavo século de nossa era, por causa da dúvida de um Monge basiliano sobre a presença Real de Jesus na Eucaristia.


HISTÓRICO:

Por volta do ano 700, depois de Cristo, na cidade italiana de Lanciano, viviam no mosteiro de S. Legoziano os Monges de S. Basílio e entre eles havia um que acreditava mais na sua cultura mundana do que nas coisas de Deus. Sua fé parecia vacilante, tinha dúvida de que a hóstia consagrada fosse o verdadeiro Corpo de Cristo e o vinho o Seu verdadeiro Sangue...

Certa manhã, celebrando a Santa Missa, mais do que nunca atormentado pela sua dúvida, após proferir as palavras da Consagração, ele viu a hóstia converter-se em Carne viva e o vinho em Sangue vivo.








Sentiu-se confuso e dominado pelo temor, diante de tão espantoso milagre, permanecendo longo tempo transportado a um êxtase verdadeiramente sobrenatural. Até que, em meio a transbordante alegria, o rosto banhado em lágrimas, voltou-se para as pessoas presentes e disse:

"Ó bem-aventuradas testemunhas diante de quem, para confundir a minha incredulidade, o Santo Deus quis desvendar-se neste Santíssimo Sacramento e tornar-se visível aos vossos olhos. Vinde, irmãos, e admirai o nosso Deus que se aproximou de nós. Eis aqui a Carne e o Sangue do nosso Cristo muito amado!"

A estas palavras as testemunhas se precipitaram para o altar e começaram também a chorar e pedir misericórdia. Logo a notícia se espalhou por toda a pequena cidade, transformando o Monge num novo Tomé.

A Hóstia-Carne, como hoje se observa muito bem, tem o tamanho da hóstia grande atualmente em uso na Igreja Latina. É ligeiramente escura e quando olhada contra a luz adquire um colorido róseo.

O Sangue está coagulado em cinco glóbulos irregulares e diferentes um do outro em sua forma e tamanho tem cor de terra tendente ao ocre. Desde 1713 a Carne está conservada num artístico Ostensório de Prata, finamente cinzelado, estilo napolitano. O Sangue está contido numa rica e antiga ampola de cristal de rocha.

Os Frades Menores Conventuais custodiam o Milagre desde 1252, por determinação do Bispo de Chieti, Laudulfo, e por Bula Pontifícia de 12.05.1252. Antes disso, executavam essa tarefa os Monges Basilianos até 1176 e os Beneditinos de 1176 a 1252.

Em 1258 os Franciscanos construíram o Santuário atual que em 1700 sofreu uma transformação do estilo românico-gótico para o barroco.








Aos vários reconhecimentos eclesiásticos, feitos em fins de 1574, seguem-se em 1970-1971 - e retomados em 1981 - os reconhecimentos científicos, executados pelo prof. Edoardo Luioli (livre docente em Anatomia e Istologia Patológica e em Química e Microscopia Clínica), coadjuvado pelo prof. Ruggero Berteli da (Universidade de Siena).

As análises, procedidas com absoluto rigor científico e documental de uma série de fotografias ao microscópio, deram estes resultados:








- A Carne é carne verdadeira. O Sangue é sangue verdadeiro.




- A Carne e o Sangue pertencem a espécie humana.




- A Carne pertence ao Coração em sua estrutura essencial.




- Na Carne estão presentes, em secções, o miocárdio, o endocárdio, o nervo vago e,




- pela expressiva espessura do miocárdio, o ventrículo cardíaco esquerdo.




- A Carne e o Sangue pertencem ao mesmo grupo sanguíneo AB. (*)




- No Sangue foram encontradas as proteínas normalmente existentes e nas proporções percentuais idênticas às encontradas no sangue normal fresco.




- No Sangue foram encontrados também os minerais cloro, fósforo, magnésio, potássio, sódio e cálcio.




- A conservação da Carne e do Sangue miraculosos, deixados em estado natural durante doze séculos e expostos aos agentes físicos, atmosféricos e biológicos constitui um Fenômeno Extraordinário.

Outro detalhe inexplicável: pesando-se as pedrinhas de sangue coagulado (e todos são de tamanhos diferentes) cada uma delas tem exatamente o mesmo peso das cinco pedrinhas juntas! Deus parece brincar com o peso normal dos objetos.
E antes mesmo de redigirem o documento sobre o resultado das pesquisas, realizadas em Arezzo, os Doutores Linoli e Bertelli enviaram aos Frades um telegrama nos seguintes termos:








" Et Verbum caro factum est" = "E o Verbo se fez Carne!"
Concluindo, pode-se dizer que a Ciência, chamada a manifestar-se, deu uma resposta segura e definitiva a respeito da autenticidade do Milagre Eucarístico de Lanciano.

(*) Mesmo tipo sangüíneo encontrado na análise do Santo Sudário de Turim.








Perguntaram eles: Que milagre fazes tu, para que o vejamos e creiamos em ti? (Jo 6, 30).

É o maior milagre que acontece diariamente sobre o altar em cada Santa Missa através do sacerdócio ministerial ordenado.





Pelas palavras do Sacerdote ocorre a TRANSUBSTANCIAÇÃO de maneira invisível, o pão e o Vinho ofertados, são transformados pelo ESPÍRITO SANTO, na Carne e no Sangue Vivo de JESUS, embora permaneçam as aparências exteriores de pão e vinho.
É o verdadeiro sacrifício do calvário de JESUS que é renovado em cada Santa Missa. A vítima que é oferecida ao Pai; em reparação de nossos pecados.
Dessa forma Deus está materialmente visível no meio de nós.