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quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Cuidando do nosso tempo


NÃO PODEMOS VIVER AO SABOR DO IMPROVISO


A palavra "ascese" precisa deixar as páginas empoeiradas de nossos
dicionários e ganhar espaço na vida. Junto com ela, a palavra "mística" são
como os dois trilhos por onde caminha o trem da santidade. A mística
significa "buscar as coisas do alto". Um resumo do caminho místico está na
primeira parte da oração do Pai-nosso. Louvamos o Pai que está no céu,
santificamos seu nome, pedimos que venha logo o Reino do Céu, e desejamos
que sua vontade soberana reine em nosso mundo do jeito que já reina no
paraíso.
A "ascese" significa a disciplina necessária para "buscar as coisas da
terra". Não somos anjos. A segunda parte do Pai-nosso é um roteiro de
"ascese" para nós, comuns mortais. Pedimos o pão de todo dia, conquistado
pelo suor e pelo trabalho. Combatemos toda preguiça. Nos comprometemos a
viver em fraternidade, perdoando o que for necessário e pedindo perdão a
Deus. Suplicamos que o Senhor nos preserve em pé na hora da tentação e que
nos liberte de todo o mal.
Uma das formas de viver a "ascese" é organizar bem o nosso tempo. Como
pecamos pela perda de tempo! Muitas vezes gastamos horas com bobagens. A
ascese de usar bem cada minuto exige disciplina e inteligência. Conheço
pessoas que simplesmente não sabem o que fazer com o tempo livre. Acabam
deixando os minutos passarem e aquela listinha de coisas a fazer continua
pendurada na porta da geladeira.
Faça o teste. Se você quiser pedir um favor, peça-o para alguém ocupado.
Pessoas que tem tempo sobrando normalmente não têm tempo para ninguém.
É curioso o modo como Jesus utilizou seu tempo. Ficou 30 anos em Nazaré
trabalhando com seu pai. Em três anos apenas tornou-se o pregador mais
famoso da história e realizou seu plano de salvação. Precisamos aprender
esta lição. É necessário gastar mais tempo preparando bem as coisas do que
as executando. Não podemos viver ao sabor do improviso. Jesus se preparou
bastante.
Bastaram três anos para realizar a obra. Quando preparo um retiro, um
sermão, uma palestra, um show de evangelização, uma aula, normalmente o
tempo que levo preparando é maior do que os minutos da apresentação. Mas
quanto mais preparo, mais as pessoas se sentem amadas na hora da
apresentação. Um músico ensaia horas para executar uma canção de 4 minutos.
Isto é a "ascese do tempo".
Pe. Joãozinho, SCJ

Fonte: Recebido por e-mail pelo grupo MSG Cristãs

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

O nome de Jesus


Entre os hebreus não se colocava um nome qualquer de forma arbitrária nas pessoas, pois o «nome», como em quase todas as culturas antigas, indica o ser da pessoa, sua verdadeira identidade, o que se espera dela.


Por isso o evangelista Mateus tem tanto interesse em explicar desde o início a seus leitores o significado profundo do nome dessa personagem da qual irá falar ao longo de todo o evangelho. O «nome» dessa criança que ainda não nasceu é «Jesus», que significa «Deus salva». Seu nome é esse porque «salvará o seu povo do pecado».


No ano 70, Vespasiano, designado como novo imperador enquanto sufocava a rebelião judaica, marcha a Roma onde é recebido e clamado com dois nomes: «salvador» e «benfeitor». O evangelista Mateus quer deixar as coisas claras. O «salvador» do qual o mundo necessita não é Vespasiano e sim Jesus.


A salvação não chegará através de um imperador nem através da vitória de um povo sobre outro. A humanidade necessita ser salva do mal, da injustiça e da violência, necessita que seus pecados sejam perdoados e que sua vida seja reorientada para uma vida digna. Esta é a salvação oferecida por Jesus.


Mateus dá a Jesus outro nome: «Emanuel». Sabe que Jesus não foi assim chamado historicamente. É um nome chocante, absolutamente novo, que significa «Deus conosco». Um nome que só os que crêem atribuem a Jesus, nele e desde ele, Deus nos acompanha, abençoa e nos salva.


As primeiras gerações cristãs levavam o nome de Jesus gravado em seu coração. Repetiam uma e outra vez. Eram batizados em nome de Jesus e se reuniam para orar em nome do Mestre. Para Mateus, é uma síntese efetiva de sua fé. Para Paulo, nada maior. Segundo um dos primeiros hinos cristãos, «ante o nome de Jesus todo joelho se dobra ».


Depois de vinte séculos, necessitamos aprender a pronunciar o nome de Jesus de maneira nova. Com carinho e amor, com fé renovada, em atitude de conversão. Tendo o nome de Jesus em nossos lábios e em nosso coração, podemos viver e morrer com esperança.

Pe. José Antonio Pagola


fonte: Escola de Evangelização



segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Contra a corrente


Vivemos contra a corrente.
Amamos, enquanto o mundo nos ensina como ser egoístas e pisar nos que atravessam nosso caminho.
Devolvemos o dízimo, ajudamos aos pobres, quando o mundo nos ensina que temos que guardar, guardar e guardar e não dividir o que conquistamos com nosso trabalho.
Somos fiéis ao nosso cônjuge, quando o mundo nos diz que o negócio é aproveitar a vida, e que esse negócio de fidelidade está em baixa.
Mantemos valores familiares, enquanto muitas crianças nem sequer sabem o que significa viver em família, mas isso é o “normal”, segundo as novelas.
Perdoamos, mesmo sabendo que essa é uma palavra em extinção no mundo.
Cremos em Deus e o amamos acima de tudo em nossas vidas, enquanto o ateísmo está em moda.
Não matamos, enquanto o mundo luta pela liberdade sobre o corpo, e a descriminalização do aborto.
Não pecamos contra a castidade, enquanto o mundo nos persegue por sermos heterossexuais e castos.
Somos honestos, enquanto o caixa dois e a corrupção tornaram-se cotidianas.

Somos felizes... enquanto o mundo busca comprar a cada dia essa felicidade... nós a temos de graça.

Uma boa semana
Ecclesiae Dei

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

A FALSIDADE DA ASTROLOGIA

A FALSIDADE DA ASTROLOGIA

Já ouvi alguém dizer que o "oitavo" sacramento é a "santa ignorância" religiosa. Realmente, muitos e muitos cristãos não conhecem a doutrina da fé que professam. Alguns, por ignorância invencível; mas a maioria, infelizmente, por própria culpa.
Por causa dessa ignorância religiosa, muitos católicos abandonam a fé pura para ir beber em fontes poluídas, como diz o profeta Jeremias (cf Jr 2,13).E triste e chocante o número imenso de católicos - até pessoas que se dizem piedosas - que acreditam na astrologia e se fazem escravos dos astros, professando uma verdadeira idolatria.
Cristo morreu por cada um de nós para que vivêssemos na liberdade de filhos de Deus. E São Paulo disse aos gálatas e a todos nós: "É para que sejamos homens livres, que Cristo nos libertou. Ficai, portanto, firmes e não vos submetais outra vez ao jugo da escravidão" (GI 5,]). Em seguida, o apóstolo advertiu-os sobre o perigo das obras da carne, entre elas a idolatria e as superstições, dizendo que "os que as praticarem não herdarão o reino de Deus!" (Gl 5,21c).
A Igreja, com base na Bíblia e na tradição herdada dos profetas e dos apóstolos, sempre condenou, veementemente, todas as práticas idolátricas e supersticiosas, uma vez que elas demonstram falta de amor, de confiança e de submissão a Deus. Constitui pecado grave contra o primeiro mandamento da Lei de Deus, que diz: "O Senhor nosso Deus, é o único Senhor. Amarás o Senhor; teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças" (Dt 6,4-5).
Advertiu-nos severamente o Senhor:"Não se ache no meio de ti (...) quem se dê à adivinhação, à astrologia, aos agouros, ao feiticismo, à magia, ao espiritismo, à adivinhação ou à evocação dos mortos, porque o Senhor; teu Deus, abomina aqueles que se dão a essas práticas" (Dt 18,10-1 2a). Nenhum católico pode fechar os olhos e os ouvidos a essa palavra de Deus, sob pena de sucumbir na apostasia.
Santo Agostinho, já no século IV combatia veementemente as superstições e a astrologia. No seu livro A doutrina cristã escreve: "Todo homem livre vai consultar os tais astrólogos, paga-lhes para sair escravo de Marte, de Vênus, ou quiçá de outros astros..." Querer predizer os costumes, os atos e os eventos, baseando-se sobre esse tipo de observação, é grande erro e desvario. E conclui o santo doutor:"O cristão deve repudiar e fugir completamente das artes dessa superstição malsã e nociva, baseada sobre maléfico acordo entre homens e demônios... Essas artes não são notoriamente instituídas para o amor de Deus e do próximo; fundamentam-se no desejo privado dos bens temporais e arruínam assim o coração. Em doutrinas desse gênero, portanto, deve-se temer e evitar a sociedade com os demônios que, juntamente com seu príncipe, o diabo, não buscam outra coisa senão fechar e obstruir a estrada de nosso retorno (a Deus)."
Essas palavras fortes do Doutor da Graça são confirmadas pelas palavras de São Paulo, quando advertiu os coríntios de que "as coisas que os pagãos sacrificam, sacrificam-nas a demônios e não a Deus. E eu não quero que tenhais comunhão com os demônios. Não podeis beber ao mesmo tempo o cálice do Senhor e o cálice dos demônios. (...) Ou queremos provocara ira do Senhor?" (1Cor 10,20-21a.22a)
É preciso ficar muito claro a todo cristão que, segundo a tradição dos apóstolos, a astrologia é superstição e idolatria. E todos aqueles que se lhe submetem, desprezam a graça de Deus e se expõem ao poder das trevas.
Por outro lado, a astrologia carece de toda base científica. Nunca encontrei um cientista sério e renomado que lhe desse crédito, nem mesmo quando cursei o doutorado em Ciências Aeroespaciais no ITA, em São José dos Campos. Se essa superstição tivesse qualquer base científica, a sorte e o destino, como dizem, de irmãos gêmeos, seriam as mesmas, já que nasceram no mesmo dia e horário e sob o mesmo signo. E sabemos que suas vidas são completamente diferentes. Esaú e Jacó eram gêmeos, mas a Escritura está aí para atestar como foram diversos os costumes deles, suas ações, penas e êxitos.
O advogado Danton de Souza fez o mapa astrológico do Brasil e escreveu o livro Predições astrológicas após cinqüenta anos de pesquisa. O livro foi publicado em 1983 e previa que no dia 3 de julho de l991 iria acontecer aqui algo tão terrível, que o astrólogo preferiu calar-se. Agora que passou, ninguém se lembra de nada grave nessa data! Puro engano!
A vida do cristão tem de ser vivida exclusivamente no amor de Deus, submissa à santa vontade dEle. Nada de querer buscar poder e previsões do futuro fora de Deus, para não cair nos laços do demônio.
Precisamos cada dia aprender a dizer com a Virgem Maria: 'Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a lua palavra" (Lc 1,38). Só seremos verdadeiramente felizes nesta vida e na eternidade, se aceitarmos a vontade do Senhor para nós.
Prof. Felipe Aquino
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Recebido por e-mail do Grupo msg Cristã

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

As crianças pagam as consequências quando seus pais não se casam

Interessante como esse tipo de pesquisa não aparece em nossos telejornais... será que é porque as grandes empresas televisivas não têm interesse?

Vale a pena ler esse texto, e divulgá-lo entre os que acham que esse negócio de família e coisa do passado, pensamento amplamente divulgado entre os Meios de Comunicação de Massa...


Boa terça feira para você!


Ecclesiae Dei



As crianças pagam as conseqüências quando seus pais não se casam


O grupo ministerial do governo inglês especializado em temas de família foi suprimido. David Blunkett, presidente do sub-comitê que o substitui, reconheceu que não será reaberto o debate sobre o matrimônio e a estrutura familiar. Estes temas tornaram-se "zona proibida" para os políticos.
E entretanto, existem provas de peso que mostram que esta matéria deve ser discutida: as crianças que crescem em famílias em que falta um dos pais estão em constante desvantagem e, por outro lado, os casais casados permanecem unidos por mais tempo.
Parece que o governo britânico deseja evitar a discussão deste temas, pois isso exigiria uma declaração explícita sobre a importância do matrimônio, algo que causaria divisões no gabinete. Mas o problema não tem previsão de desaparecer. O número de crianças nascidas fora do matrimônio cresce continuamente, e corresponde agora a 40% dos nascimentos em Grã Bretanha. E quem alega que a vida familiar simplesmente está mudando, e não declinando, ou que a coabitação é "o novo casamento", está ignorando os fatos.
A coabitação é uma condição transitória. Nos cinco anos posteriores ao nascimento de um bebê, 52% destes casais se separou, comparado com 8% dos casais casados. Estima-se que uma em cada quatro crianças britânicas está vivendo em família monoparental, o dobro em relação a países como França ou Alemanha. É, portanto, cada vez mais urgente que se discuta o futuro destas crianças.
Por outro lado, a mortalidade infantil é substancialmente maior em crianças de famílias monoparentais ou de casais de fato que entre os nascidos dentro do matrimônio. Também têm mais possibilidades de nascer abaixo do peso, sofrer problemas psicológicos e acidentes infantis, e inclusive maior risco de abuso infantil.
Uma série de estudos realizados durante muito tempo, tem demonstrado uma conexão estável entre famílias desmanchadas e delinqüência, assim como uma maior propensão ao crime juvenil entre crianças nascidas de mães adolescentes e casais separados.
Segundo um informe de 1998 da Fundação Joseph Rowntree, as crianças de famílias separadas demonstram um menor rendimento acadêmico, têm maior propensão a comportamentos problemáticos e depressão, começam sua vida sexual a uma idade mais precoce e caem com maior facilidade no consumo de tabaco, drogas e álcool.
O estudo também concluiu que a morte de um dos pais, a longo prazo, chega a causar menos dano em uma criança do que divórcio ou a separação de seus pais.
A Sociedade da Infância revelou no ano passado que as crianças que vivem em famílias "reconstruídas" fogem de casa três vezes mais do que as crianças que vivem com seus pais naturais; por sua vez, os filhos de famílias monoparentais o fazem o dobro de vezes. Muitas destas crianças terminam na rua. E como cada vez são mais as crianças que não podem crescer junto com seus pais, carecem de um modelo sobre o qual construir suas próprias vidas. Deste modo, as meninas de família desmanchadas têm o dobro de possibilidades de tornarem-se mães adolescentes, e em geral, os filhos que viveram a separação de seus pais são muito mais propensos a que suas próprias relações de adulto terminem rompendo-se.
Os custos emocionais e de comportamento que causa nas crianças a ruptura familiar, deveriam ser razão suficiente para uma nova política familiar, e também, por que não, as enormes implicações econômicas.
Ao mesmo tempo em que a família baseada no matrimônio continua declinando, o orçamento destinado a serviços sociais continua aumentando. Os últimos dados mostram que 73% das famílias monoparentais se sustenta publicamente, frente a 11% de casais com filhos. Assim, pois, na medida em que as famílias monoparentais aumentam, o desejo do governo de terminar com a pobreza infantil continuará sendo um sonho. Além disso, enquanto o Estado continua apoiando economicamente as alternativas ao matrimônio, aumentam as rupturas familiares e, portanto, as demandas de benefícios estatais.Em conclusão, é urgentemente necessário um programa de reformas que restaure a estabilidade familiar. Poderia começar educando as crianças sobre o valor do matrimônio e revalorizando a paternidade. Necessitamos mudar a estrutura de segurança social que desestimula o matrimônio e a paternidade responsável. O sistema fiscal deve reconhecer o valor do matrimônio, seguindo o exemplo de França ou Alemanha, que combina um sistema de ajudas familiares com a redução de impostos para declarações conjuntas.
Na América, perante a evidente relação entre famílias rompidas, ausência da figura paterna e índices de criminalidade, produziu-se uma mudança de atitude que inspirou um apoio de todos os partidos às iniciativas em favor do matrimônio. As estatísticas recentes mostram que estas medidas começaram a evitar o declive da família. E entretanto, na Grã Bretanha, parece existir um consenso de todos os partidos para silenciar a "palavra M".



Fonte da foto: http://centelhasdeinfinito.blogs.sapo.pt

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Bom dia
Quero começar essa semana propondo um pensamento:


"A verdadeira grandeza cristã não consiste em dominar, mas em servir" (Papa Bento XVI)
Paz e bem
Ecclesiae Dei

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Convite - conheça esses blogs

Convite





Com grande alegria convido o querido leitor a conhecer dois blogs - se já não os conhece.
Nesses blogs, de profunda e bela missão, passo a participar como colaborador.


Estarei, pela graça de Deus, contribuindo com ambos, e o convido para visitar-nos lá também, e mandar-nos suas sugestões!!





Paz e bem!





João Batista
Ecclesiae Dei


http://ecclesiaedei.blogspot.com/





Suas sugestões, dúvidas e comentários são bem vindos: ecclesiaedei@gmail.com

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Por que ir a Igreja?

Por que ir a Igreja?



Um freqüentador de Igreja escreveu para o editor de um jornal e reclamou que não faz sentido ir a Igreja todos os domingos. " Eu tenho ido a Igreja por 30 anos", ele escreveu, " e durante este tempo eu ouvi uns 3.000 sermões." " Mas por minha vida, eu não consigo lembrar nenhum sequer deles... Assim, eu penso que estou perdendo meu tempo e os Padres estão desperdiçando o tempo deles pregando sermões! Esta carta iniciou uma grande controvérsia na coluna "Cartas ao Editor", para prazer do Editor em Chefe do jornal.


Isto foi por semanas, recebendo e publicando cartas no assunto, até que alguém escreveu este argumento: " Eu estou casado já há 30 anos. Durante este tempo minha esposa deve ter cozinhado umas 32.000 refeições. Mas, por minha vida, eu não consigo me lembrar do cardápio de nenhuma destas 32.000 refeições. Mas de uma coisa eu sei ... Todas elas me nutriram e me deram a força que eu precisava para fazer o meu trabalho. Se minha esposa não tivesse me dado estas refeições, eu estaria hoje fisicamente morto. Da mesma maneira, se eu não tivesse ido a Igreja para alimentar minha fome espiritual, eu estaria hoje morto espiritualmente." Quando a gente está resumido a NADA... DEUS está POR CIMA DE TUDO! Fé vê o invisível, acredita no inacreditável, e recebe o impossível! Graças a Deus por nossa nutrição física e espiritual!"



Desconheço o autor.



Fonte Paróquia N. Senhora das Graças http://www.pnsg.org.br/igreja.html

domingo, 25 de novembro de 2007

VIA-SACRA DOS INOCENTES

Será que ainda dá para pensar em aborto? Para ler, chorar, e encaminhar aos que ainda têm dúvidas...

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VIA-SACRA DOS INOCENTES





1. Condenação:


Eu fui condenado à morte antes de ter nascido. A mim ninguém me deu amor, pois a mim ninguém me quer.





2. Jesus com a Cruz:


Carregaram-me com a maldição de ser indesejado.Todos me amaldiçoam, terei de ser "eliminado.”





3. Primeira Queda:


Eu sou um pecado, "uma queda". Ninguém pode ser obrigado a carregar o erro duma gravidez não desejada!





4. Encontro com a Mãe:


Quão doloroso, Senhor, foi o Teu encontro!Eu... eu não tenho mãe, que me encontre e chore!Eu estou encarcerado no ventre de uma mulher que me manda matar!





5. O Cirineu.


Alguém ajudou-te a levar a Cruz. A mim... a mim, ninguém me ajuda!O médico dará à mulher um narcótico para que ela não sofra quando eu sofrera morte.




6. A Verônica:


Ó, quem me dera uma Verônica que me consolasse na minha condenação!Ninguém sabe da minha situação!A "lei" cala os próprios cristãos!




7. Segunda Queda:


É fácil mandar me matar enquanto sou pequeno!Meu pai faz cálculos: quanto vou lhe custar?Minha morte sai mais "barato"!Daí tenho que morrer!




8. As mulheres:


De que Te serviram, Senhor, as lágrimas das mulheres?Não puderam impedir a Tua morte!De que me valem as "leis"?"Legalizam" a minha morte!




9. Terceira Queda:


A queda é fatal: eu tenho que morrer!Estão confirmados os cálculos: não há um pedacinho de pão para mim neste Vale de Lágrimas. Tenho que morrer!




10. Jesus despido:


A Ti despiram-Te dos vestidos. Eu nunca tive um vestido! Apenas a minha pele. Mas, mesmo assim... agarram-me com segurança!




11. Crucificação


A Ti pregaram-Te numa Cruz. A mim partem-me em pedaços. E também "contam todos os pedacinhos..." para terem a certeza de que a mãe não fica com infecção.




12. Morte na Cruz


Tu morres. Eu também. Tu és inocente. Eu também. Lembra-Te de mim, quando entrares no Teu Reino, no Teu Reino de Vida Eterna.




13. Descido da Cruz:


Morto, pudeste repousar no regaço de quem nasceste. Mas a mim renovam-me apenas a maldição... Porque serei uma carga a pesar na consciência!




14. No túmulo


A Ti ofereceram um túmulo. A mim apenas o monturo de lixo! Lá esperarei o juízo final, quando terei de fazer o meu depoimento contra os "meus pais".\




Richard Thaimann


Texto: Recebido por e-mail do grupo Mensagens Cristãs: msg_crist@hotmail.com


sábado, 24 de novembro de 2007

A Riqueza da Igreja

A Riqueza da Igreja


Esse livro "Porque sou católico" do Prof. Felipe Aquino, deveria ser lido e relido por todo católico que assume e ama sua religião... e também por aqueles que não a conhecem...


Segue um trecho, a respeito da riqueza do Vaticano.


Paz e Bem!! Bom Fim de semana.


Ecclesiae Dei

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Muito se fala sobre a riqueza da Igreja, o ouro do Vaticano, etc.


A Igreja, sendo, também, uma Instituição humana, incumbida por Jesus para levar a salvação a todos os homens, precisa evidentemente de um “corpo material”, sem o que não pode cumprir a sua missão em toda a terra.


A palavra Católica quer dizer universal. Qualquer instituição que esteja em várias nações precisa de meios materiais para isto. O Papa é o único chefe de Estado que tem filhos em todos os cantos da Terra, falando todas as línguas. No último Concílio, o do Vaticano II, o Papa João XXIII reuniu cerca de 2600 de todas as nações, no Vaticano, durante 3 anos… Que chefe de Estado faz isto?


Desde 1870, quando a guerra de unificação da Itália tomou, à força, as terras da Igreja, até o fim da chamada Questão Romana (11/02/1929), os Papas se consideraram prisioneiros no Vaticano, por cerca de 60 anos. Esse período foi de relacionamento difícil entre a Igreja e o governo Italiano.


Apesar de toda a pressão contrária, os Papas desses 60 anos, Pio IX (1846-1878), Leão XIII (1878-1903), São Pio X (1903-1914), Bento XV(1914-1922) e Pio XI (1922-1939), julgaram que não podiam abrir mão da soberania territorial da Igreja em relação às demais nações, com direito a um território próprio, ainda que muito pequeno, a fim de que tivesse condições de cumprir a missão que Cristo lhe deu.


Benito Mussolini, o chefe do Governo italiano, em 1929, percebeu a grande conveniência política de conciliar a ltália com o Vaticano. As negociações levaram dois anos e meio, terminando com a assinatura do Tratado do Latrão aos 11/02/1929, que encerrava sessenta anos de disputas entre o Vaticano e o governo da Itália.


A cidade do Vaticano, geograficamente situada dentro de Roma, é mínima territorialmente. Quando começou a discussão da Questão Romana, muitos diziam que em caso da restauração da soberania temporal da Igreja, ela deveria ter apenas um Estado do tamanho da República de São Marinho (60,57 Km2); ora, o Estado Pontifício renasceu com apenas 0,44 Km2 que tem hoje o Vaticano. Esse território é apenas uma carcaça, um pequeno corpo, onde a alma da Igreja possa viver.


Os objetos contidos no Museu do Vaticano foram, em grande parte, doados aos Papas por cristãos honestos e fiéis, e pertencem ao patrimônio da humanidade; os Papas não vêem motivo para não conservar esse acervo cultural muito importante. Não é a pura venda desses objetos, de muito valor para todos os cristãos, que resolveria o problema da miséria do mundo. Será que a rainha da Inglaterra aceitaria vender o museu de Londres, ou o presidente da França vender o Louvre?…


Não há motivo, portanto, para se falar, maldosamente, da “riqueza do Vaticano”. Podemos até dizer que a Igreja foi rica no passado, antes de 1870, mas hoje não.
Qualquer chefe de Estado de qualquer pequeno país tem à sua disposição, no mínimo um avião. Nem isso o Papa tem.


É inegável, que a Igreja cresceu em espiritualidade depois que perdeu o grande poder temporal que o Estado Pontifício antigo lhe dava. Os últimos papas, a partir de 1870, foram homens santos, que entregaram a vida pela Igreja, sem limites. Pio IX (Beato), Leão XIII, S. Pio X, Bento XV, Pio XI, Pio XII, João XXIII (Beato), Paulo VI, João Paulo I e João Paulo II, foram grandes homens, exemplos para o mundo todo.


O Vaticano tem um órgão encarregado da caridade do Papa, o Cor Unum. No final de cada ano é publicada no jornal do Vaticano, o L’Osservatore Romano, a longa lista de doações que o Papa faz a todas as nações do mundo, inclusive o Brasil, especialmente para vencer as flagelações da seca, fome, terremotos, etc. É uma longa lista de doações que o Papa faz com o chamado óbulo de São Pedro, arrecadado dos fiéis católicos do mundo todo.


A Igreja Católica nesses dois mil anos sempre fez e fomentou a caridade. Muitos hospitais, sanatórios, leprosários, asilos, albergues, etc., são e foram mantidos pela Igreja em todo o mundo. Quantos santos e santas, freiras e sacerdotes, leigos e leigas, passaram a sua vida fazendo a caridade… Basta lembrar aqui alguns nomes: São Vicente de Paulo, D. Bosco, São Camilo de Lelis, Madre Teresa de Calcutá… a lista é enorme!


E os bens da Santa Sé?



A Santa Sé, além do território de 0,44 Km quadrados, correspondente ao Estado do Vaticano, possui dois tipos de bens imóveis em Roma: 1 - as que gozam de estatuto próprio definido pelo Tratado de Latrão, em 1929; e 2 - as que estão sujeitas ao Estado italiano para fins de impostos e taxas.


Isto é o que restou de todo o antigo Estado Pontifício que cobria boa parte da Itália. Sem isto os orgãos da Igreja não têm como funcionar.


Mas a Igreja é muito rica sim, espiritulamente. Na verdade ela é rica desde a sua origem, porque o seu Criador é o próprio Deus; é Dele que vem toda a sua riqueza. Ela é o próprio Corpo de Cristo (1Cor 12,27). Ela é rica também, porque é a “Igreja dos Santos”, como disse George Bernanos. Os Santos são a sua grande riqueza, como que reprodução do próprio Cristo.
Ela é a Igreja de Pedro de Cafarnaum, que deixou as redes para seguir o Senhor e morreu de cabeça para baixo, sob Nero, por amor a ela; é a Igreja de Paulo de Tarso, que rodou o mundo até Roma, para ali ser martirizado por ela.


Ela é a Igreja dos Santos Apóstolos, revestidos do próprio Cristo, um a um martirizados pela sua fidelidade ao Senhor… Ela é a Igreja dos Santos Inocentes que, ainda na tenra idade, derramaram o seu sangue inocente pelo menino Deus… Ela é a rica Igreja dos Santos Padres: Agostinho de Hipona, que enfrentou o pelagianismo, o arianismo e o maniqueísmo; Atanásio, que enfrentou o arianismo; Irineu, que enfrentou o gnosticismo; Inácio de Antioquia, que enfrentou os leões; Policarpo de Esmirna, que enfrentou a fogueira,…Tomás de Aquino, que escreveu a Suma-Teológica e transformou a Filosofia; Teresa D’Avila e João da Cruz, que reformaram os Carmelos masculino e feminino; Jerônimo, que traduziu a Bíblia para o latim; Basílio, Gregório de Nissa, Gregório de Nazianzo, Afonso de Ligório, Francisco de Assis, João Bosco, e tantos outros que mudaram a face da terra…


Sim, é uma Igreja riquíssima! Ela é a Igreja daqueles que, de tanto amor por ela, derramaram o seu sangue nas arenas romanas, nas espadas dos imperadores, nos cárceres comunistas e nazistas… Pedro, Paulo, Tiago,… Inácio de Antioquia, Policarpo, Sebastião, Perpétua, Felicidade, Cecília,… Maximiliano Kolbe,… e tantos outros gigantes que fizeram do seu sangue “a semente de novos cristãos” (Tertuliano, †220).


Ela é a Igreja das belas ordens religiosas de Bento, Domingos, Agostinho, Benedito, Francisco, Inácio de Loyola, Camilo de Lélis, D.Bosco …


Ela é a Igreja das Santas Virgens: Maria, Ana, Inez, Cecília, Luzia, Teresinha, Mazzarello, Clara de Assis,… que formam um verdadeiro exército de Esposas do Senhor.
Sim, é uma Igreja riquíssima !


Além de ser a rica Igreja dos Santos, dos Profetas, dos Mártires, dos Apóstolos, das Virgens, dos Confessores… é também a Igreja dos Papas. É a Igreja de João Paulo I com o seu sorriso inesquecível; de João XXIII, do Concílio Vaticano II, de Paulo VI com o seu apaixonado amor à Igreja; de Gregório, que a posteridade chamou de Magno, e que criou o canto que recebeu o seu nome.


Ela é a grande e rica Igreja de Leão Magno, detendo as grandes heresias às portas da Igreja, enfrentando os bárbaros Átila e Genserico às portas de Roma. É a Casa de Pedro, que é o princípio de tudo e a Pedra sobre a qual os outros se sucederam. É a Igreja dessa cadeia viva e ininterrupta de 265 Pontífices, o “doce Cristo na Terra”, como dizia S. Catarina de Sena.


Todos os Santos se inclinaram diante do Papa, e nenhum foi nada sem ele. Paulo, o apóstolo dos gentios, foi ao encontro de Pedro; Francisco, o enamorado da Pobreza, ajoelhou-se diante de Inocêncio III; Teresinha suplicou a Leão XIII que a deixasse entrar no Carmelo aos quinze anos …


Que outra Igreja teve um Pio IX que proclamou Maria Imaculada; e José, Padroeiro Universal da Igreja? Que outra Igreja tem um João Paulo II, filho de operário, operário, ator de teatro, esquiador, sacerdote, poliglota, bispo, diplomata, cardeal - Cardeal da Igreja do Silêncio e da Polônia Mártir?


A Igreja é riquíssima, de fato, pois é a Igreja dos Santos e dos Papas.


É a Igreja dos Sacramentos que o Senhor derramou do seu Coração ferido pela lança no alto da Cruz. É a Igreja da salvação universal de todos os homens… É a barca de Pedro que salva do dilúvio do pecado!


Esta é a verdadeira fortuna da Igreja, acumulada no sangue dos Mártires, na fidelidade dos Confessores, na riqueza dos Padres, no discernimento dos Doutores, na pureza das Virgens, no sangue dos Inocentes, na palavra dos Apóstolos e Profetas, no zelo dos Patriarcas, na lei dos Profetas e na infalibilidade dos Papas. Sim, é riquíssima!…

DO LIVRO: PORQUE SOU CATÓLICO
PROF FELIPE AQUINO -http://www.cleofas.com.br/

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Leitor pergunta posição da Igreja sobre avó que "emprestou" útero
Por Silvio L. Medeiros


Face as últimas notícias de que uma avó "emprestou" seu útero para que sua filha se tornasse mãe, uma vez que essa não podia engravidar, pergunto: qual a posição da Igreja sobre esse assunto?

Quais documentos do Papa regula essa matéria?

Desde já, agradeço por sua atenção. Que Deus os abençõe sempre, e que N.Sª Aparecida seja intercessora perene por toda sua família, diante de Seu Filho.


Olá caríssimo sr. Luiz Vicente. Agradecemos o contato e a confiança em nosso apostolado enquanto desejamos toda a paz que procede da parte de Nosso Senhor. Vossa pergunta é pertinente para um assunto que ainda gera muita dúvida entre os católicos e as pessoas de boa vontade em geral.


A posição da Igreja sobre este assunto nos é ditada pela moral, que sempre nos orienta a fazer o bem e a evitar o mal. Este caso é claramente imoral por se tratar de uma inseminação artificial, sempre ilícita e anti-natural já que se trata de uma dissociação do ato reprodutivo com o ato unitivo (próprios da relação sexual), seguida dos gravíssimos atos de manipulação de embriões que sempre acabam destruindo muitos conceptos e da implantação num útero que não pertencente a verdadeira mãe.É o eterno dilema entre o "poder" e o "dever"; nem tudo que se pode fazer, deve-se fazer.
A natureza humana precisa ser respeitada desde seu início sem violações e intervenções como esta que coloca em risco nossa própria dignidade; devemos ser frutos de uma relação sexual, de uma entrega mútua de amor entre nossos pais como dom supremo de um compromisso que dilatou as portas de seus corações. Imagine agora a mente e a afetividade dessa criança quando tiver sua capacidade intelectual formada: saber-se gerado no ventre de sua avó, selecionado num laboratório e fecundado por mãos estranhas a vista de um microscópio. Temos o direito de fazer isso? Temos o direito de "fazer" filhos como se fosse um produto a ser encomendado e dispor de sua vida como fazemos com um objeto? Claro que não.
Existem vários parágrafos muito esclarecedores dedicados a este assunto no Catecismo da Igreja Católica, dos quais destacamos alguns abaixo:2376 – As técnicas que provocam uma dissociação do parentesco, pela intervenção de uma pessoa estranha ao casal (doação de esperma ou de óvulo, empréstimo de útero), são gravemente desonestas.
Estas técnicas (inseminação e fecundação artificiais heterólogas) lesam o direito da criança de nascer de um pai e uma mãe conhecidos dela e ligados entre si pelo casamento. Elas traem “o direito exclusivo de se tornar pai e mãe somente um através do outro” (CDF, instr. DV, 2,1).2377 – Praticadas entre o casal, essas técnicas (inseminação e fecundação artificiais homólogas) são talvez menos claras a um juízo imediato, mas continuam moralmente inaceitáveis. Dissociam o ato sexual do ato procriador.
O ato fundante da existência dos filhos já não é um ato pelo qual duas pessoas se doam uma à outra, mas um ato que “remete a vida e a identidade do embrião para o poder dos médicos e biólogos, e instaura um domínio da técnica sobre a origem e a destinação da pessoa humana. Uma tal relação de dominação é por si contrária à dignidade e à igualdade que devem ser comuns aos pais e aos filhos” (CDF, instr. DV, II,741,5). “A procriação é moralmente privada de sua perfeição própria quando não é querida como o fruto do ato conjugal, isto é, do gesto específico da união dos esposos... Somente o respeito ao vínculo que existe entre os significados do ato conjugal e o respeito pela unidade do ser humano permite uma procriação de acordo com a dignidade da pessoa” (CDF, instr. DV, II,4).2378 - O filho não é algo devido, mas um dom. O "dom mais excelente do matrimônio" e uma pessoa humana.
O filho não pode ser considerado corno objeto de propriedade, a que conduziria o reconhecimento de um pretenso "direito ao filho". Nesse campo, somente o filho possui verdadeiros direitos: o "de ser o fruto do ato específico do amor conjugal de seus pais, e também o direito de ser respeitado como pessoa desde o momento de sua concepção".2379 - O Evangelho mostra que a esterilidade física não é um mal absoluto. Os esposos que, depois de terem esgotado os recursos legítimos da medicina, sofrerem de infantilidade unir-se-ão à Cruz do Senhor, fonte de toda fecundidade espiritual. Podem mostrar sua generosidade adotando crianças desamparadas ou prestando relevantes serviços em favor do próximo.


Indicamos também a leitura de outros artigos sobre o mesma tema no caso de maior desejo por aprofundamento:




Em Cristo Jesus, esperamos ter sido úteis.


Para citar este artigo:


MEDEIROS, Silvio L. Apostolado Veritatis Splendor: Leitor pergunta posição da Igreja sobre avó que "emprestou" útero . Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/4626. Desde 21/11/2007.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Um Deus com rosto de Pai!

Recebi esse texto de uma amiga e leitora do blog... vale a pena ler.




Paz e Bem!


Ecclesiae Dei




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Um Deus com rosto de Pai!





Deus diz ao homem:


- Olhe, eu fui o primeiro a amar você. Você não estava no mundo. O mundo não existia, e eu já o amava. Eu amo você desde que sou Deus. Amo você, e desde que amei a mim mesmo, amei também você? (Santo Afonso).



Deus é Pai! Esta é a grande verdade de fé trazida pelo Cristianismo e destinada a mim e a você! Muitas vezes e dos mais variados modos a vida, a natureza, as pessoas nos convidam a contemplar o rosto do Pai Eterno, para sermos neste mundo a face do Amor. Há todos os instantes somos amados, compreendidos, bem quistos, cuidados e guardados pelo Pai do céu, não obstante as dificuldades que permeiam o nosso cotidiano.



Mas o que vem à nossa memória quando chamamos Deus de Pai? Será que Ele é igual ao pai terreno? Será que fica próximo de nós quando o invocamos? Então onde estava Deus no campo de concentração de Auschwitz na Alemanha? Onde se encontrava o Deus Todo-Poderoso, quando a bomba-atômica destruiu as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki? Estaria ele passeando pelo Jardim no dia onze de setembro, no momento em que as torres gêmeas do World Trade Center foram atacadas por aviões, em comando de terroristas? Por onde estaria Deus no dia 17 de julho quando o avião da TAM derrapou nas pistas do aeroporto de Congonhas matando 199 pessoas? No céu? No vôo 3054 ou no sofrimento de cada vítima?




Diante de tamanhas atrocidades, carnificinas, fome, miséria e acidentes sem proporções, vêm à tona as questões: De fato, Deus é Pai? Podemos ainda contar com o seu auxílio?



Somente ao adentramos na realidade da fé é que descobrimos o rosto amoroso do Pai Eterno. Sua presença nos envolve e nos acalenta. Do Pai viemos, Nele somos e existimos e para Ele haveremos de voltar. Nossa vida só tem sentido à medida que nos entregamos a Deus como ?Aquele que nos ama?. No entanto, fomos criados dentro de uma cultura segundo a qual a imagem paterna passou por processos de declive. Por outro lado, também crescemos imaginando um Deus que tinha a obrigação de intervir em todos os momentos necessários. Às vezes a imagem criada parecia muito mais com um super-herói de Hollywood, do que o Deus que Jesus nos apresentou por meio de sua prática (vida) e prédica (palavras).



No Novo Testamento Jesus se relaciona e, por conseguinte anuncia um Deus totalmente diferente daquilo que já havia sido proclamado, chamando-O de Pai! (Cf. Mc 14,36). Dia após dia, por meio de atitudes e palavras, Jesus revela na Sua pessoa a face do Amor de Deus. Trata-se, de uma gratuidade amorosa, capaz de amar quem não merece, mas é digno de ser amado. Um Amor que se faz força no sofrimento e presença defronte as perguntas dolorosas da existência.



Muitos ainda não compreenderam quão grande é o amor do Pai Eterno. Basta olhar na atualidade e reconhecer nela o perene vazio existencial. Sem sombra de dúvidas, podemos afirmar que no mais íntimo do coração humano existe um vazio, uma lacuna que nada nem ninguém pode preencher, exceto o Deus Pai e Amor! Justamente por isso, aumenta, de forma acelerada, o número de pessoas que sofrem de depressão, de doenças físicas e psíquicas, de problemas familiares e pessoais por que se encontram vazias de Deus e, obviamente, vazias de si.



(...) Somos convidados a acolher o presente que Deus nos confiou desde a eternidade! Deixemos de escutar um pouco as vozes do mercado, para ouvirmos, em primeiro lugar, a voz do Pai que continua a ressoar em nossos corações: ?Eu amo você!? É um tratado de amor entre a terra e o céu! Um Amor que atua na sutileza da história e não em fatos mirabolantes.




Deus continua agindo e curando a ferida do mundo. A minha e a sua também! Olhemos para os olhos do Pai e contemplemos Nele o fundamento da nossa vida. Permitamos que a existência se torne a expressão mais bela e fecunda do Amor de Deus por nós. Abramos o nosso coração para que o Pai firme morada em nosso ser.




Não tenhamos medo de abrir as portas a Ele. Deus não nos tira nada, não nos obriga a fazer coisa alguma, pelo contrário, nos concede tudo àquilo que ora necessitamos: paz, alegria, fortaleza, bondade, paciência, humildade. O restante é acréscimo. No coração de Deus os problemas e as dificuldades do cotidiano se convertem em atos de fé, caridade e esperança, passando a fazer parte de uma única e mesma vida, ou seja, a nossa história na história do Pai Eterno e a história do Pai Eterno em nossa história!



Vale ainda ressaltar que tanto consciente quanto inconscientemente somos capazes de evitar o amor do Pai. Neste sentido, é possível dizer que a nossa maior escravidão não é e nunca foi o pecado. Nossa grande prisão está em negar o amor de Deus ao fugir de Alguém que faz tudo pela nossa felicidade. Distantes do rosto do Pai a vida perde valor e a existência perde sentido. Longe de Deus nada vale, nada serve. Não somos nada distantes do Pai!


Portanto, voltemos à casa do Amor onde somos amados e tratados como!



Pe. Robson de Oliveira Pereira, C.Ss.R.



Missionário Redentorista, Reitor da Basílica de Trindade e Mestre em Teologia Moral pela Universidade do Vaticano...................................................................................


Artigo do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno - http://blog.paieterno.com.br/